📲 Segue o Bola na Rede nos canais oficiais:
- Advertisement -

Para os ávidos consumidores de conteúdos – artísticos, informativos ou outros – é sempre difícil perceber até que ponto a realização humana que experienciam pode, ou não, ser considerada uma obra-prima. A dúvida persiste sempre. É um bom exercício que nos persegue até ao fim da nossa (curta) vida. Então, simplesmente, para alguma realização ser considerada arte, basta que esteja assinada. Seja ela de que tipo for. “Claro que isso é algo idiota!”, pensaremos nós. Bom, mas o que é certo é que algo assinado é algo obrado. Ponto final. E fazemos um parágrafo.

O mesmo se passa com a posição do base, no basquetebol. Ele assina as jogadas mais magistrais e mirabolantes, algumas nem sequer presentes no espetro do imaginário de uma única alma. Claro que ninguém joga sozinho. É um desporto coletivo. Precisa dos seus colegas. De alas. De um poste. Mas ele é um artista com a bolinha na mão e pelotas nos pés. O jogo de pés é importante. Tal como um bom boxeur. Sem ver isso, o jogador adversário perde a noção do espaço. E perde de vista o rival.

O número mágico, geralmente, a que se associa este tipo de jogadores é o cinco. Diferentemente do futebol, por exemplo, em que é o 10. Talvez por o número representar o total de jogadores com que se joga este ludo. É impossível ouvir expressões do tipo “nesta equipa és tu e mais dez!”. No máximo, seria: “és tu e mais quatro, porque se formos meia dúzia jogamos com um a mais.”. E continuaria.

Base, o jogador mais tecnicista da equipa lucia desporto.blogspot.com
Base, o jogador mais tecnicista da equipa lucia
desporto.blogspot.com

Mágicos estonteantes, assim são estes autênticos artífices. Resolvem jogos. Levantam pavilhões. Mas sobretudo são os grandes artesãos na construção do ponto. Jogar com a bola na mão parece fácil. Mas os bases talentosos parecem autênticos símios no que toca ao manejar do objeto esférico, tal a facilidade com que driblam.
Quando li a saga O Silmarilion, O Hobbit e O Senhor dos Anéis, para além de ter a felicidade de degustar uma aventura estonteante, pude aprender uma coisa: quando a coisa fica feia, a ajuda vem sempre daqueles de que menos estamos à espera. Os mais fracos, no fundo. Fracos em termos de físico, não em termos de coração. Como Spartacus disse um dia: “os combates não se ganham pela força, mas pela vontade”. É isso que os bases têm a seu favor. A discrição. A baixa estatura (na maioria dos casos). O fator surpresa. Enfim, o grande armador de jogo. Como se fosse um estratega militar. Fim do momento cromo.

E agora deixemos os bases deste mundo descansar. Na sua base, quem sabe. Longe de os querer incomodar, mas já incomodando, pois, com a assinatura, mal ou bem, esta peça transformar-se-á também numa obra. Fraca. Mas arte. Tal como os seus passes, dribles e cestos.

Subscreve!

Artigos Populares

Dérbi à porta: Eis o registo de Rui Borges contra o Benfica

O Benfica x Sporting joga-se esta sexta-feira para a Primeira Liga. Fica com o registo de Rui Borges contra o clube encarnado.

Rio Ave em profunda mudança com uma série de despedimentos

Vários despedimentos assolam o Rio Ave nos últimos tempos. Clube da Vila do Conde vive uma fase complicada.

Atenção, Benfica: Rafa Silva regressa aos treinos do Besiktas

Rafa Silva volta a treinar com o grupo no Besiktas. Avançado português tem treinado à parte nos últimos dias.

Paulo Lopes acredita em Benfica a ganhar a Primeira Liga: eis o que disse sobre a corrida

Paulo Lopes, antigo guarda-redes do Benfica, falou sobre vários temas em entrevista. Entre eles, a corrida pela Primeira Liga.

PUB

Mais Artigos Populares

Angola convoca 3 jogadores da Primeira Liga para a CAN 2025

Jonathan Buatu, Pedro Bondo e Beni Mukendi integram lista alargada de 28 nomes escolhidos por Angola para atacar a CAN 2025.

Paulo Lopes em entrevista: «Costumo brincar e dizer que fui o guarda-redes com mais azar e, ao mesmo tempo, com mais sorte no mundo»

Paulo Lopes, antigo guarda-redes do Benfica, falou sobre vários temas associados ao seu passado na Luz. Anteviu também o dérbi.

Assistência de ex-FC Porto complica vida a Toluca de Paulinho

Toluca perdeu na primeira mão das meias-finais da Liga Mexicana Apertura frente ao Monterrey (1-0), com o golo decisivo a ser assistido por Jesús Corona, antigo jogador do FC Porto.