GP Mónaco: Diz que é uma espécie de corrida

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    A CORRIDA: LECLERC VENCE FINALMENTE EM CASA, NUM JOGO DE XADREZ QUE NUNCA SE TRANSFORMOU EM CORRIDA DE FÓRMULA 1

    Está quebrada a maldição de Charles Leclerc nas ruas do Mónaco. Depois de vários anos de azar e de incidências que nunca lhe tinham permitido estar no pódio sequer, o monegasco finalmente conseguiu o melhor resultado possível na sua corrida caseira, num fim de semana que dominou de início ao fim.

    As corridas no Mónaco já costumam ter uma percentagem de procissão, pela quase impossibilidade de ultrapassar no circuito de Monte Carlo, mas esta corrida foi levada a outro nível pelas circunstâncias da corrida. O primeiro arranque foi marcado por um enorme acidente entre Sergio Pérez e os pilotos da Haas, que motivou bandeira vermelha, com todos os pilotos que tinham começado com pneus médios a aproveitarem a bandeira vermelha para trocarem para pneus duros (com exceção de Logan Sargeant) e todos os que começavam de duros a trocarem para médios.

    Um dos momentos mais antecipados nas corridas do Mónaco é o das paragens nas boxes, e, devido ao facto de todos (menos Sargeant) terem aproveitado a bandeira vermelha para trocar de pneus, já ninguém tinha de parar. Isto levou a que nada acontecesse no top-4 durante toda a corrida, com toda a gente a andar de forma demasiado lenta para garantir que os seus pneus iam até ao fim. Carlos Sainz até parecia que ia ficar fora de prova depois do primeiro arranque, mas a bandeira vermelha veio em boa altura para ele, com Leclerc a vencer à frente de Oscar Piastri e Sainz, com Lando Norris em quarto.

    O quinto classificado George Russell também foi com os mesmos pneus até ao fim, também ele com um ritmo demasiado lento, com Max Verstappen e Lewis Hamilton atrás dele a pararem quando tinham garantido que não iriam perder posições, mas nem isso foi suficiente para Russell ter a sua posição verdadeiramente ameaçada. Yuki Tsunoda, Alex Albon e Pierre Gasly completaram um top-10 totalmente inalterado em relação à qualificação.

    Mais atrás, a Aston Martin tentou uma estratégia que até era bem pensada, com Fernando Alonso a rodar muito lentamente para atrasar os que vinham atrás de si, de modo a possibilitar a Lance Stroll uma paragem de borla na box, para este sair em 11.º e atacar o top-10 com pneus em condições muito melhores. Isto não resultou porque Stroll bateu num muro e furou o pneu traseiro esquerdo, voltando a parar na box e acabando fora dos pontos. De resto, a corrida teve apenas quatro ultrapassagens a registar, duas de Lance Stroll, uma de Valtteri Bottas e outra de Logan Sargeant.

    PILOTO DO DIA

    Charles Leclerc (Ferrari) – Não havendo ninguém que se destaque por uma brilhante corrida ou por ter feito algo extraordinário em pista, Leclerc destaca-se por finalmente quebrar o enguiço que tinha no Mónaco, vencendo por fim a sua corrida caseira.

    DESILUSÃO DO DIA

    Lance Stroll (Aston Martin) – Talvez seja injusto estar a catalogar o piloto que fez mais ultrapassagens como desilusão, mas o canadiano desperdiçou uma estratégia da Aston Martin que era muito bem pensada por um toque no muro.

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    Bernardo Figueiredo
    Bernardo Figueiredohttp://www.bolanarede.pt
    O Bernardo é licenciado em Comunicação Social (jornalismo) na Universidade Católica de Lisboa e está a terminar uma pós-graduação em Comunicação no Futebol Profissional, no Porto. Acompanha futebol atentamente desde 2010, Fórmula 1 desde 2018 e também gosta de seguir ténis de vez em quando. Pretende seguir jornalismo desportivo e considera o Bola na Rede um bom projeto para aliar a escrita ao acompanhamento dos desportos que mais gosta.