Quanto à classificação por pontos, Elia Viviani, sprinter da Quick Step, ganhou com larga margem, tendo as quatro vitórias na prova ajudado a solidificar o primeiro lugar nesta classificação. Destacar também o sprinter da Bora – Hansgrohe Sam Bennett, que sai do Giro com três vitórias em etapas e a mostrar que também pode ser um nome importante no futuro na luta pelos sprints.
A camisola de montanha ficou entregue a Froome com naturalidade mas houve um nome que vai ficar na retina. Um jovem que mostrou muita combatividade e entrou na maior parte das fugas que tinham contagens de montanha, falo de Giulio Ciccone, jovem ciclista da Bardiani, que com esta prestação pode ter assegurado a entrada numa equipa do escalão World Tour na próxima época.
Grande prestação do nosso português José Gonçalves com um 14.º lugar no Giro, um feito de grande nível considerando que nesta década só André Cardoso teve um prestação semelhante numa grande volta, está de parabéns o português.

Fonte: Team Katusha – Alpecin
Na parte das desilusões, Fabio Aru encabeça a lista de maior desilusão do Giro de 2018.
O atual campeão italiano, que vem fazendo uma época bem discreta, teve um prestação fraca no Giro, e a imagem de impotência deixada na etapa 15 na chegada a Sappada vai ficar gravada na nossa memória, um Giro passado completamente ao lado e que culminou com a sua desistência já nas etapas finais.
Esteban Chavez começou da melhor maneira o seu Giro, vencendo a primeira chegada ao alto, na chegada ao vulcão Etna e prometia ser uma das armas da Michelton, em conjunto com Simon Yates mas o que é certo é que o colombiano passou completamente ao lado do Giro depois dessa vitória.
Simon Yates, com a terrível terceira semana que teve, acabou por desiludir aqueles que acreditavam que o britânico iria suceder a Tom Dumoulin. A quebra que teve na antepenúltima etapa mostrou que tem que trabalhar mais se quiser conquistar alguma das três grandes voltas.
Thibaut Pinout, o francês viu as suas aspirações ao pódio melhorarem exponencialmente com a saída de Yates mas o francês claudicou na penúltima etapa, acabando por ter também ele que desistir da prova.

Fonte: Giro d’Italia
Foi um Giro de Itália que mostrou ao mundo a verdadeira essência do que é ser ciclista de alta competição. Desde Froome, a Chavez, de Aru a Dumoulin, Yates e Pinot, todos eles com altos e baixos, todos eles sofreram na pele, todos eles esgotaram até certo ponto as suas forças, e todos eles mostraram que são humanos, bem todos menos um, Froome. Froome não é humano, não pode ser, Froome veio de outro planeta!!
Foto de Capa: Team Sky
Artigo revisto por: Rita Asseiceiro