Académica 55-62 FC Porto: Briosa deixa boa réplica contra dragões experientes

    A CRÓNICA: BEM-VINDOS À LIGA

    Apesar de tudo, o dia foi de festa. Não era para menos. Sete anos depois, a Académica voltou a competir no escalão máximo do basquetebol nacional. A Briosa ainda não está na plenitude das suas capacidades, pois tem jogadores com pouco tempo de trabalho com a equipa e que ainda necessitam de maior entrosamento. No entanto, pela frente, tiveram o desafio de enfrentar um Porto poderoso e com rotinas mais bem assimiladas. Na ressaca da derrota frente ao Sporting na final da Taça de Portugal referente à temporada passada, os dragões chegaram com um ritmo competitivo maior a este jogo que marcou a estreia dos dois conjuntos na Liga Placard.

    O Pavilhão Multidesportos Dr. Mário Mexia, em Coimbra, viu um início de partida com os ataques a superiorizarem-se às defesas. No entanto, foi o Porto que disparou na frente. Francisco Amarante, no ataque e na defesa, foi essencial para este bom início. O jovem português, ainda não estavam jogados quatro minutos, e já levava 11 pontos. A Académica melhorou na defesa e conseguiu parar o Porto, aproximando-se no marcador e abrandando a marcação de pontos.

    O segundo quarto iniciou-se com uma vantagem de três pontos favorável aos visitantes, vantagem essa anulada pela Briosa com um parcial favorável de 12-9 que levou a partida empatada a 27 para o intervalo. Durante este período, as defesas agressivas obrigaram os ataques a terem que trabalhar muito para conseguirem marcar pontos. A Académica deu um ar da sua graça através de Malcolm Richardson que aproveitou os buracos na defesa azul e branca para penetrar e amealhar os seus pontos.

    O Porto começou melhor a segunda parte, mas a Académica reagiu rápido, chegando a passar para a frente do marcador. A Briosa teve dificuldade na defesa a Fairell e o norte-americano não se fez rogado e foi bastante efetivo na área pintada. Entretanto, Malcolm ficou com problemas de faltas e teve que ser poupado.

    O desnorte da Académica levou a que as duas equipas começassem o último e decisivo quarto distanciadas por 11 pontos favoráveis aos portistas. Os estudantes não entregaram o jogo, só que a experiência do Porto foi essencial para fechar o jogo em 55-62. A Briosa discutiu o jogo praticamente até ao fim e esse é o melhor elogio que se pode fazer a uma equipa recém promovida.

    No próximo jogo, a Académica desloca-se ao reduto do Lusitânia num jogo teoricamente mais fácil e que a equipa deve aproveitar para fazer um bom resultado, uma vez que as seguintes jornadas se adivinham difíceis com jogos frente a Benfica, Sporting e Oliveirense. Pelo meio, os estudantes também jogarão contra o Esgueira. Com um início de campeonato menos atribulado, o Porto recebe, na próxima semana, o Vitória.

     

    A FIGURA

    Malcolm Richardson – Certamente, uma novidade para quem não presta atenção às divisões secundárias do basquetebol nacional. Muita classe deste jogador da Académica que se mostrou em grande nível perante um adversário de respeito. Mostrou confiança e liderou a sua equipa nos momentos difíceis. Nem o problema com as faltas o travou. Para continuar a acompanhar. Merecia a vitória.

     

    O FORA DE JOGO

    Larry Gordon – Uma das novidades do Porto para esta época. Esteve desinspirado e não foi influente em nenhum dos dois lados do campo. Jogou muito, lançou muito, mas marcou apenas 6 pontos.

     

    ANÁLISE TÁTICA – ACADÉMICA

    Inicialmente, a Briosa mostrou problemas em negar passes interiores e teve dificuldade em controlar os dragões em áreas próximas do cesto. No entanto, a equipa melhorou quando jogadores grandes como são Relvão e Konate jogaram em simultâneo e até se conseguiram envolver em situações de defesa teoricamente desfavoráveis. Os estudantes tentaram sempre impor um ritmo mais pausado no jogo.

    5 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Paulo Caldeira (6)

    Malcolm Richardson (8)

    Robert McCoy (6)

    Krassimir Pereira (5)

    Bakary Konate (4)

    SUBS UTILIZADOS

    Nuno Brito (5)

    André Mendes (4)

    Daniel Relvão (6)

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO

    O Porto começou com uma defesa em campo inteiro para tentar surpreender a Académica. Esta agressividade deu frutos ao forçar várias perdas de bola por parte da equipa da casa. Os dragões tentaram correr no campo, tentando aproveitar alguma debilidade na transição defensiva da equipa da Académica. Quando em ataque organizado, foram à procura de Fairell e Anderson no canto do garrafão.

    5 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Francisco Amarante (6)

    Brad Tinsley (5)

    Larry Gordon (5)

    Jonathan Fairell (7)

    Eric Anderson (5)

    SUBS UTILIZADOS

    João Torrie (3)

    Vladyslav Voytso (-)

    Pedro Pinto (5)

    Miguel Queiroz (5)

    João Soares (5)

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    Francisco Grácio Martins
    Francisco Grácio Martinshttp://www.bolanarede.pt
    Em criança, recreava-se com a bola nos pés. Hoje, escreve sobre quem realmente faz magia com ela. Detém um incessante gosto por ouvir os protagonistas e uma grande curiosidade pelas histórias que contam. É licenciado em Jornalismo e Comunicação pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e frequenta o Mestrado em Jornalismo da Escola Superior de Comunicação Social.