Cabeçalho modalidadesA Volkswagen abandonou o WRC. É uma verdadeira bomba no desporto motorizado mundial, depois de quatro anos de sucesso, muito sucesso. Quatro anos em que venceram oito campeonatos, quatro de pilotos, todos por Sébastien Ogier, e quatro de construtores. Em 51 corridas venceram 42, mas mais impressionante, nestas 51 corridas colocaram pelo menos um carro nos três primeiros lugares em 49 delas, as únicas excepções foram o Rali da Alemanha de 2013 e o Rali da Argentina de 2015.

Lembro-me de escrever em 2013 – para o site em que escrevia na altura – que a Volkswagen em tudo o que entrava entrava para vencer, e assim o foi e para mim assim seria nos próximos anos, pois os testes do novo carro para 2017 estavam no final ou muito perto disto. Estes testes mostravam a qualidade do novo carro e faziam entender que eram a equipa mais bem preparada para as novas regras.

Só que fatores políticos mostram que a VW tem de sair. É preciso limpar a imagem do escândalo do lançamento de gases do ano passado e todo o grupo Volkswagen sofre com isto. Para já as energias limpas ganham prioridade – Audi na Formula E – e os projetos para privados – Polo R5 – como forma de compensar as elevadas perdas de credibilidade e financeiras.

O Polo de 2017 estava pronto a competir Fonte: rallysportmag
O Polo de 2017 estava pronto a competir
Fonte: rallysportmag

Com esta saída é altura de se fazer novas perguntas sobre o futuro do WRC sem a marca alemã. Em 2017 teremos uma nova marca a dominar ou será um campeonato mais competitivo? Com o regresso da Citroen a tempo inteiro diria que seria uma luta a dois com a VW, mas com esta saída antevejo uma temporada muito vitoriosa para a marca francesa. Toyota e Hyundai parecem estar mais distantes dos francêses para já. Os japoneses regressam em 2017 ao WRC depois de uns anos 90 de muito sucesso, mas o primeiro ano pode ser complicado, apesar de ser verdade que é um primeiro ano para todos devido às novas regras. Para os coreanos será a continuação de um trabalho que não tem tido o sucesso desejado, em muito graças à Volkswagen, mas que em 2017 pode melhorar e fazer chegar à ribalta, o facto de manterem os pilotos assim ajuda.

A M-Sport (Ford) para já é o elo mais fraco das quatro marcas, mas um novo factor pode fazê-los chegar mais à frente. Sébastien Ogier está neste momento sem equipa e pode ser um reforço de peso para a equipa de Malcolm Wilson. O piloto francês já disse que podia estar interessado em trabalhar com Wilsnon e sejamos sinceros, todos nós gostávamos de ver a M-Sport ter sucesso, nem que seja apenas uma temporada.

Com menos três carros em prova do que o previsto ainda muitas danças de cadeiras vai acontecer, Ogier, Latvalla e Mikkelsen estão livres e têm todos lugar em qualquer uma das equipas, isto apesar da Citroen e da Hyundai supostamente terem as suas equipas fechadas, mas nada é certo. Certo é que em 2017 vamos ter outra marca a ganhar, quem sabe a competitividade aumenta e teremos uma verdadeira luta pelos títulos.

 

Foto de capa: WRC

Rodrigo Fernandes
Rodrigo Fernandeshttp://www.bolanarede.pt
O Rodrigo adora desporto desde que se lembra de ser gente. Do Futebol às modalidades ditas amadoras são poucos os desportos de que não gosta. Ele escreve principalmente sobre modalidades, por considerar que merecem ter mais voz. Os Jogos Olímpicos, por ele, eram todos os anos.                                                                                                                                                 O Rodrigo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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