Na 19ª etapa, estava guardado um dos momentos mais polémicos desta Vuelta. Quando ainda faltavam cerca de 65 kms para o final da tirada, houve uma queda em que ficaram envolvidos vários homens da geral, incluindo Miguel Angel López e o camisola vermelha. Tony Martin ficou bastante combalido com a queda e acabou por abandonar a prova.
A Movistar não esperou e impôs um ritmo forte no pelotão. Muitos ciclistas demonstravam o desagrado com a situação e após uns valentes quilómetros, a equipa espanhola acabou por abrandar e permitir a integração dos homens da geral no grupo principal. Os comissários de corrida foram mais levianos nesta situação e permitiram a ajuda dos carros de apoio.
Na parte final da corrida, foi equipa da Bora que se colocou ao trabalho, querendo levar Sam Bennett a nova vitória de etapa. Rémi Cavagna que vinha integrado na fuga do dia, procurou isolar-se na frente a 20 kms do fim e via a sua distância sendo cada vez mais encurtada. O trabalho lá atrás era forte, mas o francês da Quick-Step não baixou os braços e pedalou forte até às colinas finais em Toledo, acabando por celebrar nova vitória da equipa belga e alcançando o maior triunfo da sua carreira. O pelotão chegou a cinco segundos, com Sam Bennett e Zdenek Stybar a acabarem no pódio.
Na geral individual, tudo se manteve na mesma. No final do dia, um dos temas de discussão foi certamente a atitude da Movistar. Para alguns foi falta de fair-play, para outros é um acontecimento que faz parte das corridas, visto que as quedas acontecem regularmente.
Chegava a etapa das decisões e do tudo ou nada! Na véspera do dia de celebração chegava a responsabilidade de dar tudo na estrada e de jogar todas as cartas.
Na fuga do dia tivemos a presença do melhor representante português nesta Vuelta, Ruben Guerreiro. Ele que teve a companhia na fuga do dia de: Nicolas Edet, Sergio Samitier, Damien Howson e Tao Hart.
A Astana trabalhava insistentemente lá atrás e preparava terreno para López atacar. Foi isso que aconteceu a cerca de 40 kms para o fim, mas sempre com os rivais a seguirem na sua roda.
Tadej Pogacar lançou-se para a frente e foi em busca da fuga do dia, alcançando rapidamente Ruben Guerreiro e Hart. O esloveno ia subida acima a ganhar tempo precioso para a geral, lá atrás era a Movistar quem ia trabalhando.
O jovem esloveno de 20 anos apenas, ganhava uma vantagem de 1m:40s e estava a colocar em risco as posições de López e de Quintana na geral. A Astana e a Movistar não conseguiram anular o espaço e os dois colombianos estavam num dia não! Ambos cederam tempo, Quintana perdeu 1m:56s para Pogacar e López 2m:12s. Com isto Pogacar subiu de quinto lugar para a terceira posição na geral individual.
Roglic perdeu 1m:41s para Pogacar e nove segundos para Valverde e Majka, mas manteve o seu primeiro posto da geral!
Valverde terminou no segundo lugar da etapa, mantendo a sua segunda posição na geral. Pogacar fecha o pódio final, seguido de Quintana e López, na quarta e na quinta posição respetivamente.
No último dia de competição, com a tradicional chegada a Madrid, tivemos uma chegada ao sprint. Na consagração de Roglic, foi o holandês Fabio Jakobsen a terminar em grande a Vuelta, com uma vitória! Foi o quinto triunfo da Deceuninck-Quick-Step nesta edição da Vuelta.
No final num sprint lançado, Jakobsen bateu Sam Bennett e Sajnok Szymon. Sem qualquer atrito nesta etapa, a geral manteve-se na mesma.
Etapa 21 – Stage 21 | #LaVuelta19
🇪🇸 Vive el último kilómetro de la victoria de @FabioJakobsen gracias a @CarrefourES
🇬🇧 Live the last km. of Fabio Jakobsen’s victory thanks to @CarrefourES#CarrefourConLaVuelta pic.twitter.com/WI4OgZnr1g— La Vuelta (@lavuelta) September 15, 2019