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O regresso da Vuelta ao país da Volta

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No dia 11 de setembro, o “Diario AS” avançava que a organização da Vuelta se encontrava em negociações avançadas com o município de Lisboa e com outras localidades portuguesas, para que o início da Volta à Espanha de 2024 se desse em solo português. As negociações chegaram a bom porto e, no passado domingo (dia 17 de setembro), que marcou também o fim da Vuelta a España de 2023, vencida pelo norte-americano Sepp Kuss (Jumbo-Visma), o presidente da Câmara Municipal de Lisboa anunciou, com muito orgulho, que a Grande Volta espanhola se iniciará na capital portuguesa em 2024.

As partidas no estrangeiro das Grandes Voltas

A internacionalização das partidas das Grandes Voltas é um fenómeno recorrente e crescente desde a segunda metade do século XX, iniciada pelo Tour em 1954, ano em que os ciclistas alinharam para a partida em Amesterdão. Desde aí, o Tour iniciou-se mais 24 vezes “fora de portas”, 12 delas no século XXI.

A Volta à França é efetivamente aquela que mais vezes estabeleceu laços com o exterior para a sua Grande Partida, mas o Giro não fica muito atrás. A travessia internacional começou em San Marino, em 1965, e desde esse ano, 13 outros locais tiveram o privilégio de acolher a etapa inicial da Volta à Itália, oito deles neste século.

Das 3 Grandes Voltas, a Vuelta é aquela que menos vezes teve a sua comitiva a rumar ao estrangeiro para iniciar a prova. Foram apenas quatro o número de ocasiões em que a prova-rainha de “nuestros hermanos” começou fora do seu território nacional: em 1997, Lisboa, em 2009, Assen, em 2017, Nimes, e em 2022, Utrecht. Estas quatro partidas no estrangeiro vão passar a ser cinco no próximo, quando a cidade que iniciou a viagem da Vuelta ao estrangeiro, Lisboa, vai voltar a figurar na história desta Grande Volta.

O anúncio e as expectativas

Há 3 dias, Carlos Moedas divulgou ao país que, 27 anos após a primeira passagem da Volta à Espanha por Portugal, a Grande Volta espanhola voltará a iniciar-se na “Cidade das Sete Colinas”, mais precisamente, junto à Torre de Belém, símbolo da alma lusitana e da abertura do povo português ao mundo. Javier Guillén, diretor geral da competição velocipédica espanhola, reforçou também a importância de aprofundar a internacionalização da prova que dirige e ressaltou os laços existentes entre os dois países da Península Ibérica.

Ao que tudo indica, a Vuelta terá novamente três etapas em solo português, tal como havia acontecido em 1997 (com a ressalva da terceira etapa dessas três ter já terminado em território espanhol).

Em 2024, a Vuelta deverá começar com um prólogo entre a Torre de Belém, em Lisboa, e a Praia da Torre, em Oeiras. A segunda tirada será já uma etapa em linha a ligar Cascais e Ourém. Para finalizar a curta passagem da Vuelta a España em Portugal, espera-se uma etapa entre Lousã e Castelo Branco.

A Vuelta de 2024 constitui mais uma das múltiplas parcerias estabelecidas entre os dois países no Desporto e serve para demonstrar que, com boa vontade e dedicação, o Mundial de 2030, eventualmente a ser disputado em Portugal, Espanha e Marrocos, é bem mais do que uma miragem.

Concluindo, a Volta à Espanha da próxima temporada representa uma oportunidade única para os aficionados portugueses poderem observar de perto alguns dos melhores ciclistas do mundo, enquanto estes participam numa das provas mais ilustres do calendário velocipédico internacional. Que venha daí a Vuelta…

Miguel Monteiro
Miguel Monteirohttp://www.bolanarede.pt
O Miguel é um estudante universitário natural do Porto, cuja paixão pelo desporto, fomentada na infância pelos cromos de Futebol que recebia e colava nas cadernetas, considera ser algo indescritível. Espetador assíduo de uma multiplicidade de desportos, tentou também a sua sorte em algumas modalidades, sem grande sucesso, tendo encontrado agora na análise desportiva uma oportunidade para cultivar o seu amor pelo desporto e para partilhar com os demais as suas opiniões, nomeadamente de Ciclismo, modalidade pela qual nutre um carinho especial.

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