Ciclismo | Este ano, o campeão mundial de ciclocrosse voltará a ser humano!

    Mathieu Van der Poel e Wout van Aert têm feito as delícias dos fãs do circuito mundial de ciclocrosse e agora também do calendário de estrada. Ano após ano, o domínio que exercem é de tal forma claro que é preciso recuar a 2014 para encontrar um campeão do mundo na especialidade de ciclocrosse que não o belga ou o holandês.

    A disputar-se nos dias 29 e 30 de janeiro, em Fayetteville, nos Estados Unidos da América, seria de esperar nova luta de galos pelo título de campeão mundial de elites entre os dois atletas. Ambos estão longe de desaparecer da ribalta da modalidade, contudo, uma conjugação de fatores originou uma oportunidade ideal para Tom Pidcock e companhia alcançarem um dos maiores objetivos do ano.

    Mathieu Van der Poel, o campeão em título, não estará apto para competir e tentar a revalidação pela quarta vez consecutiva depois de adquirir o tricampeonato nas areias de Oostende, em 2021, na Bélgica. Uma lesão nas costas, provocada por uma queda nos Jogos Olímpicos, em Tóquio, tarda em sarar, pelo que a decisão do ciclista recai agora sobre uma paragem prolongada de maneira a resolver o problema de uma vez por todas.

    Já Wout van Aert continua a endurecer a sua transição para a estrada, faltando a uma das maiores provas da disciplina para preparar o seguimento de clássicas da primavera, onde aponta à vitória em diversas competições do calendário UCI World Tour.

    Com os dois “aliens” fora da corrida, uma oportunidade de ouro para um jovem inglês aparece entre as nuvens. O campeão olímpico de ciclocrosse, Tom Pidcock, parte com favoritismo para uma prova onde já fez pódio, em 2020. Ainda assim, com a falta dos dois dominadores da especialidade, espera-se uma corrida aberta, onde a armada belga, composta por Toon Aerts, Quinten Hermans, Michael Vanthourenhout e Eli Iserbyt, se apresenta como a maior ameaça às pretensões do talento da Ineos Grenadiers.

    Eli Iserbyt, líder do ranking mundial de ciclocrosse da UCI, parece partir com ligeira vantagem na linhagem belga, também devido à recente prestação na última etapa da Taça do Mundo. No passado dia 16, em França, o jovem de 24 anos bateu os experientes Toon Aerts (que tem sido igualmente regular) e Michael Vanthourenhout, sendo o número um belga nas casas de apostas – contudo, longe do favoritismo claro de Tom Pidcock -.

    O veterano Lars Van der Haar, recentemente coroado como campeão holandês de ciclocrosse será, em teoria, o plano B da “Laranja Mecânica”, ao passo que Laurens Sweeck, Van Kessel e Gianni Vermeersch são nomes a ter em conta para um bom lugar nos dez melhores do mundo na especialidade.

    Esta é a segunda vez que o evento se realiza em terras norte-americanas, fazendo parte de uma estratégia do país para elevar o nível da modalidade em termos de visibilidade, em atrair atletas de formação e em adquirir uma maior importância na esfera desportiva do país.

    O percurso conta com cerca de 3 quilómetros e um ganho de 53 metros por volta, disputando-se em dois dias e quatro categorias diferentes. Homens e senhoras estarão em competição em elites, sub-23, juniores e “Team Relay”. Depois de quatro títulos para “MVDP” e três para “WVA”, quem irá suceder a Zdenek Stybar e terminar a hegemonia dos dois tubarões?

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    Ricardo Rebelo
    Ricardo Rebelohttp://www.bolanarede.pt
    O Ricardo é licenciado em Comunicação Social. Natural de Amarante, percorreu praticamente todos os pelados do distrito do Porto enquanto futebolista de formação, mas o sonho de seguir esse caminho deu lugar ao objetivo de se tornar jornalista. Encara a escrita e o desporto como dois dos maiores prazeres da vida, sendo um adepto incondicional de ciclismo desde 2011.