O dia seguinte amanhecia trazendo uma notícia bombástica! O vencedor do dia anterior seria forçado a falhar a competição de domingo, visto ter testado positivo para o SARS COV2, sendo de imediato e preventivamente colocado em isolamento. Diga-se que já em junho último havia contraído a infeção.
Apesar da ausência do nipónico a qualificação para a prova contaria com os restantes nomes de vulto, e com a mesma a ser vencida por Karl Geiger anotando 143.5m, meio metro mais que Jan Hoerl que faria o segundo registo, enquanto que a terceira melhor marca pertenceria ao germânico Eisenbichler.
Granerud falharia de novo a presença na prova, visto assinar apenas 106m que confirmavam um fim-de-semana “negro” para o saltador que saía assim de Ruka a zeros! Também Stefan Hula e Andrzej Stekala diziam adeus precocemente ao trampolim nórdico. Ainda de destacar as prestações de Simon Ammann e de Stephan Kraft, quartos e quinto posicionados respetivamente.
Ao anoitecer e com os termómetros a anotarem 20 graus negativos, a primeira ronda, por sinal bastante gélida principiava do portão 14, mantendo-se assim até que entraram em cena os 20 melhores posicionados da Taça do Mundo, altura em que se passou a usar o 13. Quem partiria na frente, seria e à semelhança do dia anterior o esloveno Anze Lanisek, ao voar meio metro menos que o record estabelecido na estrutura.
Com menos dois metros, o vice-líder ia sendo o vice-campeão em título Markus Eisenbichler, com Cene Prevc da Eslovénia a deter a terceira melhor marca, 141.5m. Em quarto com 138m destacava-se o dorsal amarelo Karl Geiger, seguido do surpreendente surfista austríaco Manuel Fettner, saltando igual distância.
Ainda a bom nível e todos acima dos 140m ficavam: Piotr Zyla, Marius Lindvik e Peter Prevc, com o polaco a tentar repetir o pódio aqui conseguido em 18/19. Stephan Kraft com 123.5m conseguiria à justa marcar presença no lote dos trinta magníficos! Sorte diferente tinham: Kamil Stoch, David Kubacki, Pius Paschke, Robert Johanson e Simon Ammann, todos ausentes de uma segunda ronda que prometia: doses extra de emoção, suspense q.b. e eventualmente um monte de surpresas!
Como se não fosse bastante o frio que se fazia sentir, a ronda final contaria ainda com um vento: irregular, forte, cruzado e intenso que condicionaria irremediavelmente a qualidade das marcas vislumbradas, bem como o habitual desenrolar da competição. Com o portão a ter de ser constantemente alterado, vista a imprevisibilidade das agrestes condições.
Quem mais aproveitava tal facto era o baixinho Kraft, que voando 138m ascenderia do 26º posto até ao sétimo, tal como Stephan Leyhe que recuperaria mais de 15 posições concluindo bem dentro do top dez. Marius Lindvik, seria o responsável por travar a ascensão de Kraft, com o jovem norueguês a salvar a honra do seu convento finalizando na quarta posição. Os manos Prevc seriam respetivamente quinto e sextos posicionados, com Cene a levar a melhor face a Peter.
Nas medalhas terminariam Eisenbichler no bronze, Geiger na prata e o grande vencedor Anze Lanisek, que após uma mão cheia de subidas ao pódio, finalmente festejou a primeira vitória na Taça do Mundo de Saltos de Esqui.
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— FIS Ski Jumping (@FISskijumping) November 28, 2021
Tudo contado quanto às etapas de Ruka. Referir que a competição dos “homens pássaro” voltará já na Polónia no próximo fim-de-semana, onde Karl Geiger chegará na dianteira da classificação da Taça do Mundo amealhando 305 pontos, seguido de Anze Lanisek com 252 e de Markus Eisenbichler com 192 pontos averbados.
Foto de Capa: FIS Ski Jumping