Wout van Aert, Mathieu van der Poel e também Tom Pidcock estão de volta ao circuito mundial de ciclo-cross, ou, se preferir, à Taça do Mundo. Van der Poel (por duas vezes) e van Aert já molharam a sopa depois do final de temporada na estrada, somando os primeiros pontos quando a competição se encaminha para o final, que irá culminar com os mundiais da especialidade, marcados para Hoogerheide, em fevereiro próximo, nos Países Baixos.
Os astros que em muito têm contribuído para o enriquecimento da modalidade não deixam as raízes de lado, retornando, mais uma vez, a incluir diversas provas de ciclo-cross no seu programa, que se resumem em múltiplas provas na Bélgica ou a contar para a Taça do Mundo.
????️ Here it is. The Mathieu van der Poel, Wout van Aert and Tom Pidcock cyclocross calendar for 2022-2023. ????
Wout van Aert has not officially confirmed his race schedule for January 2023 yet. pic.twitter.com/mUt2MqG76J
— Cyclocross24.com (@cyclocross24) December 9, 2022
Até ao momento, Van der Poel, depois de ter vencido em casa, no passado dia 27 de novembro, venceu a segunda corrida de forma consecutiva, em solo belga, sobre o seu arquirrival da Jumbo-Visma. Foi a primeira prova (e única) em que ambos se defrontaram no que diz respeito à Taça do Mundo, que simultaneamente foi a oitava de 15 corridas.
No passado domingo, foi a vez de Wout van Aert emancipar a sua superioridade perante a restante concorrência, triunfando em Dublin numa fase em que o favorito à vitória na classificação pontual é o experiente Laurens Sweeck, que atravessa uma ótima série de resultados depois da quebra de Eli Iserbyt nos últimos desafios. Importa referir que também Tom Pidcock, campeão mundial de ciclo-cross, promete juntar-se à festa e baralhar ainda mais as contas para o que aí vem.
São cinco as jornadas de Taça do Mundo que restam, mas não é apenas neste âmbito que as estrelas se vão defrontar, bem pelo contrário. São diversas as corridas na Bélgica que vão opor os três melhores ciclistas da especialidade, concentrando-se no período natalício, e, daí, também o maior foco de atenção. Tratam-se de circuitos que endurecem a potência e agilidade dos ciclistas, que certamente encontraram condições climatéricas hostis para além da normal lama, areia e os obstáculos e rampas do percurso.
O próximo desafio a contar para a Taça do Mundo realizar-se-á em Val de Sole, onde apenas Mathieu van der Poel tem presença confirmada na corrida gélida do norte de Itália. Num campeonato à parte segue… o verdeiro campeonato: a juntar ao torpedo da Alpecin-Fenix, Sweeck (266), Iserbyt (249) e Michael Vanthourenhout (225) seguem na busca pelo máximo número de pontos de forma a vencer a 26ª edição da competição em elites. Pode consultar as classificações e o calendário aqui.
No que concerne ao acompanhamento dos ciclistas que nos habituaram a grandes prestações na estrada, estamos no início da temporada para três homens que ambicionam grandes conquistas nas várias clássicas da primavera e monumentos do calendário UCI, pelo que será sempre importante analisar o arranque de época em condições tão específicas. Para já, a preparação para o mundial de elites, onde os melhores dos melhores, ao que tudo indica, estarão presentes, é o primeiro objetivo em comum.
Apenas Tom Pidcock falta confirmar a sua presença naquela que será a defesa do título perante os prodígios do ciclo-cross, que entre si juntam sete edições da prova mais importante na especialidade. O britânico esteve presente em Dublin, no passado domingo, sendo que não se demonstrou ao nível do campeão belga, que venceu depois de uma peripécia incrível. Vale a pena ver:
How did he do this and still win by such a margin? #CXWorldCup #IfAnyoneCanWoutCan
— Dirk van Wouters der Mac ???? (@AnnamacB) December 11, 2022
O calendário até fevereiro está lançado, faltando apenas aquilo que verdadeiramente importa: o espetáculo.