Os 4 dias decisivos do Tirreno Adriatico: Sorri Roglic

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Prova por etapas de nível World Tour de preparação ao Giro D’Itália. Com uma startlist de topo, havia material para toda a obra. Uma lista de ciclistas com a alta categoria em todas as caraterísticas esperava-se uma semana de corrida fantástica. O percurso era perto do tradicional do Tirreno, com 1 curto contra-relógio na primeira etapa, 3 etapas para os sprinters e três para os homens da geral.

A nível dos candidatos da geral individual, tínhamos um leque enorme com nomes como Roglic, Arensman, Cicone, Landa, Mas, Adam Yates e o nosso João Almeida.

ETAPA 1: GANNA SHOW

Etapa 1 que era um contra-relógio curto de 11 quilómetro e meio, onde não se esperava grandes diferenças e foi o que aconteceu. Contra-relógio muito equilibrado, onde houve dúvida do vencedor até chegar o grande candidato Filippo Ganna.

Quanto aos principais candidatos na geral, todos foram muito equilibrados, onde o melhor foi arensman que se previa aqui uma grande prestação deste novo reforço da Ineos. Adam Yates quase deixou cair por terra as aspirações à classificação geral a perder 1 minuto e 18.

ETAPA 4: 1 PARA ROGLIC

Depois de 1 vitória de Phillipsen (que viria a ganhar a última) e outra de Jakobsen. Aparecia a primeira etapa que viria a definir a geral individual final. Uma etapa com mais de 200 quilómetros, que tinha um circuito final com 4 passagens pela subida de Tortoreto.

Etapa em que o líder Filippo Ganna perdeu mais de 5 minutos. Na subida final ia-se decidir o novo líder da prova. Quanto a perdas consideráveis tivemos Arensman que no crono tinha sido o melhor aqui perdeu já bastante tempo.

A equipa que mais acelerou esta etapa foi a Movistar, em grande destaque Nelson Oliveira, mas no fim houve vitória ao sprint de Roglic. A camisola azul, de líder da prova foi para o alemão Kamna.

ETAPA 5: 2 PARA ROGLIC

Na teoria, tínhamos aqui a etapa rainha, mas para mim foi uma grande deceção. Num ano em que ainda não tivemos etapas a fazer grandes diferenças entre os favoritos, esta podia ser uma. Mas não foi e não haveria nenhuma assim neste Tirreno.

Subida final dura e longa, mas que devido ao enorme vento que se fazia sentir não houve ataques. Corrida feita por eliminação, mais uma vez a ousada Movistar fazia essa mesma eliminação.

A vitória da etapa voltaria a sorrir a Roglic num sprint à frente de cicone. Quanto à geral, Roglic subiu a líder devido às bonificações, mas nada de grandes diferenças, pois todos os candidatos chegaram juntos.

ETAPA 6: 3 PARA ROGLIC

Última etapa para se fazer diferenças na geral final e quem parecia ter vontade de mexer era a Bahrain. A meter Buitrago ao ataque de longe. Esta foi para mim a melhor etapa desta prova, a etapa a rever.

Fuga de Buitrago alcançada pela Jumbo que parecia querer vencer a jornada, A cerca de 40 quilómetros Van Aert selecionava os favoritos. A pouco menos de 30 quilómetros, formava-se uma fuga onde estava presente Vlasov. Quem persegui foi a equipa que tinha mais força de trabalho, a Ineos. Tao estaria com pretensões à vitória da prova italiana e conseguiu passar junto com meia dúzia de ciclistas a  primeira aceleração de Landa e João Almeida.

Chegava-se ao quilómetro final e eram esses 8 homens que iam discutir a vitória. O sempre ousado Enric Mas (atenção a esta época do espanhol) arrancava e levava consigo Tao e Roglic, que teve mais ponta final e fez o Hat-Trick.

Vitória na classificação geral para o esloveno, histórico segundo para João Almeida e terceira para Tao.

Rodrigo Martins
Rodrigo Martins
Natural de Paredes de Coura, o habitat natural da música, mas onde o futebol chega com uma enorme paixão. Campeão da Taça da Associação de Futebol de Viana do Castelo pelo clube da terra e estudante em desporto, com muito interesse na WWE e no ciclismo de estrada.

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