Desde o início da época que eram estas a histórias que atraiam todos os holofotes. O duelo estava marcado, e no previsível encontro apresentaram-se ambos ao seu melhor nível. Lebron James e Kevin Durant marcaram as Finais.
James não tinha nada a provar. Essa foi a sua narrativa. Já tinha ganho antes, já todos sabíamos do que era capaz. Já nos tinha habituado, desde muito cedo, a ser o maior motivo de conversa da liga, na derrota e na glória é sempre o homem de quem se fala. É neste momento o melhor jogador de basquete do mundo, e tem o seu lugar reservado na lista dos melhores de sempre. Foi o próprio que disse que a sua motivação passava por “perseguir o fantasma que jogou em Chicago”.
E não desiludiu. Triplo-duplo de média nas Finais é um marco inédito apenas ao alcance de um predestinado. Os seus Cavs perderam, deram pouca luta, e deixaram evidente que precisam de melhorar bastante se querem bater o pé a estes Golden State. Mas o King fez o que pode, deu o máximo, e dizimou as dúvidas sobre quem é o melhor do mundo.
Do outro lado, Durant tinha toda a pressão do seu lado. Jogava na “super equipa” dos quatro All-Star’s, dos dois MVP’s, que sem ele já era a grande candidata ao título. Depois da saída de Oklahoma era acusado de ser soft, o cupcake da liga, incapaz de se afirmar como líder e ombrear com os melhores.
KD disse presente, liderou os Warriors com exibições incríveis dos dois lados do campo. Teve imparável no ataque, mostrou ao mundo inteiro que é neste momento o jogador mais difícil de defender. Na defesa deu um contributo fundamental, colecionou blocos, roubos de bola e ressaltos – lutou com a garra de quem queria saborear a primeira vitória. O Finals MVP e o primeiro anel dão-lhe a acreditação que lhe faltava. Mas se quer ser subir de patamar tem de repetir o feito no próximo ano.
Tudo indica que o duelo se irá repetir. James virá com cede de recuperar o troféu, enquanto KD dará tudo para construir a sua dinastia.
Foto de Capa: clutchpoints
Artigo revisto por: Francisca Carvalho