A CRÓNICA: SEGUNDA METADE DEIXOU A DESEJAR, MAS FC PORTO RESOLVEU
O primeiro período demonstrou, ao longo do tempo, aquilo que é o clássico – um jogo equilibrado entre ambas as equipas. Sempre taco a taco, eram os erros do FC Porto a potenciar, em certo ponto, o jogo dos leões. Com os cincos mais fortes disponíveis para estar na quadra, o resultado foi-se construindo até os dez minutos iniciais terminarem com os dragões em vantagem por apenas um ponto (18-17).
À entrada para o segundo quarto, James Ellisor, que esteve algo apagado no início, deu o mote para o alavancar do Sporting CP no resultado. Os leões arrecadaram um parcial de 6-0 nos primeiros três minutos, sendo que quatro desses pontos partiram de Ellisor. O jogo do FC Porto acabou por se focar bastante em Jalen Riley, o que facilitou a vida defensiva do Sporting CP. Com o pedido de timeout por parte de Moncho López, os dragões melhoraram na partida, principalmente a nível defensivo e começaram a aproximar-se no marcador. Ao intervalo, lia-se um 35-41 favorável ao Sporting CP.
Depois do intervalo, quem estrou na sua melhor forma foi o FC Porto. Os dragões levantaram avante e aproveitaram um leão meio que adormecido no terceiro quarto. A formação de Moncho López conseguiu recuperar no resultado, passando mesmo para a frente do marcador, depois de efetuar um parcial de 10-2 em cinco minutos.
Foi certamente um período para esquecer para os comandados de Luís Magalhães onde nada correu bem aos leões. Os 22-9 de parcial dos terceiros dez minutos devem resumir aquilo que foi o desastre para a equipa verde e branca. Voltou o FC Porto à frente do marcador, por 57-50, à entrada para o último período.
E a sina do Sporting CP no terceiro período foi a mesma do FC Porto no último. Em seis minutos, os leões concretizaram um parcial de 15-2, dando por completo a volta ao marcador, mesmo com a ausência de Shakir Smith, após cometer cinco faltas. Com erros atrás de erros, a formação da Invicta começou a ficar para trás no marcador, mas lentamente conseguiu recuperar.
A 24 segundos do final, o marcador do Dragão Arena apresentava um empate. Os leões tinham esses segundos para atacar, mas Diogo Ventura acabou por efetuar falta ofensiva a seis segundos do final. Com todo o arsenal na quadra, o FC Porto apostou todas as fichas para esses seis segundos e Jalen Riley lançou com a bola que, ao saltitar três vezes no aro, não entrou. Seguiu-se para prolongamento.
O FC Porto esteve por cima ao longo dos cinco minutos de overtime, mas nunca com uma grande vantagem. A onze segundos, os dragões venciam por quatro pontos e assim permanecia, depois do Sporting CP não ter conseguido concretizar na última oportunidade de ataque. Soou a buzina e os dragões venceram por 81-78.
A FIGURA
Larry Gordon – Foi dono e senhor de todo o jogo do FC Porto. Quer a nível ofensivo, como a nível defensivo, Larry Gordon foi o verdeiro mastermind daquilo que os dragões demonstraram ao longo do encontro. Os 30 pontos não deixam ninguém indiferente.
O FORA DE JOGO
#BasquetebolSCP | Final do 3⃣.º Período:
FC Porto 57-50 Sporting CP#FCPSCP #LigaPlacard pic.twitter.com/Ay4ZESKIId
— Sporting CP – Modalidades (@SCPModalidades) March 7, 2021
Terceiro período leonino – Completamente fora daquilo que o jogo estava a demonstrar e, também, muito longe daquilo que o Sporting CP tem demonstrado ao longo da época, o terceiro período do Clássico foi, possivelmente, dos piores dez minutos que os leões fizeram esta época. Ainda conseguiram levar o encontro a overtime, mas não foi o suficiente. O terceiro período pecou totalmente por escasso.
ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO
Com Jalen Riley a assumir na construção e o tirar partido da estatura de Eric Anderson Jr, principalmente debaixo do cesto. Durante o jogo, o FC Porto privilegiou sempre as jogadas rápidas individuais.
A nível defensivo, os dragões recorreram, na maior parte do tempo, à marcação individual bastante cerrada aos jogadores do Sporting CP.
CINCO INICIAL E PONTUAÇÕES
Jalen Riley (7)
Brad Tinsley (5)
Miguel Queiroz (5)
Tanner McGrew (6)
Larry Gordon (9)
SUBS UTILIZADOS
Vladyslav Voytso (5)
João Torrie (-)
Pedro Pinto (5)
Francisco Amarante (5)
João Soares (6)
Ricardo Neves (-)
Eric Anderson Jr. (7)
ANÁLISE TÁTICA – SPORTING CP
Num Sporting que acabou por valorizar as jogadas individuais, era James Ellisor um dos jogadores fundamentais nesta construção, principalmente quando apostava no um contra um.
A nível defensivo, os leões aproveitavam a vantagem de estatura nos momentos de ressalto, tanto defensivos como ofensivos e, mesmo aquando da marcação dos jogadores do FC Porto, apostando num dois contra um recorrentemente.
CINCO INICIAL E PONTUAÇÕES
Travante Williams (6)
John Fields (6)
Shakir Smith (5)
João Fernandes (7)
James Ellisor (7)
SUBS UTILIZADOS
Diogo Ventura (6)
Cláudio Fonseca (5)
Pedro Catarino (6)
Micah Downs (6)