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Bons resultados nacionais em Tóquio (e, sim, para isso deve-se falar em medalha[s]) – Este é um pedido mais abrangente para o desporto em geral e não apenas para o Atletismo. Ainda assim, dado o histórico do Atletismo, é provavelmente aí onde poderemos ter maiores chances de atingir os lugares mais altos. A última vez que Portugal conquistou medalhas no Atletismo, em Jogos Olímpicos, foi em 2008, com o Ouro de Nelson Évora em Pequim. Desde a primeira medalha de Carlos Lopes, em 1976, nunca o Atletismo português tinha tido dois Jogos Olímpicos seguidos sem medalhas. Não as conquistámos em Londres, nem no Rio. É, portanto, uma situação atípica para o nosso Atletismo, mesmo que a conversa de medalhas não agradem a muita gente por dentro do desporto.
É evidente que as medalhas não são a única forma de avaliar uma participação. É claro que todos os atletas partem para Tóquio com objetivos diferentes e que uma passagem de ronda a uns poderá significar muito mais do que até um Bronze a outros. Mas também é verdade que, para a opinião pública, patrocinadores e para o registo histórico que fica da participação da comitiva nacional, o número de medalha será sempre um factor primordial.
Em termos de esperanças para Tóquio fica difícil saber, depois de um ano totalmente atípico. O que pedimos, acima de tudo, é que todos os que lá cheguem, se transcendam quando chegarem à competição mais importante do planeta e que guardem o seu melhor para essas datas. Se hoje tivesse que ser forçado a fazer uma aposta para medalha, eu diria que Pedro Pablo Pichardo será a melhor aposta e uma aposta completamente realista. Seja qual for a cor da medalha. No entanto, nos próximos sete meses muita coisa pode mudar e as nossas projecções podem alterar. Para melhor ou para pior. Esperemos que para melhor, surpreendam-nos!