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Fórmula 1: A primeira metade da época

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O ano de 2019 é daqueles em que a Fórmula 1 a meio da época já se conhece quem será o vencedor do campeonato. Apesar das dúvidas que pairavam nos testes de pré-época sobre a Mercedes AMG Petronas, os alemães mostraram mais uma vez o porquê de serem uma das equipas mais dominantes da história. Onde os seus rivais tropeçaram em estratégias e performance, os campeões em título raramente colocaram ‘a pata na poça’, e, como se isso fosse possível, Lewis Hamilton está numa das suas melhores épocas a nível pessoal, com oito vitórias nas 12 primeiras corridas.

O seu rival mais próximo é o colega de equipa Valtteri Bottas. O finlandês vinha de uma temporada de 2018 muito má, onde terminou na quinta posição do campeonato, apesar de ter o mesmo carro do campeão. Mas, após a primeira corrida na Austrália ninguém o reconhecia, destruiu Hamilton na corrida e mostrou-se disposto a lutar pelo título, mas depois disso houve apenas mais uma vitória. Apesar de se qualificar melhor que o britânico em várias corridas, não consegue acompanhar o ritmo dele, e está neste momento está a uns gigantes 66 pontos de distância na tabela classificativa.

Neste momento também há dúvidas sobre a sua manutenção na Mercedes, com Esteban Ocon à espreita por um lugar, e com certeza não será com performances como as do Grande Prémio da Alemanha e da Hungria que irá convencer Toto Wolff.

A máquina Mercedes/Hamilton continua a ser a mais bem oleada.
Fonte: Formula 1

A equipa que todos julgavam que iria destronar a Mercedes do topo da Fórmula 1 era a Ferrari, e após os testes de pré-época, o ambiente era muito positivo na Scuderia, até à primeira corrida, onde estavam muito longe da Mercedes e até da Red Bull. Mas supostamente era um problema de afinação, pois no Bahrain dominaram, e toda a gente voltou a ficar animada apesar do resultado final, que por falta de fiabilidade, acabou por ser pobre. A partir dai começou-se a notar um padrão, o de que a Ferrari apenas funcionava bem nas pistas que favorecem os carros mais potentes. Ter o motor mais potente não é mau de todo, mas convém não esquecer que o carro necessita de curvar e ao terem a maior velocidade de ponta estragaram a vantagem que tinham nas curvas nos últimos dois anos, uma desilusão.

Apesar de todas as críticas, os dois pilotos estão muito equilibrados. Sebastian Vettel tem corridas muito boas, como na Alemanha e na Hungria, mas depois comete erros que não se esperam de um tetracampeão, como no Canadá e no Reino Unido. Já Charles Leclerc é absurdamente rápido em algumas corridas e qualificações, como no Bahrain, onde dominou por completo, até o carro o deixar ficar mal, mas mostra a sua inexperiência em corridas como o Mónaco, onde abusou nas tentativas de ultrapassagem, e teve de se retirar. Contudo, já se encontra mais estável. No inicio da época, a equipa cometia também muitos erros estratégicos que tiraram pontos aos dois pilotos. Agora, a luta da Ferrari é apenas por algumas vitórias, que lhes tem fugido por uma unha negra, e as duas próximas corridas na Bélgica e em Itália mostram-se as hipóteses mais óbvias.

Legenda: Os dois pilotos da Scuderia estão muito equilibrados, até na quantidade de erros.
Fonte: Formula 1

 

Na última equipa do primeiro pelotão, a RedBull temos duas épocas muito distintas. Um Max Verstappen na forma da sua vida, constantemente a lutar por vitórias, e pódios, estando já muito perto do segundo lugar do campeonato, e Pierre Gasly, que com o mesmo carro está prestes a ser ultrapassado no campeonato por Carlos Sainz, que por sinal conduz um carro muito inferior.

Esta forma do francês é inaceitável, e tendo em conta o histórico de pouca paciência da equipa com falta de resultados, é de admirar que ele ainda não tenha sido despedido, digamos que Daniil Kvyat foi despromovido por bem menos…

Já Max Verstappen tornou-se finalmente o que todos imaginávamos que ele seria quando amadurecesse, e que lindo é ver o piloto da RedBull Honda a correr. Se analisarmos bem, as melhores corridas da temporada vão de mão dada com as melhores performances do Max, como por exemplo no Mónaco, Silverstone, e obviamente, as vitórias na Áustria e Alemanha.

A promessa foi cumprida, Max tornou-se no melhor piloto da Formula 1 a par de Hamilton.
Fonte: Formula 1

No segundo pelotão as coisas estão muito equilibradas, sendo que, tirando a Williams, todas as equipas têm chances realistas de pontos, com a diferença de tempos em algumas qualificações de apenas duas décimas do sétimo ao 18º lugar. Na frente está obviamente a surpresa do ano, a McLaren. Todos esperavam que os britânicos melhorassem, mas não a este nível, onde são confortavelmente a quarta melhor equipa, e até têm um dos seus pilotos, Carlos Sainz, a desafiar Pierre Gasly que corre num RedBull. Este era, sem dúvida, o melhor cenário possível.

As maiores desilusões deste grupo serão, sem dúvida, a Renault e a Haas. Duas das melhores equipas de 2018, estão com dificuldades em chegar aos pontos. A Renault teve um investimento muito maior este ano, mas parece incapaz de melhorar o carro, estando bastante atrás da McLaren, que carrega o mesmo motor. E a Haas, tem um excelente carro, que só é rápido durante uma volta, até destruir completamente os pneus, o que não é ajudado por dois pilotos como Kevin Magnussen e Romain Grosjean, que têm sido uma dor de cabeça constante, e perdem pontos mesmo quando a equipa é competitiva.

Foi um pesadelo longo, mas a McLaren está finalmente em ascensão.
Fonte: Formula 1

No fundo está sem dúvida a Williams que começou com um carro muito pior do que o do ano passado, o que parecia impossível, sendo que já eram os últimos com bastante distância. Uma equipa lendária que só nesta última corrida mostrou alguma velocidade genuína para competir com os outros carros, talvez seja uma luz ao fundo de um longo túnel.

O facto de esta ser daquelas épocas dominadas apenas por uma equipa tem dado aso a muitas críticas que dizem que a Fórmula 1 está morta e que as corridas são aborrecidas. A minha resposta é que não sei que época as pessoas estão a assistir, porque corridas genuinamente aborrecidas foram apenas o Grande Prémio da China e da França, o resto foi de mediano, como na Austrália, a uma das melhores corridas de sempre, na Alemanha. É um facto, o domínio da Mercedes torna tudo um pouco mais previsível, mas também dá às outras equipas uma oportunidade de arriscar, o que cria boas corridas. Estas equipas acabam por arriscar, porque ao contrário da Mercedes, não têm nada a perder, e deixam os pilotos batalhar e lutar mais.

Esta primeira metade da época já nos deu momentos deliciosos, onde penso que se destaca as batalhas de Charles Leclerc e Max Verstappen, que nos deixaram a todos com água na boca só de pensar na competição dos dois nos próximos anos.

Foto De Capa: Formula 1

Revisto por: Jorge Neves

Luís Manuel Barros
Luís Manuel Barros
O Luís tem 21 anos e é de Marco de Canavezes, tem em si uma paixão por automobilismo desde muito novo quando via o Schumacher num carro vermelho a dominar todas as pistas por esse mundo fora. Esse amor pelas 4 rodas é partilhado com o gosto por Wrestling que voltou a acompanhar religiosamente desde 2016.                                                                                                                                                 O Luís escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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