Seriam destes 3 ciclistas, Benoot, Bardet e Van Aert, que iria sair o vencedor da prova, um trio inesperado, não tanto por Benoot mas mais por Bardet e o jovem Van Aert, nos quais não apostaria para o pódio.
E foi mais uma vez o belga da Lotto a abrir as hostilidades num feroz ataque sem que os seus adversários conseguissem responder à altura, isto quando estavamos a 10km do fim da prova, e quando a chuva também já tinha dado tréguas.
Benoot isola-se na chegada a Siena e conquista uma grande e merecida vitória, fruto da sua leitura da corrida aliado a ataques que deixaram a concorrência fora da luta pela vitória.
O belga junta o seu nome à lista de vencedores da Strade Bianche, nomes que incluem Fabian Cancellara, Philipe Gilbert e Michal Kwiatkowski, entre outros.
No resto do pódio ficaram as surpresas, por ordem de chegada Romain Bardet, que mostrou uma faceta que até aqui desconhecia neste tipo de terrenos, sendo ele um trepador puro teve uma prestação digna de um ciclista de clássicas.
No lugar mais baixo do pódio, Wout Van Aert, um nome muito conhecido no mundo do ciclocross e que nos vamos habituar a ver agora em estrada e em clássicas de inverno, tem características que fazem dele um nome a seguir agora nas clássicas de pavê.
Quanto aos favoritos, Valverde e Sagan conseguem acabar no top-10. Já Kwiatkowski que andou no grupo da frente teve uma enorme quebra e terminou no 30º lugar.
A armada portuguesa representada por José Gonçalves 27.º lugar e Nelson Oliveira 46.º lugar foram os únicos que terminaram, já Nuno Bico não conseguiu terminar a prova.
Resta-me destacar que dos 147 ciclistas que começaram a prova só 53 é que acabaram a mesma, o que demonstra bem as dificuldades desta prova, que cada vez mais se destaca como uma das melhores do calendário internacional.
Foto de Capa: Strade Bianche
Artigo revisto por: Rita Asseiceiro