A CRÓNICA: MATURIDADE DA OLIVEIRENSE NÃO DEU ESPAÇO PARA SURPRESAS
Após dar um murro na mesa com vitórias afirmativas frente a Lusitânia e Imortal, a UD Oliveirense chegava a Coimbra com o objetivo de dar seguimento ao seu momento ascendente. Os bicampeões nacionais tiveram um início de competição inconstante, mas o jogo da equipa de Norberto Alves parece estar mais cimentado, um bom prenúncio para ambicionar juntar-se ao lote de candidatos ao título.
Após uma série de verdadeiros desafios contra as equipas mais fortes, a Académica vê aproximar-se uma sequência de jogos diante de adversários diretos na luta pela manutenção. Faltava apenas defrontar a Oliveirense, antes de o calendário aliviar.
A equipa visitante puxou dos galões e saiu na frente. Para o bom início muito contribuiu a inspiração da linha de três pontos. Foram cinco bombas logo a abrir. A desinspiração da Briosa da linha de lance livre (zero em cinco neste parcial) acentuou o fosso entre as duas equipas. Assim sendo, 23-16 favorável à Oliveirense foi o resultado ao fim dos primeiros dez minutos.
Muito fruto do bom trabalho defensivo, o domínio da Oliveirense acentuou-se ainda mais. Se no primeiro quarto foi o jogo exterior que esteve em evidência, no segundo, foram os lançamentos no pintado que foram caindo no cesto. Travis Munnings e Justin Alston iam enchendo a folha estatística com pontos e ressaltos. 40-32 era o que o marcador indicava ao intervalo, o que permitia à Académica discutir o resultado, embora a cadência do jogo pudesse aparentar o contrário.
O terceiro período foi bastante equilibrado. A Oliveirense soube gerir a vantagem que já trazia e não deixou a Académica aproximar-se. Ainda assim, o 60-51 deixava tudo em aberto para a ponta final.
No momento a doer, a fibra de campeão fez-se sentir. Os muitos nervos dos estudantes (Ivo Rêgo recebeu duas faltas técnicas consecutivas, devido aos protestos) limitaram a equipa na sua capacidade competitiva. A Oliveirense parece finalmente pronta para lutar pelo título, tal como o prova o contundente quarto período que fez. 29 pontos no último parcial não deram azo a qualquer surpresa e selaram o 89-71 final.
A FIGURA
O nosso @TravisMunnings completa hoje 26 anos 🥳
Que este dia seja o mote para uma época de celebração e sucesso! 🏀
Brindemos unidos! Parabéns! 🔴🔵 pic.twitter.com/0KR2kPaOnK— Oliveirense Basquetebol (@UDObasket) September 14, 2020
Travis Munnings – Foi o jogador mais influente do jogo. Teve uma excelente presença nas tabelas, o que lhe deu bastante destaque no jogo interior ao lado de Justin Alston. Acabou, tal como Alston, com duplo-duplo (27 pontos – melhor do jogo – e 12 ressaltos).
O FORA DE JOGO
Jogamos agora às 21h frente à Académica em Coimbra para seguir na FPB TV! 🏀💻
Hoje podemos contar com o regresso de EC Matthews enquanto que João Grosso e Thomas De Thaey estão fora por lesão. 🔴🔵#UDObasketPLAY pic.twitter.com/wBn113p2yB— Oliveirense Basquetebol (@UDObasket) February 27, 2021
EC Matthews – Procura ainda a sua melhor forma neste regresso após lesão. Pode ser uma das principais armas ofensivas da Oliveirense, mas, hoje, não conseguiu encontrar o caminho do cesto por nenhuma vez.
ANÁLISE TÁTICA – ACADÉMICA AAC
Ainda a fazer as últimas mexidas no seu plantel, a Académica apresentou-se debilitada no jogo interior. Com a saída de Konate, Daniel Relvão foi o único verdadeiro poste disponível. Desta forma, a Briosa sofreu na defesa do jogo interior.
Numa fase inicial, a Académica não soube lidar com a pressão defensiva e precisou de envolver mais os seus jogadores no ataque para inverter a situação. Com o decorrer do jogo, os buracos na zona da Oliveirense foram sendo descobertos, mas a inconsistência dos atiradores da Briosa nem sempre conseguiu capitalizar.
5 INICIAL E PONTUAÇÕES
Malcolm Richardson (7)
Ashford Golden (6)
Robert McCoy (5)
Josh McNair (6)
Daniel Relvão (6)
SUBS UTILIZADOS
Joe Laravie (4)
Paulo Caldeira (5)
Krassimir Pereira (4)
André Mendes (-)
ANÁLISE TÁTICA – UD OLIVEIRENSE
Também a fazer os últimos ajustes no plantel, a UD Oliveirense mostrou-se sólida. Conseguiram gerir bem os ritmos do jogo, não entrando na velocidade que convinha à Académica. O passo seguinte era encontrar as vantagens corretas e aproveitá-las.
Ao nível da defesa, a equipa tentou baralhar a Académica, alternando entre zona 2/3, homem e campo inteiro. Estas mudanças foram eficazes e geraram consecutivamente lançamentos confortáveis no ataque.
5 INICIAL E PONTUAÇÕES
José Barbosa (6)
João Balseiro (6)
Travis Munnings (8)
João Guerreiro (6)
Justins Alston (8)
SUBS UTILIZADOS
Larry Austin Jr (6)
Francisco Albergaria (-)
EC Matthews (4)
Foto de Capa: Francisco Grácio Martins/Bola Na Rede
Artigo revisto