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Ticha Penicheiro: Uma pegada difícil de igualar

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Hoje, o destaque vai para o Basquetebol. Mais em concreto, para a melhor jogadora de sempre do país nesta modalidade. Falamos da figueirense Patrícia Nunes Penicheiro.

Nascida a 18 de setembro de 1974, na Figueira da Foz , no seio de uma família de classe média alta, é com 10 anos que começa a deixar-se fascinar pelo desporto do qual faria vida.

É por incentivo dos pais que começa, no Ginásio Clube Figueirense, uma das instituições de referência na formação de talentos no Basquetebol nacional. Aí, e alinhando como base, acaba por ascender a sénior, cumprindo duas temporadas no clube da zona centro do país.

Seguidamente, transfere-se para o União de Santarém, onde conquista, por duas vezes, o campeonato nacional, uma taça de Portugal e uma Supertaça. Mas era evidente que Patrícia, ou simplesmente “Ticha”, estava fadada a voos bem mais altos, pois o seu talento era grande demais para não se desse a conhecer nos grandes palcos.

O BASQUETEBOL UNIVERSITÁRIO E O MARCO DA WNBA

Ticha ruma ao basquetebol universitário norte-americano e, em 1994, para representar a Old Dominion University. A jovem cumpria, desta forma, um sonho: chegar ao país mais forte do mundo neste desporto. É quatro anos volvidos que alcança a fasquia da WNBA, onde se  junta às Sacramento Monarchs.

A ASCENSÃO DE TICHA

Logo na sua temporada de estreia,  logra ser terceira classificada na votação para eleger a rookie do ano. Na época seguinte, é escolhida para a equipa “All-Star”, distinção que repete por mais três ocasiões.

Na temporada 1999/2000, atinge o recorde pessoal de assistências num só encontro, 16, sendo, de forma consistente e unânime, reconhecida como uma das melhores intérpretes do jogo, impressionando pela sua constante regularidade e espetacularidade. O culminar chega em 2005, data em que contribui, e em grande escala, para o primeiro título de campeãs, por parte das Sacramento Monarchs.

Patrícia anotou mais de 2000 pontos ao longo da carreira, contabilizando mais de 1500 assistências, 500 roubos de bola e mais de um milhar de ressaltos.

Deteve, até 2017, o máximo de pontos e assistências num só jogo, feito este conseguido em 1999, diante das Minnesota Lynx, e apenas ultrapassado por Sue Bird.

A figueirense foi ainda eleita, em 2016, como uma das 15 melhores jogadoras de sempre a figurarem na WNBA, mantendo o seu lugar no ano seguinte como membro do top-20.

LOS ANGELES, CHICAGO E O FINAL DA CARREIRA DESPORTIVA

Antiga jogadora ainda das Los Angeles Sparks e das Chicago Sky, Ticha conta também com títulos em países como Itália, Polónia e França, cujas línguas fala fluentemente.

A retirada acontece em 2012, com um pecúlio e um currículo que fazem dela a melhor praticante de sempre do país neste desporto.

Destacar que, até á chegada de Neemias Queta , apenas ela e Mery Andrade haviam colocado a bandeira nacional nas melhores ligas de Basquetebol do mundo. A atleta cumpriu ainda mais de uma centena de internacionalizações pela seleção portuguesa, tendo sido a capitã, desde 1999 a 2011.

Atualmente, dedica-se ao agenciamento de basquetebolistas.

Um exemplo dentro e fora dos pavilhões, Patrícia será sempre merecedora da admiração de todos nós, amantes ou não desta modalidade. O seu nome ficará eternizado nas vitrines do desporto nacional.

Foto de Capa: WNBA

Diogo Rodrigues
Diogo Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Lusófona do Porto. É desde cedo que descobre a sua vocação para opinar e relatar tudo o que se relaciona com o mundo do desporto. Foram muitas horas a ouvir as emissões desportivas na rádio e serões em família a comentar os últimos acontecimentos/eventos desportivos. Sonha poder um dia realizar comentário desportivo e ser uma lufada de ar fresco no jornalismo. Proatividade, curiosidade e espírito crítico são caraterísticas que o definem pessoal e profissionalmente.

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