Rescaldo NBA All-Star Weekend 2016

    cab nba

    O fim-de-semana mais aguardado de toda a NBA chegou, viu e venceu! A 65.ª edição, a primeira fora dos Estados Unidos da América, ocorreu em Toronto, no Canadá, e deixou todos a querer ainda mais, tal foi o espetáculo proporcionado ao longo destes três dias.

    Primeiro Dia

    Depois de todas as clássicas apresentações e tudo o mais, chegou a altura do primeiro evento de destaque deste All-Star Weekend: o Jogo das Celebridades. O bem conhecido Drake era o treinador da Team Canada e o ator e comediante Kevin Hart (famoso nestas andanças do All-Star), quatro vezes MVP deste jogo, foi o treinador da Team USA – e, bem ao seu estilo, até chegou a entrar dentro de campo como jogador. A Team Canada venceu por 74-64 e Win Butler, vocalista dos Arcade Fire, com 15 pontos e 14 ressaltos, foi considerado o MVP do encontro.

    Depois deste jogo, seguiu-se o BBVA Rising Stars Challenge, que junta rookies (jogadores de primeiro ano) e sophomores (jogadores de segundo ano) numa partida entre a Team USA, liderada por Larry Drew, e a Team World, liderada por Ettore Messina. A equipa norte-americana bateu a equipa com elementos do resto do mundo por 157-154. O MVP do encontro, tal como no ano passado, voltou a pertencer a alguém dos Minnesota Timberwolves: neste caso, Zach LaVine foi o eleito (no ano anterior, tinha sido Andrew Wiggins – neste ano, também foi um dos elementos em destaque, com 29 pontos marcados), com 30 pontos, sete ressaltos, quatro assistências e vários afundanços espetaculares, como uma espécie de “aquecimento” para o concurso de afundanços.

    Em tudo o que seja um jogo rápido, com pouca ou nenhuma oposição defensiva, repleta de espaço e com várias oportunidades para a “diversão”, LaVine irá, provavelmente, brilhar (jogadores como Mario Hejonza, que terminou com 19 pontos, dez ressaltos e sete assistências, ou Devin Booker, que acabou com 23 pontos, sendo que cinco foram triplos e veio à última da hora para substituir Nerlens Noel, que se lesionou, também acabam por beneficiar muito deste tipo de jogo e mostraram que a NBA poderá contar com eles para o seu futuro).

    Zach LaVine foi eleito o MVP e mostrou alguns “vislumbres” do que se poderia esperar dele para o Slam Dunk Contest  Fonte: espn
    Zach LaVine foi eleito o MVP e mostrou alguns “vislumbres” do que se poderia esperar dele no Slam Dunk Contest
    Fonte: espn

    Foram 311 pontos, 34 triplos convertidos, imensa capacidade atlética mostrada pelos mais variados intervenientes e o facto de que, por muito inexperiente que a maioria ainda possa ser, a qualidade técnica está lá e o futuro risonho também, sendo que ainda mais alguns jogadores promissores tiveram de ficar de fora. A qualidade e o futuro da NBA vêem-se um pouco neste jogo, que realmente não desiludiu em nada. Os 157 pontos convertidos pela equipa vencedora foram a segunda melhor marca de sempre, enquanto que os 154 pontos da equipa vencida foram a melhor marca para uma equipa “não vencedora”.

    Outros destaques individuais: do lado do Resto do Mundo, Kristaps Porzingis fez 30 pontos, cinco triplos, com cinco ressaltos e quatro assistências, Emmanuel Mudiay fez também 30 pontos, cinco triplos e contribuiu com dez assistências; do lado da equipa dos EUA, para além do MVP LaVine, Jordan Clarkson contribuiu com 25 pontos, cinco triplos, com cinco ressaltos e cinco assistências, e Karl-Anthony Towns fez 18 pontos, sete ressaltos e quatro assistências. Para além de Hejonza e Mudiay, só houve mais um elemento a fazer um duplo-duplo: Dwight Powell, que, em apenas 16 minutos, fez 12 pontos, 11 ressaltos e ainda conseguiu dois roubos de bola. Não posso deixar de acrescentar ainda que Kristen Ledlow, conhecida jornalista, foi outro dos destaques desse dia na NBA. Foi realmente muito bom, este jogo. Foi um jogo de grande qualidade, e veremos o que estes jogadores nos trarão no futuro.

    Segundo Dia

    Antes do Skills Challenge, primeiro desafio de três nessa noite, houve lugar para um jogo entre “D-Leaguers” (jogadores da liga “abaixo” da NBA). Venceu a equipa do Este por 128-124 frente à equipa do Oeste. Jimmer Fredette, com 35 pontos, foi considerado o MVP da partida.

    O Skills Challenge, um concurso que costuma ser feito apenas por bases, este ano teve a particularidade de ter quatro bases e quatro “bigs”, a primeira vez que tal acontece. A final foi disputada entre um base (Isaiah Thomas, dos Boston Celtics) e um “big” (Karl-Anthony Towns, dos Minnesota Timberwolves). O “poste” dos Wolves surpreendeu tudo e todos e conquistou este prémio. Algumas das eliminatórias poderiam ter sido melhores, pedia-se até mesmo mais empenho para alguns jogadores, mas a final foi muito boa e foi decidida, como de costume, no triplo final.

    É de notar a enorme qualidade deste Towns e o brilhante futuro que terá pela frente. Um “big” que, com a idade que tem (20 anos), já ganha Skills Challenge, um desafio mais próprio para um base. Isaiah esteve quase a vencer, mas a grande diferença talvez tenha estado no facto de que o Center dos Wolves acertou no passe à primeira, essa que seria a maior vantagem para o Isaiah (que também acertou à primeira, como seria de esperar). Depois, foi tudo uma questão de acertar com o cesto no triplo final e o Towns, como um dos atletas mais promissores da atualidade, até já tem o lançamento de três pontos no seu “arsenal” e conseguiu assim vencer este Skills Challenge num duelo interessante com Isaiah.

    Karl-Anthony Towns ganhou o troféu pelos  “bigs”, dando uma nova “chama” a este concurso, com esta “rivalidade” entre bases e “bigs” Fonte: hoopeduponline
    Karl-Anthony Towns ganhou o troféu pelos “bigs”, dando uma nova “chama” a este concurso, com esta “rivalidade” entre bases e “bigs”
    Fonte: hoopeduponline

    Depois do primeiro grande prémio da noite, veio um momento muito interessante e algo cómico entre Draymond Green (jogador dos Golden State Warriors) e Kevin Hart, o famoso ator/comediante. Como uma forma de anteceder o concurso de triplos, houve um desafio, entre ambos, realizado dessa forma. Hart, com um triplo ao “som da buzina”, empatou frente a Green, mas provavelmente já estava tudo combinado para dar o prémio ao PF/SF dos Warriors e então a vitória foi atribuída a um dos “bigs” dos líderes da Conferência Oeste e da NBA. Um bom momento para descontrair antes do concurso seguinte.

    Concurso seguinte que foi o concurso de triplos. Stephen Curry, vencedor do ano passado, partia novamente como o favorito a vencer. Ainda assim, nas eliminatórias, não começou bem e só devido a 11 lançamentos seguidos concretizados e à última bola ter entrado no último segundo é que o MVP conseguiu passar à final, juntamente com o seu colega de equipa Klay Thompson. O outro finalista teve de ser decidido num desempate, visto que Devin Booker, James Harden e JJ Redick fizeram os mesmos pontos. Surpreendentemente (ou não), o jovem dos Phoenix Suns bateu os 2 jogadores mais experientes para conseguir o seu lugar na final deste concurso.

    Na final, Devin Booker, como esperado, ficou em terceiro lugar (com 16 pontos) e Klay Thompson, com 27 pontos, bateu os 23 de Curry e sagrou-se o novo vencedor deste troféu, sucedendo assim ao seu colega de equipa nos Warriors (primeira vez que existe um vencedor diferente, em 2 anos consecutivos, da mesma equipa). Prémio justo para um lançador exímio da linha de três e com uma técnica de lançamento muito apurada, tal como Curry tem. Com os 27 pontos, igualou o seu companheiro, que também fez 27 pontos na final do ano passado. Os “Splash Brothers” continuam a “mandar” neste concurso.

    Klay Thompso “roubou” o Three Point Contest ao vencedor do ano passado, seu colega de equipa e atual MVP, Stephen Curry Fonte: espn.go.com
    Klay Thompso “roubou” o Three Point Contest ao vencedor do ano passado, seu colega de equipa e atual MVP, Stephen Curry
    Fonte: espn.go.com

    Por fim, talvez o evento mais esperado da noite: o Slam Dunk Contest (ou o concurso de afundanços). Eram 4 os candidatos – Andre Drummond, Will Barton, Aaron Gordon e Zach LaVine. Os dois primeiros, como esperado, não acrescentaram muito ao concurso. Mas o jogador dos Orlando Magic e o jogador dos Minnesota Timberwolves protagonizaram uma das melhores finais de sempre! Um duelo que ficará para a história, entre 2 jovens com 20 anos, e que tem sido equiparado ao duelo entre Michael Jordan e Dominique Wilkins, em 1988, considerado por muitos o melhor de sempre. Um concurso que nos trouxe, provavelmente, um dos melhores dunks (ou afundanços), senão mesmo o melhor, a que o público assistiu, da parte de Aaron Gordon. Ambas as prestações também estão a ser comparadas com as conhecidas prestações de Vince Carter, um dos melhores “dunkers” de sempre.

    Uma final onde os dois afundanços de cada um foram pontuados com 10 de cada jurado, dando o total de 50 pontos. Só ao terceiro é que LaVine conseguiu superar Gordon e, pelo segundo ano consecutivo, levar para casa este prémio. Aaron Gordon surpreendeu ainda mais do que se esperava e deu muita luta ao “favorito” Zach LaVine. Apesar de ter tido dunks muito bons e de ter tido aquele que provavelmente ficará como um dos melhores de sempre, o homem dos Wolves quase que “banalizou” o salto da linha de lance livre, executando um “à Michael Jordan”, outro com “windmill” e, por fim, um “entre as pernas”, 3 dunks que meteram os seus colegas de profissão ao rubro.

    Algumas palavras para essa situação das reações de alguns jogadores da NBA: Houve muito boa disposição, mas também houve alguma ausência de “imparcialidade” na 1.ª fila – onde estavam alguns dos melhores jogadores da NBA na atualidade – que, pelo “histerismo” nos dunks do LaVine e pelas poucas reações e/ou correrias desenfreadas dos atletas para com o Gordon, mostrou certos pormenores que poderiam ter tornado o espetáculo ainda melhor, até porque aquele dunk do Gordon merecia quase uma invasão de campo.

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    Ainda em relação ao brilhante momento protagonizado pelo Aaron Gordon, há que dizer que foi algo muito exigente, mas ao mesmo tempo espetacular e realmente inacreditável. Há poucos adjetivos que descrevem o que se viu nessa altura (e na própria final em si) e a minha – e a da maioria das pessoas, acredito – incredulidade perante um salto daqueles foi algo por demais. Acrescem algumas dúvidas sobre se o jogador dos Magic poderá ter sido prejudicado pela regularidade de LaVine e pelo jogador dos Wolves ser uma espécie de “judges and fans favourite” – fica a ideia de que 2 dos dunks que ele fez deveriam ter rebentado a escala, sem qualquer dúvida.

    Mesmo assim, foi realmente um dos momentos altos deste All-Star Weekend, tenho a certeza disso.

    Ainda assim, foi Zach LaVine a vencer pelo segundo ano consecutivo, algo que não acontecia desde as duas vitórias seguidas de Nate Robinson (2009 e 2010). Na minha opinião, deveriam ter dado o prémio aos dois, ambos mereciam, sem qualquer tipo de dúvida. Até porque chegou uma altura em que eles já não tinham muito mais ideias para concretizar e eles próprios iam pedindo conselhos em quem estava mais perto deles e mesmo dos outros 2 concorrentes, que já tinham sido eliminados.

    Mesmo assim, não se pode dizer que o LaVine (de elogiar o seu discurso no final, onde o próprio admitiu, entre outras coisas, que deveriam partilhar o troféu) tenha sido um injusto vencedor. Acho que nenhum deles seria. Esperava que o Gordon pudesse surpreender, mas nunca esperei que fosse assim tanto. Para mim, volto a afirmar, das melhores finais de sempre (não digo o concurso em si, porque o Barton e o Drummond estiveram longe do nível destes 2 jovens). Acrescentar, por fim, que aquela que costuma ser a melhor noite do All-Star voltou a não desiludir!

    Terceiro Dia

    Este All-Star Game irá ficar também marcado como o último em que a lenda Kobe Bryant participou Fonte: latimes
    Este All-Star Game irá ficar também marcado como o último em que a lenda Kobe Bryant participou
    Fonte: latimes

    Chegou o dia mais aguardado, para muitos, do All-Star Weekend: o jogo das “estrelas”. Oeste (treinado por Gregg Popovich) vs Este (treinado por Tyronn Lue), os melhores de cada conferência a garantirem muito espetáculo, enormes dunks, imensos triplos e os mais variados truques para darem a todos os adeptos um espetáculo merecido.

    Antes do jogo em si, houve lugar para a mais do que merecida homenagem a Kobe Bryant, neste seu último All-Star Game. Foi o último jogador a ser apresentado e foi o grande protagonista da noite, sem dúvida alguma. “An 18-time Western Conference All-Star! A 4-time All-Star Game MVP! The league’s MVP in 2008! A 2-time Finals MVP and a 5-time NBA Champion! With the Los Angeles Lakers, Kobe Bryyyyyyyant!”, foram estas as palavras do “speaker” da arena para com a lenda dos Lakers e da NBA, aquando da sua entrada, nesta sua última participação no fim de semana All-Star. Depois, houve a oportunidade de se ver um vídeo em tributo dele, com os seus melhores momentos, com algumas palavras suas, de outros jogadores e de treinadores de toda a NBA.

    As suas 18 participações no All-Star Game (15 como titular, o que é um recorde) deixam-no no segundo lugar dos que mais vezes participaram, apenas atrás de outra lenda: Kareem Abdul-Jabbar, com 19 participações. Sendo que os seus 290 pontos deixam-no apenas atrás de Lebron James (291) como aquele com mais pontuação neste jogo. Por curiosidade, um de alguns recordes que Kobe detém deste All-Star Weekend advém do Slam Dunk Contest, em que ainda continua a ser o vencedor mais jovem de sempre a vencê-lo (18 anos e 169 dias).

    Em relação ao jogo em si, no final, a equipa do Oeste (de Kobe e companhia) venceu a equipa do Este por 196-173. O Oeste bateu o recorde de pontos e conseguiu o segundo triunfo consecutivo e o quinto nos últimos seis anos. O MVP do encontro voltou a ser Russell Westbrook (desde 1958-59 que ninguém vencia o MVP de forma consecutiva, que terminou o jogo com 31 pontos, 7 triplos, 8 ressaltos, 5 assistências e 5 roubos de bola. Curry, Davis, Durant, Harden ou Paul (o único a fazer um duplo-duplo do lado do Oeste, com 14 pontos e 16 assistências) foram outros dos destaques desta equipa.

    Russell Westbrook venceu, pelo segundo ano consecutivo, o MVP do All-Star Game Fonte: bleacherreport
    Russell Westbrook venceu, pelo segundo ano consecutivo, o MVP do All-Star Game
    Fonte: bleacherreport

    Do lado do Este, o melhor jogador foi sem dúvida alguma Paul George, que terminou o jogo com 41 pontos – ficou a apenas 1 ponto do recorde de Wilt Chamberlain – e marcou 9 triplos, um recorde em termos de All-Star Game. O recorde de total de pontos acabou por não ser batido de forma caricata, visto que, no último minuto, a equipa de Oeste apertou a sua defesa nele e não o deixou marcar mais pontos (a decisão também parece ter tido influência do “Coach Pop”). Drummond, Wall ou Lowry foram alguns outros destaques desta equipa, sendo que Lebron James, de todos os titulares, foi o que jogou menos tempo (20 minutos) e acabou apenas com 13 pontos (juntando a isso 7 assistências e 4 ressaltos). Nesta noite, também foram batidos mais alguns outros recordes em termos coletivos.

    O Kobe, do lado do Oeste, terminou a partida com 10 pontos, 7 assistências, 6 ressaltos e um roubo de bola, em 26 minutos de jogo. Durante alguns momentos do encontro, pareceu-me que ele quis deixar os seus colegas “brilhar”. Ficou um pouco “resguardado” na defesa, em alguns ataques nem ia lá à frente, mas, pela sua expressão, estava realmente a desfrutar deste último All-Star Game e isso é o mais importante. Foi mesmo uma grande despedida do Kobe (alegria “contagiante” em muitos momentos e, tal como disse, notou-se que ele desfrutou ao máximo disto tudo). O melhor momento da noite foi quando ele foi pela última vez substituído e teve uma merecida “standing ovation” por parte do público e de todos os colegas, treinadores, staff, entre outros. Cumprimentou cada jogador individualmente e saiu, pela última vez, de um jogo do All-Star. Mais um capítulo que terminou na vida de um dos melhores jogadores de sempre.

    Destacar ainda algo que aconteceu num dos intervalos do jogo: Jordan Kilganon, uma das sensações do YouTube e “dunker profissional”, mostrou a todos realmente o porquê de ser considerado uma sensação e de ser mesmo um profissional naquilo que faz. Foi realmente chegar, ver e vencer. Os próprios comentadores destacaram o facto de ele estar de calças. Mas isso não o impediu de fazer, provavelmente, o melhor dunk da noite e, para alguns, até mesmo do fim-de-semana! Vejam por vocês mesmos:

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    Para terminar, há que dizer que foi realmente um All-Star Weekend muito forte, intenso, comovente, histórico, original, barulhento, estratosférico, lendário (até Michael Jordan apareceu) e muito, muito mais! Já estamos em contagem decrescente para o próximo ano do All-Star Weekend, desta vez irá ser em Charlotte. Até para o ano, ASW…

    Foto de Capa: NBA

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    Nuno Raimundo
    Nuno Raimundohttp://www.bolanarede.pt
    O Nuno Raimundo é um grande fã de futebol (é adepto do Sporting) e aprecia quase todas as modalidades. No ciclismo, dificilmente perde uma prova do World Tour e o seu ciclista favorito, para além do Rui Costa, é Chris Froome.                                                                                                                                                 O Nuno escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.