Dakar 2021: A Arábia como nunca antes vista

    A divulgação do livro de bordo apenas minutos antes do início de cada especial será mantida, sendo “uma forma de valorizar ainda mais a navegação, evitar qualquer tipo de fraude através da tecnologia e reduzir um pouco as velocidades”, segundo David Castera. Esta prática será aplicada a todas as categorias enquanto promotora da igualdade. O que promove a introdução de uma versão digital é mais uma das novidades, sendo esta adaptação mais confiável do que a forma tradicional.

    Como a segurança é prioritária, os pilotos podem concentrar-se muito mais na corrida e na sua prestação do que em não se perderem.

    Nas duas rodas, os pilotos terão de usar, sem exceção, o casaco com airbag insuflável.

    A evolução da tecnologia permitiu a construção de aparelhos de promoção de segurança, neste caso, para todas as categorias haverá um sistema de alertas sonoros. Os concorrentes receberão avisos auditivos na abordagem às zonas de dificuldade 2 e 3 para mantê-los alertas. Também serão aumentadas as slow zones, zonas de velocidade controlada por radar. Além disso, certos setores especialmente difíceis e perigosos serão classificados como “zonas lentas”, onde o limite de velocidade é de 90 km/h.

    Relativamente aos pneus, nenhuma troca de pneu será permitida na categoria de carro durante a etapa da maratona – nem mesmo entre os competidores. A cada motocicleta será concedido um total de seis pneus traseiros para todo o rali.

    As penalidades por mudanças de motor foram introduzidas há alguns anos para incentivar os motociclistas a serem mais cuidadosos na condução. A partir do próximo ano, serão aplicadas penalidades de tempo a partir da segunda troca de pistão, mesmo que o restante do motor permaneça o mesmo. Por fim, os motociclistas não poderão trabalhar nas suas motas nas estações de reabastecimento.

    Os coletes de airbag podem reduzir a gravidade de lesões nos acidentes. Nesta edição, serão obrigatórios e sujeitos a inspeções.

    Todas estas medidas têm como objetivo evitar novas fatalidades – recordamos que a primeira edição do Dakar em solo saudita foi marcada pelas mortes de Paulo Gonçalves e Edwin Straver. Aprendeu a lição.

    As equipas desportivas encarregues de preparar a edição de 2021 do Rali focaram-se em desenvolver o novo sistema de navegação e em desacelerar os veículos para tornar a corrida ainda mais segura.

    Outra novidade para a edição 2021 do Rali Dakar prende-se com a criação da categoria Dakar Classic, uma prova para os veículos fabricados até 2000 que disputaram as edições anteriores da maratona off-road. A categoria de Dakar Classic consiste num concurso paralelo para veículos antigos que utilizará os mesmos pontos de partida e chegada que o rali principal. São esperadas na sua linha de partida, máquinas ​​do passado, como Porsche 959, Renault 20, Lada Niva, Toyota Celica, e Land Rover Defender.

    Foto de Capa: Rally Dakar

    Artigo revisto por Inês Vieira Brandão

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    Helena Escaleira
    Helena Escaleirahttp://www.bolanarede.pt
    Natural de Macedo de Cavaleiros, a Helena frequenta a licenciatura em Ciência Política na Universidade Do Minho. É fã de desportos motorizados e considera que o Bola na Rede é perfeito para conciliar desporto com o gosto pela escrita. A sua admiração por carros surge desde muito cedo e, como não nega uma atividade desafiante, quer abraçar este projeto que tem tanto para lhe oferecer.                                                                                                                                                 A Helena escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.