O declínio dos Indiana Pacers de 2013-14 #2 | NBA

CAPÍTULO 4: UMA OPORTUNIDADE DESPERDIÇADA

À entrada para a época 2013-14, os Pacers estabeleceram-se como os principais arqui-inimigos dos Heat na Conferência Este e os comandados de Frank Vogel procuravam vingar-se a todo o custo do desfecho da temporada passada. Indiana teve uma primeira metade da temporada quase imaculada, alcançando um recorde de 33–7 graças à consistência ascensão de Paul George e Roy Hibbert  (ambos selecionados para o All-Star Game) e à ascensão de Lance Stephenson.

George obteve médias de 21.7 pontos, 6.8 ressaltos e 3.5 assistências, ajudando os Indiana Pacers a obterem a melhor campanha do Este. Por sua vez, Stephenson registou os seus melhores números da carreira no segundo ano como titular, terminando a temporada regular om cinco triplos-duplos, para além do segundo lugar na votação para o Most Improved Player Award.

No entanto, após a paragem para o All-Star Game, a equipa entrou em colapso. Constantes rumores sobre desavenças no balneário representaram uma das principais causas para a queda de produção de uma equipa até então excecional.

O ambiente entre jogadores e a direção ficou ainda mais tenso devidoao tratamento de Danny Granger, um dos jogadores mais acarinhados pelos adeptos e um dos líderes mais respeitados da equipa. Granger regressou de lesão durante a temporada de 2013–14, mas não conseguiu recuperar a sua excelente forma das temporadas anteriores. Consequentemente, Larry Bird decidiu então enviar um dos jogadores mais experientes do plantel para os Philadelphia 76ers, recebendo em troca Evan Turner e Lavoy Allen.

Um negócio aparentemente lógico em termos de produtividade em campo, mas que danificou gravemente um espírito de equipa que já se encontrava fragilizado. Independentemente disso, os Pacers conseguiram garantir a melhor campanha da Conferência Este e terminaram a temporada com um recorde de 56–26.

Isto, claro, culminou em mais um confronto na final da Conferência Este frente aos Heat. Apesar de uma vitória surpreendente no Jogo 1 por 107-95, Miami venceu a eliminatória sem as grandes dificuldades que enfrentou em 2012-13. Tanto Wade quanto James marcaram acima ou perto de 20 pontos por jogo, com a dupla a combinar para um registo de 42.6 pontos, 10.6 ressaltos, 10.2 assistências, 3.5 roubos de bola e um desarme de lançamento por jogo.

Paul George terminou a pós-temporada com médias de 22.6 pontos, 7.6 rebotes e 3.8 assistências, naquela que foi a sua coroação enquanto um dos jogadores de elite da NBA. Infelizmente, não foi capaz de impedir sozinho a terceira eliminação consecutiva dos Pacers contra Lebron e companhia.

Este derradeiro confronto foi o último da década na pós-temporada entre Pacers e Heat antes dos playoffs de 2020. Uma rivalidade feroz que é muitas vezes esquecida quando se fala sobre as grandes rivalidades da história da NBA.

Diogo Valente Vieira
Diogo Valente Vieirahttp://www.bolanarede.pt
Estudante na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa. Procura realizar um percurso profissional dedicado sobretudo ao desporto nacional e internacional, através do jornalismo. O seu objetivo principal é tornar o jornalismo desportivo em Portugal o mais imparcial e prático possível, apresentando ao mesmo tempo uma personalidade com a qual a audiência possa identificar-se. Tem como interesses de destaque o futebol, o basquetebol e o wrestling.

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