CICLISMO
Figura do Ano Internacional
Elia Viviani – Depois de em 2017 nem sequer ter participado numa única Grande Volta, o italiano estava a precisar de mudar de ares, mas a ida para a Quick-Step Floors poderia muito bem ser um presente envenenado, já que substituir um Marcel Kittel que havia ganho cinco etapas no Tour não seria tarefa fácil.
No entanto, Viviani não só esteve à altura do desafio, como se tornou figura incontornável do ano, sendo o ciclista com mais vitórias (18), sete delas em Grandes Voltas, quatro no Giro e três na Vuelta.
O triunfo nos Campeonatos Nacionais transalpinos foi a cereja no topo do bolo de uma época de sonho, não só pelo que representa, mas também pela forma como foi alcançado à base da força num circuito que nada lhe assentava.
Figura do Ano Nacional
Domingos Gonçalves – O barcelense foi fenomenal ao longo de todo o ano e somou várias vitórias em território lusitano, além de conseguir estar entre os melhores em todo o tipo de provas.
É claro que a conquista dos Campeonatos Nacionais tanto de crono como de fundo bastavam para o colocar num nível demasiado alto para o cenário português, mas a forma como se comportou na Volta a Portugal, como uma etapa conquistada e um top dez na Geral final, impressionou ainda mais, para um atleta que está longe de ser um trepador puro.
Momento do Ano Internacional
A cavalgada a solo de Chris Froome – Quando o triunfo no Giro e, por consequência, na terceira Grande Volta consecutiva parecia perdido, o britânico deu a volta ao texto como só os melhores dos melhores são capazes, com um ataque a solo de mais de 80 quilómetros, nos quais amealhou para cima de três minutos face aos opositores e lhe valeu a camisola rosa.
Alcançar a tripla coroa do ciclismo já seria impressionante, mas Froome fê-lo da melhor forma possível, como uma das melhores exibições da história da modalidade.
Momento do Ano Nacional
Prata de Ivo Oliveira no Mundial – Depois dos títulos mundiais de Rui Costa (Estrada) e Tiago Ferreira (BTT), Portugal dedica-se agora a tentar conquistar a Pista, e os Mundiais deste ano foram um passo de gigante para esse objetivo.
Num evento em que foram alcançados três resultados que bateram o anterior melhor resultado das cores nacionais, todos eles através dos gémeos Ivo e Rui Oliveira, foi na Perseguição Individual que surgiu a primeira medalha da história da nossa seleção em Mundiais de Pista.
Após obter o melhor tempo da qualificação, foi batido na final pelo italiano Filippo Ganna. Esperemos que 2019 traga a desejada vingança.
José Baptista
Foto de Capa: Carlos Silva Photography/Bola na Rede
Artigo revisto por: Rita Asseiceiro