📲 Segue o Bola na Rede nos canais oficiais:

Duas mulheres que desafiam o poder na corrida pela FIA | Desportos Motorizados

- Advertisement -
modalidades cabeçalho

Laura Villars ou Virginie Philippot? Pela primeira vez, a FIA pode ter uma mulher à frente e isso muda tudo

Em dezembro de 2025, a Fórmula 1 e o automobilismo mundial podem viver um momento histórico. De forma inédita, duas mulheres, Laura Villars e Virginie Philippot, estão oficialmente na corrida pela presidência da FIA.

Num desporto ainda dominado por estruturas masculinas e conservadoras, esta eleição não é apenas simbólica. É uma oportunidade para repensar o poder e reforçar a inclusão no automobilismo. Desta vez, a mudança não é um conceito abstrato, mas uma possibilidade real que ameaça abalar a hierarquia da velocidade.

O peso político e social destas candidaturas não pode ser ignorado. Laura Villars, piloto suíça, representa a renovação e a vontade de modernizar a FIA, apostando em sustentabilidade e igualdade.

Virginie Philippot traz uma visão mais estratégica e comunicacional, marcada pela experiência no jornalismo e no empreendedorismo. Ambas representam uma geração que exige transparência, diversidade e um novo tipo de liderança. Menos autoritária, mais colaborativa.

Para compreender o impacto destas candidaturas, é preciso recordar as mulheres que já conquistaram o seu espaço na Fórmula 1. Desde Maria Teresa de Filippis, a primeira mulher a competir em 1958, até Lella Lombardi, única mulher a pontuar num Grande Prémio, a presença feminina tem sido rara, mas marcante.

Mais recentemente, nomes como Susie Wolff, diretora da F1 Academy, Hannah Schmitz, estrategista-chefe da Red Bull, e Laura Müller, a primeira engenheira de corrida, mostram que a competência feminina já é uma realidade dentro das equipas. Estas mulheres não abriram apenas portas. Mantiveram-nas abertas num desporto que tantas vezes tenta fechá-las.

Ainda assim, o caminho até ao poder político é mais complexo. A FIA é um organismo com múltiplos interesses, alianças nacionais e um funcionamento interno pouco transparente. O verdadeiro desafio é transformar o simbolismo em ação. De nada serve ter mulheres candidatas se o sistema continua a funcionar segundo as mesmas lógicas de sempre, dominadas por quem já detém o poder há décadas.

A Fórmula 1 precisa de mudar e tem de o fazer agora. O desporto que se orgulha de ser o auge da tecnologia e da inovação não pode continuar a ser retrógrado na sua própria estrutura de comando.

A entrada de Laura Villars e Virginie Philippot na corrida à presidência é um espelho que expõe as falhas de um sistema que se habituou à ausência de mulheres no topo. Não basta aplaudir a coragem delas. É preciso exigir resultados, espaço e decisão.

As duas candidatas representam visões diferentes, mas partilham algo essencial: a vontade de romper o ciclo da exclusão. Se forem eleitas, a mudança não será apenas simbólica. Poderá abrir portas para uma nova geração de líderes, engenheiras e gestoras dentro da FIA e das equipas.

Mesmo que não vençam, o simples facto de concorrerem já é um passo gigantesco. Obriga o automobilismo a olhar-se ao espelho e a admitir que o seu modelo de poder está desatualizado.

A verdade é que o automobilismo ainda não está pronto para aceitar mudanças profundas, mas está prestes a ser confrontado com elas. A vitória ou a derrota de Laura Villars e Virginie Philippot será apenas um capítulo de uma história maior.

O mais importante é que o debate sobre igualdade, diversidade e renovação já começou. Desta vez, é impossível ignorá-lo.

Se a FIA quiser realmente acompanhar o espírito da competição que supervisiona, precisa de acelerar o seu próprio progresso. A velocidade que tanto celebra nas pistas tem de ser aplicada às suas decisões.

Porque a inclusão não é uma volta de aquecimento, é a corrida inteira. E, talvez pela primeira vez, as mulheres estão finalmente a alinhar na grelha de partida.

Subscreve!

Artigos Populares

Ronaldo vs. Messi: Uma discussão sem sentido no duelo do século

Há quem lhes chame extraterrestres. Outros tratam-nos por deuses. Mas Cristiano Ronaldo e Lionel Messi são apenas dois seres humanos

Preparação do FC Porto para o Estoril Praia marcada por ausência de relevo

O FC Porto iniciou, esta sexta-feira, a preparação para o jogo frente ao Estoril Praia com a ausência de Alan Varela.

José Mourinho e a conquista de Portugal no Mundial sub-17: «O Benfica e a sua formação estão de parabéns»

O Benfica vai enfrentar fora de casa o Nacional da Madeira para a Primeira Liga. José Mourinho já fez o lançamento do jogo.

José Mourinho e a ausência de Richard Ríos: «Não há Ríos, há outro… acho que esta é a filosofia correta»

O Benfica vai enfrentar fora de casa o Nacional da Madeira para a Primeira Liga. José Mourinho já fez o lançamento do jogo.

PUB

Mais Artigos Populares

Qual era a necessidade? | Rangers FC 1-1 SC Braga

Era real a hipótese do SC Braga ser a primeira equipa de sempre a vencer nos dois maiores palcos de Glasgow na mesma temporada.

Renato Sanches deixa mensagem especial ao sobrinho após título Mundial de Sub-17

Portugal sagrou-se campeão do Mundo de Sub-17 no Catar e Renato Sanches fez questão de deixar uma mensagem a Stevan Manuel, o seu sobrinho.

Sensação de dever cumprido | FC Porto 3-0 Nice

Não havia muitos pretextos para justificar uma possível perda de pontos do FC Porto contra o Nice, ‘lanterna-vermelha’ da Europa League