O que esperar dos Europeus de Ciclismo de Estrada?

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    Vão esta semana para a estrada os Campeonatos Europeus de Ciclismo de Estrada, que se realizam este ano em Herning, na Dinamarca. Criados em 1995 apenas como uma corrida de fundo para a categoria de sub23, foram sofrendo sucessivos alargamentos. Em 1997 passaram a ter também contrarrelógio e em 2005 passaram a ser disputados também em juniores. O ano passado foi realizada a primeira prova para elites com Jonathan Castroviejo e Ellen van Dijk a vencerem no contrarrelógio e Peter Sagan e Anna van der Breggen na prova de fundo.

    Na edição deste ano, quem quiser vestir a camisola distintiva de Campeão Europeu enfrentará um percurso bastante plano que nunca chega sequer aos 100 metros acima do nível do mar, pelo que os puros contrarrelogistas e os sprinters serão os que mais provavelmente chegarão à glória.

    Apesar de não serem uma das mais prestigiadas provas internacionais do calendário, trata-se de uma competição que dá projeção a alguns jovens valores do ciclismo e, no passado, ciclistas como Marcel Kittel, Giovanni Visconti e Michael Albasini conquistaram aqui vitórias. Na edição deste ano, Edward Dunbar, Jasper Philipsen e Fabio Jakobsen deverão ser alguns dos destaque entre os mais jovens.

    Lotta Lepisto é a grande favorita para a prova de fundo em Elites Femininos Fonte: Cervelo Bigla Pro Cycling
    Lotta Lepisto é a grande favorita para a prova de fundo em Elites Femininos
    Fonte: Cervelo Bigla Pro Cycling

    No lado feminino, o crono deverá voltar a ser disputado pelas três medalhadas do ano passado, Ellen van Dijk, Anna van der Breggen e Olga Zabelinskaya, todas elas entre as pré-inscritas para a prova. Já a prova de fundo tem um maior lote de candidatas para o previsível final ao sprint, com Lotta Lepisto à cabeça, mas sem esquecer Jolien d’Hoore, Amalie Dideriksen, Giorgia Bronzini, Kristen Wild e Marianne Vos.

    Portugal tem também uma boa história nesta prova, tendo já vencido a prova de fundo sub23 com o ‘Foguete da Rebordosa’ Cândido Barbosa no ano de 1996. Mais recentemente, em 2010, Nelson Oliveira foi, também em sub23, medalhado de prata na prova de fundo e de bronze no contrarrelógio. Este ano, o contingente português é composto por: Rafael Reis, Ruben Guerreiro, Tiago Machado e José Mendes (Elites Masculinos), Daniela Reis (Elites Femininos), André Carvalho, César Martingil, Francisco Campos, Gaspar Gonçalves e João Almeida (Sub23 Masculinos), Soraia Silva (Sub23 Femininos), João Dinis, Pedro José Lopes, Pedro Miguel Lopes e Pedro Teixeira (Juniores Masculinos) e Maria Martins (Juniores Femininos).

    Contrarrelógio de Elites

    Maciej Bodnar, recente vencedor do contrarrelógio de Marselha no Tour de France, e Stefan Kung, que em 2014 foi campeão europeu em sub23 tanto em contrarrelógio como na prova de fundo, são os dois mais fortes candidatos a vencer a medalha de ouro na prova de esforço individual.

    Outros fortes candidatos às medalhas são a dupla belga de Yves Lampaert e Victor Campenaerts, que em 2016 foi segundo, Jos van Emden, Ryan Mullen, Edvald Boasson Hagen e Nikias Arndt.

    O campeão em título, Jonathan Castroviejo, não alinhará pois preferiu ficar com a família já que está prestes a nascer o seu segundo filho.

    Prova de Fundo de Elites           

    Numa corrida que deverá ser decidida ao sprint entre os mais rápidos do pelotão, várias seleções trazem soluções para tentar levar para casa a vitória.

    Elia Viviani ambiciona o título europeu para dar impulso a um forte final de temporada  Fonte: Facebook Oficial de Elia Viviani
    Elia Viviani ambiciona o título europeu para dar impulso a um forte final de temporada
    Fonte: Facebook Oficial de Elia Viviani

    A Itália é liderada por Elia Viviani e traz apoios de dois dos comboio de maior sucesso esta temporada, Cimolai e Guarnieri da FDJ e Sabatini da QuickStep. O ciclista da SKY está em forma tendo recentemente vencido duas etapas da Volta à Áustria e, após falhar a presença no Giro d’Italia, aposta forte num final de temporada com vitórias.

    Já a Noruega vem como uma liderança bicéfala, que não resultou da melhor forma nos Campeonatos do Mundo da época passada. Ainda assim, Edvald Boasson Hagen vem de um excelente Tour e Alexander Kristoff acabou de vencer a Ride London Classic, sendo ambos claros candidatos à vitória.

    Bryan Coquard e Sam Bennet terão as suas equipas a trabalhar exclusivamente em seu favor e, mesmo não tendo apoios tão bons como alguns dos adversários, têm a ponta final para estar na discussão, resta saber se estarão em forma.

    Ainda que com um menor grau de favoritismo, Juan José Lobato deverá liderar as aspirações espanholas a uma medalha, enquanto Jens Debusschere e Moreno Hofland deverão ser as mais fortes possibilidades para, respetivamente, Bélgica e Países Baixos que aparecem com equipas fortes no geral mas sem um claro candidato à vitória.

    Finalmente, o checo Zednek Stybar deverá ser a maior ameaça entre aqueles que tentarão evitar o expectável final em pelotão compacto.

    Foto de Capa: Union Européene de Cyclisme

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