Ryoyu Kobayashi entra para a eternidade aos 25 | Saltos de Esqui

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ESLOVENOS A DITAR LEIS

O princípio do tramo final do campeonato começava com a realização de uma qualificação, na qual eram 66 os participantes, com esta a sofrer um pequeno atraso da manhã para a tarde, devido à pouca consistência de neve resultante das altas temperaturas. Apesar desse ligeiro contratempo, nada afetados, os caseiros mostravam desde cedo quem mandava. Com 233m, eis que Lanisek conquistava o sempre revitalizante cheque, com Zajc a ser segundo ao efetuar mais dois metros e meio. Averbando o terceiro registo, Forfang totalizava 225.5m. Ainda dentro dos cinco ‘mais’, figuravam dois compatriotas: Stoch era quarto, somando 228.5m, mais um que Kubacki, quinto. Kraft assegurava a nona marca, com 223.5m.

Já no duelo direto entre Ryoyu e Geiger, era o líder da temporada que parecia estar mais “afinado”,  ficabdo em 11º, seis melhor que o aspirante ao trono, com Granerud, o terceiro à partida para as duas derradeiras competições, a militar em 14º. Num dia em que nenhum dos grandes falhara rotundamente, as maiores ausências seriam: Peier, Wohlgenannt e Leyhe.

ERA DIFÍCIL PEDIR MAIS!

Com ótimas condições e com um sol radiante, eis que tinha início uma ronda marcada pelo total e esmagador domínio dos anfitriões, colocando cinco saltadores nos cinco primeiros lugares. A liderar, executando 228m, tínhamos Zajc, seguido de perto por Gelar, que voava mais quatro metros. Em terceiro, rodava Domen Prevc após 234.5m.

A fechar esta ronda épica para os eslovenos, e com o pódio em ponto de mira, víamos Lanisek e Peter Prevc, assinando, respetivamente, 226 e 230m. Kraft e Kobayashi estavam já com ambições condicionadas, ainda que dentro dos dez ‘mais’, lote ao qual não pertenciam os candidatos ao terceiro posto da geral: Lindvik e Granerud, ainda que o mais velho levasse ligeira vantagem. Geiger, apenas 19º, escancarava a porta para que Ryoyu “matasse” já ali as contas da geral. Isto num apronto em que os germânicos sofriam uma impressionante razia: Schmid, Freund e Eisenbichler falhavam o acesso à ronda final.

VOAR É COM ELES!

Com um vento de cauda, foi para surpresa minha que os atletas, apesar das difíceis condições, revelaram capacidade de subir o nível. Wellinger, 19º, conseguiria, contudo, o voo mais distante do dia, com 241.5m. Geiger, 12º, entregava quase por inteiro o globo ao rival nipónico, quinto, um posto melhor que Kraft.

Desperdiçando a vantagem de 1.6 pontos trazida do primeiro salto, descaindo para os 224m, Zajc seria apenas quarto, algo que não impediu o triplete caseiro. Jelar conseguiria a primeira da carreira, depois de arrancar 239m, mais dois que Peter Prevc, com Lanisek a garantir o bronze após superar em meio metro os 230. De realçar que a prova ficaria ainda marcada pelo adeus aos trampolins do esloveno Semenic, que com 28 anos, pôs fim a uma carreira que teve como ponto alto o triunfo em Zakopane 2018.

ESLOVENOS E NORUEGUESES NOUTRA DIMENSÃO

O sábado seria dia de decidir qual a nação mais forte do campeonato, com a derradeira prova coletiva da temporada a ser uma realidade. Com oito conjuntos à partida, todos efetuando ambas as rondas: eslovenos, noruegueses e austríacos recolhiam maior dose de favoritismo, com os caseiros a parecer estarem um degrau acima dos rivais.

Com os saltos mais distantes a pertenceram a Granerud, Lindvik e Zajc, quem liderava, com uma dilatada margem, eram mesmo os organizadores: Peter e Domen Prevc, Zajc e Lanisek. Apesar das boas prestações de dois elementos, os viquingues Lindvik, Granerud, Forfang e a grande surpresa Bendik iam-se conformando com a prata, ao passo que Kraft, Fettner, Tschofenig e Hayboeck, com um avanço ínfimo de três pontos para os polacos Stoch, Kubacki, Zyla e Wolny, militavam em posição de bronze. Já os bávaros Geiger, Eisenbichler, Wellinger e Schmid iam denotando uma péssima forma, afundando-se decisivamente na quinta posição. Sem surpresas,  Japão, Finlândia e Suíça eram os ocupantes da parte baixa da tabela.

Diogo Rodrigues
Diogo Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Lusófona do Porto. É desde cedo que descobre a sua vocação para opinar e relatar tudo o que se relaciona com o mundo do desporto. Foram muitas horas a ouvir as emissões desportivas na rádio e serões em família a comentar os últimos acontecimentos/eventos desportivos. Sonha poder um dia realizar comentário desportivo e ser uma lufada de ar fresco no jornalismo. Proatividade, curiosidade e espírito crítico são caraterísticas que o definem pessoal e profissionalmente.

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