E-Prix de Berlim #2: Nyck de Vries é o primeiro campeão do Mundo de Fórmula E

    A CORRIDA: NINGUÉM ESTAVA COM VONTADE DE SER CAMPEÃO

    Fecharam as cortinas sobre a temporada de Fórmula E, num campeonato que tinha ainda 13 candidatos com possibilidades matemáticas à entrada da última prova. O grande vencedor desta temporada foi o holandês da Mercedes, Nyck de Vries, que terminou em oitavo, uma corrida onde todos os outros candidatos principais tiveram problemas.

    O vencedor da prova foi o estreante no topo do pódio Norman Nato, da Venturi, com Oliver Rowland (Nissan) e Stoffel Vandoorne (Mercedes) a fechar os três primeiros.

    O caos começou logo no arranque, onde um dos pilotos melhor posicionado para garantir o campeonato, Mitch Evans (Jaguar), não conseguiu arrancar, e foi colhido por outro dos principais candidatos, Edouardo Mortara (Venturi). O violento acidente obrigou a uma bandeira vermelha, sendo de destacar ambos os pilotos saíram ilesos.

    Após este choque, o homem favorito era Jake Dennis (BMW), que subiu para a sétima posição, com o acidente, no entanto, o britânico perdeu o controlo do monolugar, chocando contra as barreiras e retirando-se da corrida. Neste momento, parecia que nenhum dos pilotos em disputa estava com vontade de vencer o campeonato.

    Aqui, o protagonista tornou-se Nyck de Vries, que apenas precisava de pontuar à frente dos principais rivais para conseguir o campeonato. Nestas situações pede-se cautela aos pilotos, no entanto, por querer atacar e por manobras defensivas mais agressivas dos rivais, em vários momentos pareceu que o piloto da Mercedes ia deitar o campeonato a perder.

    Na primeira ronda de idas ao Attack Mode, Stoffel Vandoorne pareceu perder ritmo durante duas voltas, e ficou à mercê de Norman Nato, que saltou para a liderança, da qual não mais saiu.

    Apesar de perder a liderança, estas posições garantiam à Mercedes ambos os campeonatos, sendo que a Jaguar apenas tinha de se apoiar num Sam Bird a remar contra a corrente desde o fundo do pelotão. Contudo, numa batalha com o Porsche de Andre Lotterer, a Mercedes quase deitou tudo a perder, com um toque que envolveu ambos os pilotos, num momento em que Sam Bird conseguia pontuar.

    Mais atrás, era a vez de outro candidato ao título se retirar, desta feita tratou-se do português António Félix da Costa, que foi apertado contra o muro por Lucas di Grassi. O brasileiro viu o jogo sujo penalizado com uma penalização drive-through, mas o português não conseguiu continuar.

    O francês Norman Nato acabou por controlar o resto da prova, seguido de Rowland e Vandoorne, com Lotterer em quarto, seguido de Alex Sims (Mahindra), Pascal Wehrlein (Porsche) em sexto, seguido do único sobrevivente da Jaguar, Sam Bird. Nyck de Vries terminou em oitavo, com os quatro pontos a mostrarem-se suficientes para garantir o título. René Rast (Audi) e Tom Blomqvist (Nio) fecharam os pontos.

    As tabelas de final de campeonato colocam Nyck de Vries em primeiro com 99 pontos, seguido de Mortara com 92, Jake Dennis em terceiro com 91 e Mitch Evans em quarto com 90. Estas diferenças mínimas levam a pensar o que seria, não tivessem acontecido os acidentes. O português António Félix da Costa terminou em oitavo lugar, com 86 pontos, a apenas 13 do título.

    No campeonato de construtores, a Mercedes aproveitou as más provas da DS e da Jaguar, para subir ao topo do campeonato, garantindo assim o título com 181 pontos.

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    Luís Manuel Barros
    Luís Manuel Barros
    O Luís tem 21 anos e é de Marco de Canavezes, tem em si uma paixão por automobilismo desde muito novo quando via o Schumacher num carro vermelho a dominar todas as pistas por esse mundo fora. Esse amor pelas 4 rodas é partilhado com o gosto por Wrestling que voltou a acompanhar religiosamente desde 2016.                                                                                                                                                 O Luís escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.