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Papel de lixa ou batota à moda do Críquete

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O mundo do Cricket foi recentemente abalado por um escândalo em que a seleção Australiana tentou recorrer à batota num jogo de Teste (variante mais exigente do Cricket em que os jogos duram vários dias) com a África do Sul, quando já perdiam por mais de 100 corridas.

Em concreto, Cameron Bancroft, um dos jogadores australianos, foi apanhado pelas câmaras a usar uma folha de papel de lixa para tentar alterar o estado da bola e conseguir trajetórias mais favoráveis nos seus lançamentos. Quando confrontado pelo árbitro, escondeu o papel nas suas calças, mas as imagens televisivas não deixaram dúvidas e este acabou por mais tarde admitir a infração.

Apesar de parecer uma prática estranha, não é assim tão incomum já que a bola não é trocada durante o jogo e há muitos exemplos de situações semelhantes, que incluem até o recorrer a mascar ou comer diferentes produtos de forma a produzir saliva mais útil a esta prática. Também a outra modalidade de princípios semelhantes, o basebol, teve de lidar com este problema, mas resolveu-o logo no início do século passado quando decidiu passar a substituir as bolas quando estas não estivessem em perfeitas condições.

O momento em que Bancroft (centro) é confrontado pelo árbitro
Fonte: International Cricket Council

Ora, perante este cenário, a Cricket Australia, a Federação nacional da terra dos cangurus, levou a cabo uma investigação para averiguar a origem do incidente e chegou à conclusão que quem estava por trás da situação era a dupla de capitães da seleção, Steven Smith e David Warner. Segundo foi possível apurar, Warner, sub-capitão, teve a ideia e deu as instruções a Bancroft para a pôr em prática e o capitão Smith sabia do plano e não se opôs.

No seguimento deste inquérito, Bancroft foi suspenso por 9 meses e Smith e Warner por 1 ano cada. Adicionalmente, Smith e Bancroft ficam impossibilitados de integrar cargos de liderança na seleção até pelo menos 1 ano, após o final das suas suspensões e Warner não  será mais considerado para essas funções.   

Apesar das consequências se terem sentido de imediato com a demissão do treinador Darren Lehmann que declarou ser, em última instância, responsável pela cultura da equipa, a saída de um dos principais patrocinadores da Federação e até a reprovação pública do Primeiro-Ministro australiano, nem todos concordaram com as sanções impostas.

O Sindicato Australiano de Jogadores de Cricket veio a público alegar que as punições foram desproporcionais a casos anteriores de tentativas de adulteração da bola de jogo. E, olhando para a história da modalidade, esta avaliação não deixa de ter a sua verdade e talvez o alarido mediático feito à volta do assunto tenha forçado a medidas demasiado duras, dando a razão ao Presidente do Sindicato, Greg Dyer, em que “justiça que é apressada consegue por vezes ser bastante defeituosa”.

Então, porque não acabar com estas polémicas e fazer como o basebol e ir mudando a bola? Bom, os puristas não querem nem ouvir essa proposta que para muitos dos adeptos da modalidade vai contra a básico do Cricket, por isso para já não vai acontecer. Talvez um dia.

Foto de Capa: International Cricket Council

Artigo revisto por: Rita Asseiceiro

José Baptista
José Baptista
O José tem um amor eclético pelo desporto, em que o Ciclismo e o Futebol Americano são os amores maiores. É licenciado em Direito (U. Minho) e em Psicologia (U. Porto).

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