A WWE voltou a sair dos Estados Unidos e a entrar na Europa, com a Alemanha a ser desta vez o país escolhido para mais um premium live event. O Bash In Berlin contou com mais um excelente público, que esteve sempre a cantar, mas entusiasmou-se mais no combate principal, que teve GUNTHER como protagonista. De resto, houve uma mudança de títulos e algumas outras histórias desenvolvidas.
OWENS PERDEU O INSTINTO MATADOR?
A noite em Berlim abriu com o combate pelo título da WWE, com Kevin Owens a ser o escolhido pelo próprio campeão Cody Rhodes como candidato principal. No SmackDown da véspera, Owens tinha apontado para uma lesão no joelho que o campeão tinha sofrido durante outro evento na Alemanha, algo que viria a ser explorado no combate, que começou mais lento e mais técnico em comparação com o que seria de esperar.
Num momento importante do combate, Rhodes queixou-se do joelho quando tentava um Disaster Kick, dando uma aberta a Kevin Owens para explorar essa lesão, algo que o canadiano fez após alguma hesitação. Contudo, quando Owens se preparava para aplicar uma powerbomb no canto do ringue, voltou a hesitar, tentando ganhar num combate limpo.
No final, o campeão conseguiu aplicar o Cross Rhodes para manter o título, mas este combate deixou a porta aberta para que Owens volte a ser heel, algo que se começa a justificar.
JADE E BIANCA RECUPERAM OS TÍTULOS
O segundo combate da noite foi pelos títulos femininos de equipas, com Alba Fyre e Isla Dawn a defenderem contra as antigas campeãs Bianca Belair e Jade Cargill. A primeira metade do combate foi um domínio prolongado das escocesas sobre Belair até Cargill entrar e começar a virar a favor da sua equipa.
Numa reta final animada, com toda a gente envolvida de alguma forma, Cargill e Belair conseguiram aplicar o seu finisher em Isla Dawn, recuperando os títulos, depois de as escocesas os terem conquistado em Glasgow.
Apesar de o reinado de Fyre e Dawn ter sido curto, estes meses deram a visibilidade que elas não estavam a ter no plantel principal, ao passo que Bianca e Jade têm um motivo para continuarem a formar equipa durante mais tempo.
DOCE VINGANÇA PARA CM PUNK
O combate seguinte não tinha nenhum título em jogo, mas era mais um capítulo da história entre CM Punk e Drew McIntyre. Depois da vitória do escocês no SummerSlam, Punk desafiou-o para um Strap Match em Berlim. Apesar de a estipulação correr o risco de que o combate seja mais aborrecido, ambos os lutadores recorreram à violência necessária, com cadeiras e mesas para além do próprio cinto. No final, Punk aplicou quatro GTS e recuperou a bracelete que McIntyre lhe tinha roubado, tocando nos quatro cantos do ringue para vencer. Interessa perceber se esta rivalidade já terminou, e, se for esse o caso, o que é que ambos vão fazer nos próximos meses, mas esta noite serviu para Punk se vingar do que Drew lhe tinha feito nos últimos meses.
VINGANÇA TAMBÉM PARA DAMIAN E RHEA
O tema da vingança também foi levado para o combate seguinte, com Damian Priest e Rhea Ripley a procurarem vingar-se do que tinha acontecido no SummerSlam contra Dominik Mysterio e Liv Morgan.
Num combate dinâmico, que deu espaço aos dois homens e às duas mulheres, os restantes elementos dos Judgment Day (Finn Bálor, JD McDonagh e Carlito) tentaram fazer a diferença, mas nem isso lhes serviu. Damian Priest conseguiu lidar com todos eles, deixando Liv Morgan sozinha no ringue com Rhea Ripley, que conquistou a vitória com o Riptide.
Isto permitirá também a Ripley voltar a desafiar Morgan pelo título, o que é um passo lógico, mas esta história entre os Judgment Day e os Terror Twins continua a ter pernas para andar, até porque Finn Bálor ainda não combateu contra Priest.
CONTINUA O REINADO DO GENERAL
O combate principal não podia ser outro, com GUNTHER (austríaco, mas adorado na Alemanha) a defender o seu título mundial contra uma lenda da WWE respeitada por todo o mundo, Randy Orton.
Numa maratona de mais de meia hora, os primeiros minutos foram lentos, com os lutadores a deixarem também o público destacar-se, numa excelente atmosfera dentro da arena. De resto, Orton atacou o braço direito de GUNTHER, enquanto o campeão se focou no pescoço do seu adversário. Após um RKO contra-atacado, GUNTHER aplicou um sleeper em Orton.
Apesar das tentativas de escapar a essa manobra, GUNTHER recusou-se a largar, com o árbitro a ser obrigado a atribuir a vitória ao Ring General, que continua assim o seu reinado.