Análise final da A Volta a Portugal Edição Especial

    A equipa do Feirense levava as suas esperanças em Rafael Reis. O contrarrelogista português quase que alcançava a vitória no prólogo, em Fafe, perdendo por um segundo para Veloso da W52-FC Porto. Reis fechou em nono lugar do contrarrelógio final em Lisboa. Destacar ainda o quarto lugar de Óscar Pelegrí na etapa de Torres Vedras.

    As equipas estrangeiras vieram à Volta a Portugal mostrar serviço, andando por diversas vezes em destaque. Salta à vista a equipa francesa da Arkéa-Samsic, com duas vitórias ao sprint de Daniel Mclay. Era um dos favoritos a vencer nas etapas para os mais rápidos, e claramente não desiludiu. Ele que já esteve no WorldTour, ao serviço da EF Education First. Os lançamentos de Christophe Noppe foram fundamentais para as vitórias do britânico. Destacar ainda o terceiro lugar de Anthony Delaplace no contrarrelógio de Lisboa.

    A equipa Nippo Delko One Provence, ao comando de José Azevedo, trouxe uma equipa muito interessante para a Volta. Délio Fernández para a geral, Riccardo Minali para os sprints, Mauro Finetto para as chegadas de média montanha e Simon Carr como jovem promissor. Délio já ganhou várias etapas na Volta a Portugal, mas o melhor que conseguiu nesta edição foi um sétimo lugar, na etapa da Torre. Acabou na décima posição da geral. Minali foi um dos destaques nas chegadas para os mais rápidos. Terminou na terceira posição da quinta etapa, em Águeda, e na etapa seguinte voltou a estar na luta, ao terminar na segunda posição, apenas batido por Mclay. O corredor experiente Mauro Finetto esteve na discussão em algumas etapas, no Alto de Santa Luzia, Viseu e em Setúbal, mas nunca foi além do quinto lugar. Ainda assim, mostrou que estava com “ganas” de conquistar uma etapa. O jovem britânico Simon Carr, de 22 anos, venceu a classificação da juventude. Esteve a grande nível na etapa da Senhora da Graça, onde terminou em quarto lugar, conquistando também a camisola branca da juventude, não largando mais até ao final da competição.

    A equipa espanhola da Caja Rural foi bastante combativa. A prova disso foi a fuga bem-sucedida de Oier Lazkano. O ciclista espanhol venceu a etapa três em Viseu, numa fuga a solo. Era um dos ciclistas mais jovens desta edição da Volta, mas não foi por isso que se deixou intimidar. O líder Cristián Rodríguez, ciclista que em princípio irá participar na Vuelta, acabou na nona posição da geral.

    Falando de equipas espanholas, a Burgos também mostrou trabalho na frente do pelotão e combatividade. Estiveram presentes em algumas fugas, mas nunca tiveram sucesso. A melhor classificação alcançada foi um sétimo lugar de Ricardo Vilela, na etapa da Senhora da Graça. O ciclista de Bragança foi o melhor classificado da equipa, terminando a prova no 14.º lugar da geral.

    A equipa norte-americana, a Rally Cycling, não teve vida fácil em Portugal. Não conseguiu nenhum top dez em etapas, sendo a equipa com menos protagonismo da Volta em termos positivos. Foi a equipa que mais abandonos teve, com Nigel Ellsay e Emerson Oronte a saírem mais cedo da competição.

    Foto de Capa: Federação Portuguesa de Ciclismo

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    André Filipe Antunes
    André Filipe Antuneshttp://www.bolanarede.pt
    O André é licenciado em Marketing e Publicidade e um fã incondicional de ciclismo. Começou desde pequeno a ter uma paixão pelo desporto, através do futebol. Chegava a saber os plantéis de todas as equipas da Primeira Liga! Com o tempo, abriu-se o horizonte e o interesse para outros desportos, como o Ciclismo, o Futsal e, mais recentemente, a NBA. Diz que no Ciclismo existem valores e táticas que mais nenhum desporto possui e ambiciona um dia ter a oportunidade de assistir ao vivo a um evento deste calibre.