IMSA, 24h Daytona | Mais uma vitória lusa nos «States»

Amanhecer em Daytona…
Fonte: IMSA

A três horas do final da prova, as coisas começaram a aquecer. Filipe Albuquerque liderava, com o #48 de Mike Rockenfeller e o #01 Cadillac a cerca de 15 segundos. Mas, um furo para Scott Dixon (no #01), viu a entrada do Full Course Yellow. Os líderes foram às boxes, e o #60 da Mayor Shank Racing ficou na liderança. A partir daqui, a luta intensificou-se.

Recuperando de problemas no início da corrida, o Mazda DPi #55 já estava na segunda posição e, após uma excelente demonstração de pilotagem por parte de Ricky Taylor no #10, eram estes dois que estavam na luta pela liderança. Mais um Full Course Yellow para “apimentar” as coisas e, após esse período, Taylor afastou-se e a batalha entre o #55, o #48 e o #01 começou a desenrolar-se.

A hora final desta maratona de 24h foi uma autêntica corrida de velocidade. Albuquerque estava encarregue de levar o Acura #10 até à linha de meta. O português estava na frente da corrida, mas a concorrência estava perto. Dois Full Course Yellow juntaram o pelotão e provocaram momentos tensos em pista. Albuquerque respondeu com mestria a tudo o que lhe colocavam no prato. Atrás de si, o Cadillac #01 que sofreu um furo e caiu até ao quinto, mas conseguiu recuperar e estava no encalço do #10, seguido do surpreendente Mazda #55, que depois de estar com três voltas de atraso, estava na luta pela vitória.

Como em todas as corridas de resistência, as estratégias de paragem nas boxes são sempre decisivas. O #10 foi às boxes para reabastecer, tendo apenas trocado um pneu. A meia hora do fim, Albuquerque seguia com uns “míseros” seis segundos de vantagem para o #55, o #01 e o #48.

Van der Zande continuava a pressionar Albuquerque e a vinte minutos do fim, a diferença entre ambos era de cerca de um segundo. Van der Zande pressionou tanto quanto conseguia Albuquerque, mas a sete minutos do fim da prova, um furo no pneu traseiro direito atirava o #01 para as boxes e dava a Albuquerque a margem para gerir os cinco segundos que tinha para o #55 de Harry Ticknell, com Kamui Kobayashi a fechar os três primeiros no #48. A três minutos do fim, ainda houve tempo para Kobayashi passar por Ticknell e tentar chegar a Albuquerque.

Mas não foi possível a Albuquerque cortar a linha de meta na primeira posição. Depois de em 2020 vencer as 24h de Le Mans na categoria LMP2, ser Campeão do Mundo de Resistência da mesma categoria, ser Campeão da European Le Mans Series, o piloto português mostra que estes últimos meses tudo o que toca transforma-se em vitória. Excelente prova do piloto de Coimbra, nesta que foi a estreia no Acura DPi da Wayne Taylor Racing. No final, nas suas redes socias, Albuquerque mostrava-se contente: «Foi provavelmente a corrida mais difícil da minha vida. Andámos todos no limite durante muito tempo para tentar compensar o andamento dos outros, sempre a olhar para os espelhos… Mas, esta é nossa. Lindo!».

Em termos de estatísticas, desde a introdução da classe DPi em 2017, que a Wayne Taylor Racing já venceu quatro das cinco edições realizadas. Em termos de carros, esta é a primeira vitória da Acura na classe DPi nas 24h de Daytona, numa classe dominada pelos Cadillac DPi.

Em LMP2, a vitória sorriu ao #18 da Era Motorsport de Kyle Tilley, Dwight Merriman, Paul-Loup Chatin, Ryan Dalziel. Em LMP3, a história já estava ensaiada e o #74 da Riley Motorsport, com Oliver Askew, Spencer Pigot, Scott Andrews e Gar Robinson venceu, seguido do #33 da Sean Creech Motorsport de João Barbosa. Barbosa, que depois de não completar o campeonato de 2020 devido a razões pessoais, voltou em força e no final das 24h percebe-se que o piloto português ainda tem muito para dar às competições: «A equipa fez um excelente trabalho na preparação do nosso carro. Durante 24h apenas tivemos de meter combustível e pneus. Estou também muito orgulhoso do trabalho feito nos últimos meses. Grande corrida por parte do Lance, Wayne e do Yann, que não cometeram erros. Estar mais uma vez no pódio em Daytona sabe bem, mas este segundo lugar é daqueles amargos».

João Barbosa regressou ao IMSA para competir na categoria LMP3
Fonte: Sean Creech Motorsport

Em GTLM, os Corvette #3 e #4 selaram a espera dobradinha, mas tiveram de suar muito para segurar os intentos do BMW M8 GTE #24. O #3 de Antonio Garcia, Jordan Taylor e Nicky Catsburg cruzou a linha de meta em primeiro.

Os Corvette C8.R dominaram em Daytona nos GTLM
Fonte: Corvette Racing

Em GTD, a vitória foi para o Mercedes-AMG GT3 Evo #57 da HTP Winward Motorsport, com Russell Ward, Indy Dontje, Philip Ellis e Maro Engel ao volante.

O Mercedes-AMG GT3 Evo #57 dominou nos GTD
Fonte: Mercedes-AMG

Artigo revisto por Inês Vieira Brandão

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