Saltos de Esqui, Taça do Mundo | Um domínio repartido

Findado que estava o Torneio dos Quatro Trampolins, a Taça do Mundo, rumou a Titisee Neustadt, na Alemanha, não muito longe das montanhas da floresta negra.

Será que Stoch iria manter o ritmo absurdo que o levara a vencer o «Four Hills»?

O palco para a ronda 13 e 14 do campeonato (ambas competições individuais) foi o Hochfirst  de Titisee  Neustadt, que tem a particularidade de ser um trampolim natural, isto é totalmente exposto às condições do meio,  não possuindo cobertura plástica (à moda antiga), o que leva a que não possa ser utilizado no decorrer do verão.

Esta estrutura possui 142 metros, tem um k-point  fixado nos 125m com o record  a pertencer a  Domen Prevc da Eslovénia, obtido em 2016 de 148m.

Com a ronda inicial marcada por condições bastante dispares, devido às constantes mexidas de “portão” por conta da intensidade e direção do vento, acabaram por ser mais uma vez os saltadores polacos a tirar maior partido da instabilidade e impressibilidade que o forte vento veio conferir à disputa pelo pódio.

Como tal David Kubacki terminou na liderança, mesmo que saltando menos metros do que a melhor marca, de Halvor Egner Granerud que voara 140 metros, com o líder da Taça do Mundo a  ocupar a terceira posição  à entrada dos trinta saltos finais. Ainda no pódio estava Kamil Stoch que em caso de vitória igualaria Adam Malysz no terceiro posto de saltadores com mais vitórias no certame.

Contudo o grande destaque ia para a exibição coletiva dos polacos: Kubacki, Stoch, Zyla, Stekala e Wolny a marcarem presença entre o Top Ten no final da ronda inicial.

Já o surpreendente Antti Aalto da Finlândia, havia efetuado o nono registo. Nomes como Johansson ou Geiger embora qualificados, viam chegar ao fim as ambições de um bom resultado na etapa de sábado.

Na segunda ronda, em que as condições não se alteraram muito face às verificadas anteriormente, quem começou por “dar nas vistas” foi o norueguês Johann  André Forfang, que “trepou” do lugar número 28 até ao 13.º, tendo arrancado um mega salto de 138m, que a ser feito na primeira ronda lhe daria legitimamente a possibilidade de lutar quem sabe por um pódio.

Depois da ascensão meteórica do ex campeão do mundo de “Ski Flying” entravam em cena os 10 melhores da ronda inaugural. Aí assistiu-se à já esperada “debacle” de Aalto, que voou muito baixo, aterrando fora do Top 20! Mas a Polónia manteve a performance, isto se descontarmos o “acidente de percurso” de Kubacki, que perdeu toda a vantagem que tinha, terminando apenas na sétima posição.

O “rei” foi novamente Kamil Stoch, que com 139m selou o triunfo número 39 da carreira, com o mesmo a ter a companhia no pódio de Halvor Egner Granerud e Piotr Zyla, respetivamente 2º e 3º colocados. Nota ainda para a 5ª posição de Andrzej Stekala, que bateu o sexto lugar , até então o melhor da sua curta carreira, obtido na temporada cessante em Zakopane.

A grande vencedora do dia era mesmo a equipa da Polónia, que reforçara a vantagem em termos de campeonato de nações, colocando quatro homens entre os dez mais e com Wolny logo a seguir em 11.º.

No segundo dia de competição aconteceram várias surpresas: desde logo Kamil Stoch, com um salto de 123,5m arruinou as hipóteses de chegar ao 40.º triunfo, anotando a 25.ª marca. Já no topo era Granerud que queria  imitar o que fizera na qualificação de sexta. Daniel-André Tand, que não conseguira acesso no dia anterior à ronda final, estava agora somente a 3,5 pontos de Granerud, com o germânico Marcus Eisenbichler a ficar em terceiro, ao cabo da ronda inicial.

Apesar de Stoch ter melhorado o seu registo, rubricando 131m, não foi além de um 17.º lugar, com Granerud a confirmar mesmo a sexta vitória da época e da carreira, embora Tand tenha mostrado uma tenaz oposição acabando a menos de um ponto. Já o “baixinho” Stefan Kraft, vencedor da Taça do Mundo na época transata, regressou aos pódios após um início de temporada  não tão bem conseguido, por conta de ter estado infetado com a Covid19 e atormentado com dores lombares. Diga-se que Daniel-André Tande, já não subia a um pódio a contar para a “Champions League “ dos saltos de  Esqui, desde a temporada passada em Lati, em solo finlandês.

Ainda no “Top Five” ficaram Eisenbichler em quarto, o mesmo resultado da etapa de sábado,  com a quinta posição a “sorrir” ao seu compatriota Marius Lindvik. Note-se que  a nação nórdica conseguiu “meter” três elementos, entre os cinco primeiros.

Nas contas do campeonato: Granerud  soma 948 pontos, face aos 784 de Eisenbichler, que está com Stoch a sensivelmente  150 pontos de distância.

No próximo fim de semana “o circo” (Taça do Mundo) ruma a Zakopane na Polónia. O BNR fará posteriormente o resumo desse evento, que terá uma prova por equipas no sábado. O domingo ficará reservado para uma prova individual com a qualificação a ser realizada na sexta feira.

Foto de Capa: FIS-Ski Jumping

Artigo redigido por Diogo Rodrigues

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O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Lusófona do Porto. É desde cedo que descobre a sua vocação para opinar e relatar tudo o que se relaciona com o mundo do desporto. Foram muitas horas a ouvir as emissões desportivas na rádio e serões em família a comentar os últimos acontecimentos/eventos desportivos. Sonha poder um dia realizar comentário desportivo e ser uma lufada de ar fresco no jornalismo. Proatividade, curiosidade e espírito crítico são caraterísticas que o definem pessoal e profissionalmente.

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