Apagamento súbito na ressaca de Pequim | Saltos de Esqui

UM GOLPE DE TEATRO À MODA DE RYOYU

Com o vento a manter-se bem calminho como era desejável, a fase inicial da derradeira ronda assistiria a uma melhoria em geral dos resultados, mas sem ninguém a conseguir recuperar posições em grande escala.

Destaco apenas Lindvik, que confirmava a má jornada aqui em Lahti, terminando com um salto de 124.5m que lhe valiam a 13.ª posição. Um louvor a Stoch, e não, não pelo seu 11.º posto nem tão pouco pelos 123.5m, mas pela mensagem exibida no seu fato apelando ao fim da hedionda guerra entre russos e ucranianos. Momento onde veio, mais uma vez ao de cima a força do desporto na transmissão de mensagens e valores.

Voltando à ação, desapontando enormemente na segunda aparição Geiger seria apenas quinto, algo que conjugado com o incrível golpe desferido por Kobayashi, 130.5m, fariam pela enésima vez nesta temporada o colete mudar de mãos. Granerud, voando menos dois metros que o nipónico também conseguiria a vitória, pois ambos terminaram com os mesmos pontos com o degrau mais baixo do pódio a ficar para Kraft.

Agora que o campeonato entra no seu tramo final as contas estão assim: Ryoyu volta a ser líder contabilizando 1322 pontos, mais 43 que Geiger, enquanto que Granerud é terceiro averbando 1090 com Lindvik a surgir a escassos 143 pontos. Assim se percebe que a luta se fará a quatro, com todos os pontinhos amealhados a poderem ser decisivos!

O torneio Raw Air será o próximo evento para os homens pássaro com o seu BNR a não o deixar perder pitada! Até lá fique bem, na melhor companhia!

 

A FIGURA

Halvor Egner Granerud – Se é certo que os Jogos não mostraram o real nível do detentor em título da Taça do Mundo de Saltos de Esqui, também não é menos verdade que o mesmo não atira a toalha ao chão fazendo da consistência, regularidade e assertividade trunfos que ainda o mantêm na rota do troféu. Com apenas duas vitórias no campeonato teremos um caso semelhante ao de Anders Bardal que venceu o globo apenas com cerca de dois pares de êxitos?

A DESILUSÃO

Marius Lindvik – Depois da euforia olímpica, foi com surpresa e até estupefação que vi este seu péssimo regresso  ao circuito regular. Muito pálido nos eventos individuais e nada de especial coletivamente, parecendo que a pressão de ser campeão olímpico afetou toneladas a prestação do jovem de 23 anos. Se esta tendência se confirmará ou não, não sei, mas que pode ter dito adeus ao grande globo é uma evidência!

Diogo Rodrigues
Diogo Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Lusófona do Porto. É desde cedo que descobre a sua vocação para opinar e relatar tudo o que se relaciona com o mundo do desporto. Foram muitas horas a ouvir as emissões desportivas na rádio e serões em família a comentar os últimos acontecimentos/eventos desportivos. Sonha poder um dia realizar comentário desportivo e ser uma lufada de ar fresco no jornalismo. Proatividade, curiosidade e espírito crítico são caraterísticas que o definem pessoal e profissionalmente.

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