Sporting CP 63-57 FC Porto: Clássico pintado de verde e branco

    A CRÓNICA: VITÓRIA NUM JOGO DE PROBLEMAS TÉCNICOS E DE EFICÁCIA GARANTE INVENCIBILIDADE AO SPORTING CP

    O Pavilhão João Rocha recebeu, na sua quadra, mais um clássico a contar para a Liga de Basquetebol, este em atraso, sendo um jogo da 8ª jornada do campeonato. Tanto o Sporting CP como o FC Porto eram as duas equipas, até então, invictas no campeonato, e defrontaram-se em busca do pódio na fase regular.

    Os dez minutos iniciais demonstraram algo daquilo que um clássico deve ser, no tempo em que foi jogado (dado que o primeiro período esteve mais tempo parado devido a problemas técnicos relacionados tanto com o marcador como com o relógio do tempo de jogo). Os leões saíram por cima no resultado antes do início do segundo quarto e muito devido ao aproveitamento de Fields na linha de lance livre, à qual foi chamado bastantes vezes.

    O jogo faltoso e algo agressivo do FC Porto acabou por se notar no resultado final desses dez minutos, onde o Sporting CP acabou a vencer por 15-11. Até esse momento, o “homem-cesto” dos dragões era McGrew.

    No segundo período, viu-se mais daquilo que foi o primeiro, mas com bastantes turnovers por parte da equipa de Moncho López que permitiram que o Sporting CP fugisse no marcador, mas não por valores inalcançáveis. O jogo passou por demonstrar alguma ineficácia por parte das duas equipas.

    Via-se um resultado com números baixos, inúmeras tentativas de lançamento falhadas, um jogo pouco coletivo no geral e bastantes perdas de bola. No recolher para os balneários, o Sporting CP vencia o FC Porto por 27-19, num encontro em que existiam mais ressaltos do que propriamente pontos (21 ressaltos a favor dos leões e 26 a favor dos dragões).

    O reinício do encontro deu lugar, novamente, a paragens sucessivas devido a problemas no marcador. Foi uma constante ao longo de toda a partida. Além disso, o terceiro período teve uma luta mais “a sério” no resultado, onde o FC Porto, em dez minutos, fez os mesmos pontos que conseguiu nos dois primeiros quartos da partida somados (19 pontos). Diogo Ventura, do lado dos leões, e Riley, do lado dos dragões, começaram a aquecer o jogo neste mesmo período, que terminou com vantagem do Sporting CP por 48-38.

    Nos dez minutos finais, a palavra-chave foi tensão. Com um FC Porto a aproximar-se no marcador e alguns jogadores do Sporting CP a acusar tanto a pressão como mesmo algum cansaço, as coisas pareciam tremidas para os leões. Mas terminou tudo em bem para os visitados, com mais uma vitória para o campeonato, sendo esta a 11ª em 11 jogos. O Sporting CP venceu o FC Porto por 63-57 e lidera, de forma isolada, o campeonato de basquetebol, que ainda decorre na sua fase regular.

     

    A FIGURA

    Diogo Ventura – É de relevar a exibição do jogador dos leões. Diogo Ventura, para além de ter sido o jogador com maior número de pontos na quadra (24), foi o jogador mais influente na turma de Luís Magalhães. Aguentou até ao soar final da buzina, mesmo sendo notória a contração de uma possível lesão. No clássico, foi claramente um dos jogadores que mais diferença fez no encontro e que contribuiu para que o mesmo tivesse qualidade.

     

    O FORA DE JOGO

    Paragens devido a problemas técnicos – Por vezes, um jogo ter a paragem do intervalo já é muito, mas, neste encontro, as paragens por problemas técnicos nos marcadores e relógios do Pavilhão João Rocha foram demais. O pausar constante do ritmo de jogo, e mesmo as complicações que isso pode trazer para a competitividade e qualidade na exibição dos jogadores, foram os verdadeiros protagonistas nesta partida onde, até ao início do terceiro período, a olho nu, o jogo pareceu estar mais tempo parado do que propriamente a rolar.

     

    ANÁLISE TÁTICA – SPORTING CP

     Luís Magalhães optou pelo cinco inicial esperado para este clássico e demonstrou o já conhecido estilo de jogo, recorrendo a transições rápidas, principalmente a nível ofensivo. A utilização de contra-ataques rápidos, aproveitando algumas desatenções por parte da defesa dos dragões, foi uma das jogadas fundamentais dos leões.

    Nos momentos defensivos, o Sporting CP recorreu à marcação individual praticamente cerrada, dado que o “dois para um” foi bastante utilizado para defender, principalmente na parte inicial do encontro. 

    CINCO INICIAL E PONTUAÇÕES

    James Ellisor (6)

    João Fernandes (7)

    Bailey Fields (6)

    Diogo Ventura (8)

    Travante Williams (7)

    SUBS UTILIZADOS 

    Jalen Henry (6)

    Shakir Smith (5)

    Pedro Catarino (5

    Diogo Araújo (-)

    Cláudio Fonseca (-)

    Francisco Amiel (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO

    Moncho López entrou no clássico com o cinco inicial esperado, dados os jogadores que possuía à sua disponibilidade. A lesão de Max Landis continuou a ser uma sombra, mas os jogadores conseguiram dar conta do recado (dentro do possível).

    O FC Porto, quando em transições defensivas, marcava em todo o campo e com marcação cerrada homem a homem, trocando bastantes vezes de jogador quando eram necessários bloqueios defensivos.

    Nos momentos ofensivos, McGrew e Jalen Riley, reforço dos dragões que se juntou à equipa no decorrer de dezembro (para colmatar a ausência de Landis), foram os donos e senhores da equipa portista. Os lançamentos da linha de três pontos e o enfrentar da defesa verde e branca no “garrafão” foram os pontos fortes da ofensiva visitante.

    CINCO INICIAL E PONTUAÇÕES

     Eric Anderson (7)

    Larry Gordon (6)

    Tanner McGrew (8)

    João Soares (6)

    Brad Tinsley (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Jalen Riley (8)

    Miguel Queiroz (7)

    Vlad Voytso (5)

    Franscisco Amarante (-)

    Pedro Pinto (5)

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    Andreia Araújo
    Andreia Araújohttp://www.bolanarede.pt
    A Andreia é licenciada Ciências da Comunicação, no ramo de Jornalismo. Depois de ter praticado basquetebol durante anos, encontrou no desporto e no jornalismo as suas maiores paixões. Um dos maiores desejos é ser uma das vozes das mulheres no mundo do desporto e ambição para isso mesmo não lhe falta.