Renascimento da Williams | Fórmula 1

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O auge da Williams na Fórmula 1 foi há mais de 30 anos e, atualmente, a equipa de Grove está num processo de crescimento, depois de quase uma década a ser umas das piores no grid. Esta temporada, com seis corridas realizadas, a Williams já tem mais pontos conquistados do que em todas as épocas completas desde 2018. É notório que a equipa chefiada por James Vowles fez enormes progressos para se tornar a melhor do segundo pelotão. Contudo, ainda há muito trabalho por fazer.

James Vowles, para mim, é o grande responsável por esta reestruturação na Williams. O britânico assumiu as rédeas em 2023, ao fim de 12 anos na Mercedes. O antigo diretor de estratégia da marca alemã substituiu Jost Capito, que sucedeu à filha do fundador da equipa, Claire Williams. O percurso de Vowles tem sido uma montanha-russa com muitos acertos e alguns erros. O maior erro, possivelmente, foi manter Logan Sargeant, no ano passado. Após a sua primeira temporada como rookie ter sido um desastre, Vowles manteve a confiança no americano, mas os resultados mantiveram-se iguais e chegou a perder o lugar para Franco Colapinto, a meio da época.

Manter Sargeant mais um ano, certamente, atrasou a evolução do carro. A experiência e a opinião dos pilotos são fundamentais para o desenvolvimento do monolugar. Por isso, acredito que a contratação de Carlos Sainz foi uma excelente escolha. O piloto espanhol sabe o que é vencer na Fórmula 1, já participação num projeto de reestruturação, na McLaren e chega de uma equipa de topo. Até ao momento, a adaptação não tem sido fácil, mas um piloto desta categoria pode tirar um coelho da cartola a qualquer momento.

O nome Carlos Sainz tem um forte impacto na Fórmula 1, mas não nos podemos esquecer de Alexander Albon. A temporada que Albon está a fazer é surreal, neste momento, ocupa a oitava posição no campeonato de pilotos, com 30 pontos, muito acima do companheiro de equipa. A corrida do GP Miami, do passado domingo, mostrou a qualidade de Albon e que Sainz tem um companheiro à altura. Albon está pelo quarto ano consecutivo a pilotar um Williams e esta temporada está a ser a sua melhor desde que regressou à Fórmula 1. Relembrar, que Albon em 2021 foi o piloto reserva da Red Bull, após ter perdido o lugar para Sergio Pérez.

Além da excelente dupla de pilotos, outro grande acerto de James Vowles foi a renovação de métodos para o desenvolvimento do carro. Antes da sua chegada, a Williams utilizava o Microsoft Excel para detalhar o processo de construção do carro, o que deixou Vowles estupefacto. Este método mostrava o quanto a Williams estava atrasada em relação às outras equipas. Por isso, preferiu sacrificar a época de 2024 para no futuro utilizarem ferramentas mais modernas e conseguirem melhores resultados. Esta temporada, o FW47 tem sido um sucesso, mas a equipa de Grove já anunciou que irá interromper o desenvolvimento do monolugar deste ano para se focar no de 2026. Na próxima época vai começar uma nova era na Fórmula 1 com os novos regulamentos e James Vowles prefere apostar tudo em 2026, mesmo que tenham obtido bons resultados. Os pilotos acreditam que ainda podem existir algumas evoluções, mas compreendem a decisão do chefe de equipa. Agora fica a questão, será que a Williams está a tomar a decisão correta de interromper o desenvolvimento do FW47?

Gonçalo Carneiro
Gonçalo Carneiro
Gonçalo é licenciado em Ciências da Comunicação e encontrou na escrita o refúgio perfeito para se manter ligado ao mundo do desporto. Acredita que o jornalismo desportivo é o seu rumo ao estrelato.

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