Antevisão GP Hungria: Mister Saturday está de volta

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A ANTEVISÃO: RUSSELL TIROU UM COELHO DA CARTOLA NA HUNGRIA E DÁ A PRIMEIRA POLE DO ANO À MERCEDES

O Grande Prémio da Hungria foi provavelmente aquele que mais peripécias trouxe no ano passado, levando a uma improvável vitória de Esteban Ocon. Não sabendo o que vai acontecer amanhã na corrida, a qualificação de hoje no Hungaroring teve o mesmo padrão, com George Russell a conseguir a primeira pole position da carreira e a primeira da Mercedes este ano.

Chegados à Q3, e já sem Sergio Pérez (o piloto da Red Bull ficou-se pela segunda fase de qualificação), era esperado que Max Verstappen (Red Bull) e os pilotos da Ferrari compusessem o top três. Contudo, a primeira volta de Verstappen foi arruinada por um erro na curva dois, deixando o neerlandês pressionado para a segunda tentativa. O piloto queixou-se de falta de potência na volta de preparação, com esse problema a não ser corrigido a tempo, deixando Verstappen no décimo lugar da grelha deste GP da Hungria, logo à frente do seu colega de equipa.

A vantagem parecia pertencer à Ferrari na Hungria, uma vez que, pelos treinos, ninguém parecia ter ritmo para os igualar. Sainz tinha a pole provisória, só que Russell já estava em segundo, embora a meio segundo do espanhol, com Leclerc em terceiro. Mas, nas segundas voltas, os carros vermelhos não fizeram o suficiente, com o britânico, apesar de não ser o mais rápido em nenhum dos setores, a chegar a uma inédita pole na carreira.

Lando Norris conseguiu o quarto lugar na grelha para a McLaren, à frente do vencedor do Grande Prémio do ano passado, Esteban Ocon, que tem o seu colega de equipa da Alpine, Fernando Alonso em sexto. Lewis Hamilton ficará desapontado com o sétimo lugar no segundo Mercedes, mas o DRS não funcionou na sua última volta, impedindo-o de melhorar. Valtteri Bottas chegou à Q3 pela Alfa Romeo e qualificou-se em oitavo, à frente do segundo McLaren de Daniel Ricciardo e de Verstappen.

Importa ainda revelar com mais detalhe o que aconteceu a Sergio Pérez. O mexicano, que já estava a ter um fim de semana difícil em termos de ritmo, bastante longe de Verstappen, teve a sua primeira volta da Q2 apagada por exceder limites de pista, até que os comissários lhe reatribuíram o tempo. Contudo, não era uma volta muito rápida, e Pérez queixou-se de ter sido impedido por Kevin Magnussen (Haas) na última volta. Zhou Guanyu (Alfa Romeo), Magnussen, Lance Stroll (Aston Martin) e Mick Schumacher (Haas) foram os outros pilotos eliminados no segundo segmento da qualificação.

Na Q3, destaque para a eliminação dos dois AlphaTauri (16.º para Yuki Tsunoda e 19.º para Pierre Gasly), de Sebastian Vettel (que obrigou os seus mecânicos a trabalho extra após bater no terceiro treino livre, mas a não ir além do 18.º posto na qualificação) e dos dois Williams. Nicholas Latifi surpreendeu tudo e todos ao ser o mais rápido do terceiro treino livre e até teve o primeiro setor mais rápido na Q1, mas perdeu tudo na última curva e foi último classificado. Alex Albon vai partir de 17.º.

EQUIPA A TER EM CONTA

McLaren – Lando Norris não teve grandes hipóteses de obter um bom resultado no ano passado, sendo uma das vítimas do incidente provocado por Valtteri Bottas. Contudo, o britânico mostrou nos treinos e na qualificação que o carro tem potencial nesta pista, com Daniel Ricciardo a qualificar-se igualmente no top dez. Curiosidade para ver como se comporta o carro papaia em ritmo de corrida amanhã.

PILOTO QUE PODERÁ SURPREENDER

George Russell (Mercedes) – Um polesitter improvável é sempre o piloto que desperta mais curiosidade para a corrida. Pelas indicações dos treinos de ontem, não era de todo imaginável que o britânico começasse a corrida do primeiro lugar. Com a Mercedes a ter normalmente melhor ritmo de corrida do que de qualificação, resta saber se Russell consegue converter esta pole na primeira vitória da carreira.

 

Artigo revisto por Joana Mendes

Bernardo Figueiredo
Bernardo Figueiredohttp://www.bolanarede.pt
O Bernardo é licenciado em Comunicação Social (jornalismo) na Universidade Católica de Lisboa e está a terminar uma pós-graduação em Comunicação no Futebol Profissional, no Porto. Acompanha futebol atentamente desde 2010, Fórmula 1 desde 2018 e também gosta de seguir ténis de vez em quando. Pretende seguir jornalismo desportivo e considera o Bola na Rede um bom projeto para aliar a escrita ao acompanhamento dos desportos que mais gosta.

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