Tavfer-Ovos Matinados Mortágua, a equipa em destaque

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Nos primeiros seis dias da principal competição nacional velocipédica, há uma formação que se destacou. A Tavfer-Ovos Matinados Mortágua venceu três das cinco etapas em linha e surpreendeu até os próprios responsáveis.

Em declarações ao Bola na Rede, o diretor de equipa, Gustavo Veloso referiu que “nem nos melhores sonhos não imaginávamos ganhar três etapas consecutivas”.

Com uma “equipa focada nos sprints”, nas palavras do responsável, a formação do norte do distrito de Coimbra conseguiu um protagonismo que não se supunha que teria ao início até por não estar em primeiro plano a luta pela geral.

Na primeira etapa em linha que terminou em Ourém. Leangel Linarez deu a primeira vitória à formação de Mortágua e, no dia seguinte, não só fez o bis nas vitórias de etapas, como conseguiu roubar a camisola a Rafael Reis, da Glassdrive Anicolor Q8. “Algo mágico”, a sensação de ter conquistado a camisola amarela é descrita assim pelo ciclista venezuelano.

O diretor da Tavfer-Ovos Matinados Mortágua refere que era algo possível acontecer nos primeiros dias pelas “bonificações e pelo prólogo curto de 3,5 km, desde que o João Matias e o Leangel perdessem menos de dez segundos”.

No entanto, a liderança de Linarez haveria de durar apenas um dia. Na chegada a Loulé, o sprinter acabou por ceder e perder o contacto com o pelotão. Algo que não seria esperado pelas características da etapa que convidavam a mais uma decisão ao sprint. “Muito calor” e “erro no inicio da subida nos primeiros 400/500 metros” são as justificações apontadas por Leangel para não ter conseguido chegar integrado no pelotão e perder tempo.

Contudo, a equipa sensação da Volta acabaria por festejar esta terceira etapa com João Matias a fazer a tripla de vitórias seguidas para os comandados de Gustavo Veloso. O ciclista português foi o lançador do sprint de Leangel nas duas etapas anteriores e mostrou a sua qualidade também nesta área. Matias ficou mesmo a dois segundos da camisola amarela.

A verdade é que o corredor acabou mesmo por voltar a trazer à equipa da região Centro a camisola amarela com as bonificações pelo terceiro lugar em Castelo Branco. Este era um objetivo da formação, tal como refere Gustavo Veloso, que salienta que “a equipa conseguiu controlar a corrida”. Apesar do balanço positivo da quarta etapa, houve a perda da camisola laranja dos pontos, pela primeira vez, de Linarez para Daniel Barbor, da Caja Rural.

A etapa da chegada à Torre acabou por colocar a equipa longe dos primeiros lugares da geral, como seria de esperar, e a segunda parte da Volta tem ainda mais montanha. No entanto, a luta ainda não acabou. “Temos o objetivo de conquistar a camisola laranja. Temos o Leangel e o Matias, em segundo e em terceiro”.

Para tal, as fugas vão ser essenciais para ganhar pontos, mas o diretor da Tavfer-Ovos Matinados Mortágua garante que não há preferência de um em detrimento do outro ciclista e que “não competimos uns contra os outros”. Pelo menos, a boa disposição e a boa relação entre os dois ciclistas são bem audíveis na entrevista.

Leangel confirma as palavras do responsável e “quer lutar pela camisola laranja”. Depois da “incrível” primeira metade da Volta a Portugal, segundo  Gustavo Veloso, será que vão conseguir alcançar a camisola dos pontos?

As três vitórias de etapa tornam sempre a 84.º edição da Volta como positiva. Contudo, a camisola laranja seria também um grande acréscimo ao balanço da prova, em contraste com o objetivo modesto na geral final. O diretor da equipa aponta para “Bruno Silva no top 20 final”. Muito contrastante com o desempenho ao sprint da equipa, mas perceptível pelos menores recursos na montanha face a formações como a Efapel, a Glassdrive ou mesmo conjuntos estrangeiros.

Pedro Filipe Silva
Pedro Filipe Silvahttp://www.bolanarede.pt
Curioso em múltiplas áreas, o desporto não podia escapar do seu campo de interesses. O seu desporto favorito é o futebol, mas desde miúdo, passava as tardes de domingo a ver jogos de basquetebol, andebol, futsal e hóquei nacionais.

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