A CRÓNICA: BENFICA ACORDA TARDE, MAS NÃO TARDE DEMAIS
Segundo jogo do dia, segunda meia final da Taça Hugo dos Santos e segunda partida com direito a dois prolongamentos. O SL Benfica defrontou o FC Porto para decidir qual destas equipas iria marcar encontro com a UD Oliveirense na final, a ser disputada amanhã. Os encarnados, que se viram em desvantagem durante quase todo o encontro, levaram a melhor sobre os dragões.
O FC Porto entrou muito bem no jogo, a condicionar de forma excelente o ataque do SL Benfica e a transformar a solidez defensiva em eficácia ofensiva. Os encarnados pareciam desconcentrados e surpreendidos pelo forte arranque portista, e a vantagem dos azuis e brancos rapidamente chegou à casa das dezenas, por onde foi ficando até ao intervalo.
Na segunda metade da partida, nova adversidade para as águias, com o internacional português Betinho Gomes a ter de sair (de maca) do jogo, após queda aparatosa que não deixou ninguém no pavilhão indiferente. No entanto, a grande pausa que o jogo sofreu parece ter prejudicado o FC Porto, que controlava a partida até ao momento e que nunca mais pareceu a mesma após a paragem. O SL Benfica foi mantendo-se no jogo ao longo da segunda parte, e nos últimos minutos foi mesmo capaz de empatar a partida, obrigando a mais um prolongamento nesta tarde/noite de basquetebol.
No prolongamento, entrou melhor o SL Benfica, que parecia mais motivado para a fase derradeira do jogo. Apesar disso, soube sempre reagir bem o FC Porto, e os dragões forçaram, novamente, os encarnados a correr atrás do resultado, com o empate a surgir já nos derradeiros segundos deste prolongamento, forçando o segundo.
Tal como no primeiro, também no segundo prolongamento o SL Benfica voltou a entrar mais forte, ao concretizar alguns triplos importantes. Porém, desta feita o FC Porto não foi capaz de reagir e após 50 minutos de um grande jogo, a vitória acabou por cair para o lado das águias, 119-111.
A FIGURA
Anthony Ireland – O base do Benfica realizou um jogo quase perfeito. Com 30 pontos, dez assistências e sete ressaltos, o jogador encarnado encheu o campo e nos últimos minutos carregou a equipa às costas na busca da vitória, que muitas vezes pareceu perdida. No prolongamento, manteve a consistência e foi fundamental para a eventual vitória do Benfica.
O FORA DE JOGO
Lesão de Betinho Gomes – A brutalidade da queda do jogador do Benfica não deixou ninguém indiferente, seja no pavilhão ou em casa. Betinho Gomes foi assistido no court durante largos minutos e saiu de maca diretamente para o hospital. No entanto, a chuva de aplausos que recebeu, tanto dos adeptos do Benfica como do Porto, foi nota positiva no meio da tragédia.
ANÁLISE TÁTICA – SL BENFICA
O Benfica apresentou-se num sistema perto de um 1x3x1, com o base Ireland a controlar o ataque, José Silva, Betinho e Hallman a esticar o jogo e Coleman como poste. Foi clara a aposta do Benfica no tiro exterior, tentando através da velocidade e técnica tirar proveito da maior estatura da equipa portista.
CINCO INICIAL E PONTUAÇÕES
Anthony Ireland (9)
José Silva (7)
Betinho Gomes (5)
Arnette Hallman (8)
Eric Coleman (7)
SUBS UTILIZADOS
Rafael Lisboa (4)
Anthony Hilliard (5)
Fábio Lima (6)
Damian Hollis (6)
Gary McGhee (7)
ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO
O forte início do FC Porto a muito se deveu à sua estratégia inicial. A defender à zona, num sistema 2×3, os dragões criaram enormes dificuldades ao ataque do Benfica, o que permitiu ao seu ataque funcionar de modo muito mais descomplicado e fluido.
CINCO INICIAL E PONTUAÇÕES
Brad Tinsley (8)
Francisco Amarante (5)
Kayel Locke (7)
Preston Purifoy (7)
Sasa Borovnjak (7)
SUBS UTILIZADOS
Pedro Pinto (6)
Vladyslav Voytso (5)
João Soares (4)
Will Sheehey (6)
Miguel Queiroz (6)
Foto de Capa: SL Benfica – Modalidades
Artigo revisto por Diogo Teixeira