O Sporting, por exemplo, contratou Rinaldo Nocentini, experiente corredor italiano, uma aposta que visa, a meu ver, a internacionalização do Sporting na modalidade.
O Porto, a par da W52, está a montar uma estrutura para depois competir em provas de escalões superiores a nível internacional. Portanto, há potencial para em Portugal se apostar em projectos sólidos no ciclismo.
A nível de patrocinadores, o aparecimento do Benfica atrairia mais patrocinadores que se queiram associar ao Benfica, que, devido à sua dimensão, seria uma montra para muitas marcas.
Tal como aconteceu no Futebol, o casamento entre Benfica e Rui Costa pode voltar a acontecer, mas, neste caso, numa bicicleta.
Com a idade a avançar e a forma a não ser a mesma de há uns anos, o retorno do ciclista da Póvoa de Varzim poderia, sem sombra de dúvida, ser avaliado pelos benfiquistas num prazo de dois ou três anos, ele que já representou o Benfica anteriormente poderia ser parte de um projecto, tal como José Azevedo foi, na última vez que o Benfica andou na estrada. Benefícios? O facto de ter um campeão do mundo na equipa a passar o conhecimento aos mais jovens é, por si só, um bom motivo, mas acredito que Rui Costa ainda tem muito a dar nas estradas, mesmo com uma idade mais avançada.
E é isto, somando os prós e contras, há muita coisa a ser vista e ponderada no regresso do Benfica. Os adeptos querem muito que isso aconteça. Joaquim Gomes, organizador da volta, suspira por isso, numa tentativa de trazer mais protagonismo e patrocinadores à Volta a Portugal. Assim, também Porto e Sporting ganham mais concorrência: no fundo, todo o ciclismo em Portugal fica a ganhar, mas será que, para o Benfica, é isso que importa? Veremos.
Foto de Capa: SL Benfica
Artigo revisto por: Ana Rita Cristóvão