Os líderes na corrida aos prémios individuais | NBA

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Com a ação da oitava semana da melhor liga de basquetebol do mundo a decorrer, as narrativas para a atribuição das distinções individuais da temporada começam a ganhar forma.

O que não falta são jogadores a destacar, mas aqui vai a minha tentativa de ressalvar alguns deles, acompanhado das razões que sustentam estas minhas considerações.

MVP (Jogador Mais Valioso do Ano): Nikola Jokić

O mundo do basquetebol é de Jokić, nós apenas habitamos nele. Se já tínhamos assistido a épocas de excelência do três vezes vencedor do prémio MVP, 2024/25 trouxe um outro patamar ao seu jogo, acompanhado de sinais que nos façam esperar a sua quarta conquista deste troféu.  

Neste momento, é o único jogador no top-5 de líderes em pontos, ressaltos e assistências (é terceiro, segundo e segundo, respetivamente). Se isso já não fosse incrível, olhemos para os números: o sérvio faz, por encontro, 31.4 pontos, 13.6 ressaltos e 10.3 assistências. Mantendo as prestações, seria o terceiro jogador da história a registar uma média de triplo-duplo numa época, depois de Oscar Robertson e do seu companheiro, Russell Westbrook.

Ora, se seguirmos a verdadeira definição de MVP (Most Valuable Player), percebemos facilmente que Jokić é o jogador da liga que mais valor tem para o sucesso da sua equipa. Basta analisar o rating ofensivo dos Nuggets, que com o seu center em campo é o melhor da NBA e sem ele o pior.

Poderíamos perfeitamente invocar nomes como o de Giannis Antetokounmpo e de Shai Gilgeous-Alexander, mas nenhum deles se equipara ao nível apresentado por Nikola Jokić.

DPOY (Jogador Defensivo do Ano): Victor Wembanyama

Desde cedo sabíamos do potencial de Victor Wembanyama. A cada semana que passa, somos surpreendidos por mais uma exibição monstruosa do poste francês, ofensivamente mas, acima de tudo, pelo seu trabalho no setor defensivo.

Para além dos 1.3 roubos de bola que contabiliza por jogo, o impacto defensivo de Wembanyama é verdadeiramente notado pela fortaleza que constrói ao redor do cesto. Digo isto, naturalmente, pelos seus 3.6 blocos de média (líder da NBA), mas, também, pela pressão e hesitação que provoca nos adversários. Foram inúmeras as vezes em que um jogador decidiu passar a bola ao invés de atacar o cesto protegido pela primeira escolha do draft de 2023.

A menção honrosa deste prémio dirige-se a Dyson Daniels, um legítimo candidato a vencer esta distinção. Aliás, considero que a diferença que tem para Wembanyama não é grande. Com as suas estatísticas somadas, Daniels soma exatamente uma média de quatro recuperações da posse de bola, seja por blocks (0.9 por jogo) ou steals (3.1 por jogo – líder da NBA).

MIP (Jogador que Mais Evoluiu): Dyson Daniels

Bem, a história da temporada (até à data) de Dyson Daniels já foi relatada no parágrafo anterior. É precisamente pelo seu impacto defensivo que destaco a preponderância que Daniels tem para a sua equipa, algo que evoluiu significativamente quando comparado com a época passada.

A sua chegada a Atlanta não se fez notar apenas na defesa. As estatísticas subiram em praticamente todos os setores. Por partida, regista 13.5 pontos (um acréscimo de 7.7), cinco ressaltos (mais 1.1) e 3.2 assistências (mais 0.5).

Franz Wagner seria um nome legítimo na discussão do jogador que mais progresso apresentou comparativamente à época passada. A própria liga tem-no como principal candidato a vencer o MVP da NBA Cup, torneio de integra a época regular. Nos confrontos relativos a este torneio, o extremo alemão supera os 30 pontos de média.

ROY (Novato do Ano): Jared McCain

Nesta questão não restam muitas dúvidas. O destaque da nova classe de rookies da NBA vai para Jared McCain. Por esta altura, soma 15.8 pontos por encontro, líder entre novatos com mais quatro que o segundo maior marcador. Vale realçar os 38.2% de acerto em seis lançamentos de três por partida.

Engraçado é que se perguntássemos ao próprio Jared McCain quem é, aos seus olhos, o melhor rookie da época, a resposta seria a mesma.

Para além de McCain, distingo as exibições de Stephon Castle, atleta que, sobre a mentoria de Chris Paul, já faz sentir a sua presença em ambos os lados do campo. Leva 11.7 pontos, 2.5 ressaltos e 3.8 assistências.

6MOY (Sexto Homem do Ano): Payton Pritchard

Em Boston, as vitórias não surgem apenas pelo trabalho dos titulares. No banco, contam com várias armas capazes de ajudar no caminho para o triunfo. Neemias será para todos nós o exemplo mais querido, mas os números não mentem quando falamos do papel de Payton Pritchard como o front-runner nesta categoria. Sorte a dos Celtics, já que ambos se entendem muito bem.

Os minutos atribuídos ao base são sempre bem aproveitados, principalmente no que a percentagens de acerto de lançamento diz respeito. Só de três, Pritchard festeja 43% dos lançamentos, uma ajuda preciosa para o seu total de 16.1 pontos registados por duelo.

Para além de Pritchard, vale destacar as prestações de De’Andre Hunter, que garante quase 20 pontos provenientes do banco dos Atlanta Hawks.

COY (Treinador do Ano): Kenny Atkinson

Esta escolha é bastante simples. Kenny Atkinson comanda a equipa com o melhor registo da NBA (21 vitórias e quatro derrotas), com mais pontos por jogo (121.8), melhor percentagem de acerto (50.9%), melhor percentagem de acerto de triplos (40.2) e o segundo melhor rating ofensivo (120.5).

Melhor que este sucesso será a surpresa que os pupilos de Atkinson provocaram no mundo do basquete. Ora, todos reconheciam a qualidade dos Cleveland Cavaliers, mas ninguém anteciparia que, ao 25º jogo, os Cavs teriam 21 triunfos.

O sucesso dos OKC Thunder fazem-me colocar Mark Daigneault no segundo posto da corrida a esta distinção.

David Braga
David Bragahttp://www.bolanarede.pt
O desporto pautou a vida de David, com o andebol a surgir cedo como a sua grande paixão. Com a bola na mão, apercebeu-se da panóplia de histórias que as modalidades são capazes de contar.

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