É um clássico e desta vez chegou mais cedo: a temporada começa, alguns jogos passam e os New York Knicks descobrem que são maus. O dono, James Dolan, esconde-se das suas responsabilidades, atribuindo-as ao General Manager da equipa e começa a equacionar o despedimento do treinador. Esta época não é diferente, mas ainda nem chegamos a dezembro.
O verão foi complicado para os lados de Nova York e o drama prosseguiu para a nova temporada. Há uns meses, os Knicks trocaram Kristaps Porzingis, farto da falta de visão de futuro da equipa, por vários jogadores com contrato a terminar, permitindo à equipa ter espaço para contratar duas estrelas no verão. Essas duas estrelas seriam Kevin Durant e Kyrie Irving, que muitos na liga esperavam que se viessem a juntar e a jogar juntos. Porém, os Knicks decidiram nem tentar ir atrás de KD por causa da sua lesão, e tanto um como outro acabaram em Brooklyn.
Começou aqui o desastre. Os Knicks foram buscar quem sobrava, sem olhar a planificação nenhuma e encheram a equipa de power forwards e bases, dando dinheiro a mais a muitos deles. A época começou, a equipa é desequilibrada e má e a culpa… é do treinador. James Dolan tirou a água do capote, mandou a culpa para toda a gente menos para ele e continua a acreditar, incrivelmente, que esta é uma equipa capaz de lutar pelos playoffs.
A direção dos Knicks deu a Fizdale três sacos de cimento com muita areia lá dentro e dois rolos de fita cola e pediu que este construísse um edifício que compita com o Empire State Building. A construção da equipa não faz sentido e Fizdale sairá como culpado de uma situação na qual não tem culpa nenhuma. E assim continuarão os Knicks, porque são assim há muitos anos e ainda não perceberam de onde vem o problema.
Como Kevin Durant referiu há uns tempos, já ninguém quer ir para os Knicks. A turma de Nova York é a chacota da liga e a equipa com menos planeamento de futuro em toda a liga. Mesmo com RJ Barrett, Julius Randle e o pobre coitado rookie que os Knicks escolherem no draft em 2020, a situação não mudará. Porque o problema não está na qualidade dos jogadores ou treinadores, mas sim em quem controla o dinheiro e se afasta das suas próprias responsabilidades. É um franchise à deriva, completamente.
Foto de Capa: New York Knicks
Artigo revisto por Diogo Teixeira