- Advertisement -

Falar do Campeonato do Mundo de Endurance para mim é falar de horas e horas perdidas a ver carros a serem testados ao máximo. São carros que me fazem sonhar. Quando vejo um Porsche 911 RSR ou um Ferrari 488 GTE Evo é algo que me fica na imaginação e nos meus sonhos.

Mas, esses são os GT3, os mais parecidos aos carros do dia a dia, mas que de parecidos não têm nada. Cresci com os LMP1 a dar voltas ao circuito de Le Sarthe e a serem os mais rápidos, mas, apesar de ter crescido com a categoria LMP1, com os Peugeot, Audi, Porsche e Toyota, acho que desde a saída do projeto da Porsche dos LMP1 que o FIA WEC ficou muito pobre, com apenas a Toyota com um carro de motorização hibrida. A Rebellion Racing, que corre com o Rebellion R13 – Gibson e o Team LNT, que corre com dois Ginetta G60-LT-P1-ERA, ambos de motorização não-hibrída, só este ano é que podem levar luta aos Toyota, devido ao EoT (Equivalence of Technology) e ao BoP (Balance of Performance).

Mas, na minha opinião, parece existir luz ao fundo do túnel. A chegada da classe dos Hipercarros, que substituirão os LMP1 em 2020/2021 é algo, que pelo menos, pelos conceitos lançados por algumas marcas, parece muito interessante.

Apesar da confusão inicial, pensando-se que os hipercarros teriam de ter o seu suporte num carro de estrada já existente, afinal, não é assim. Exemplo da Peugeot – é o carro que está na foto de capa deste artigo – que garanto-lhe, caro leitor, não tem um daqueles nos concessionários mais próximos de si.

Apesar disso, o Conselho Mundial da FIA requer que exista uma ligação a um construtor. Mas, é algo que, mais uma vez, ainda não está bem claro. Por exemplo, já anunciadas estão a Peugeot, a Toyota e a Aston Martin. Todos conhecemos, todos sabemos que não têm problema com esta regra. Mas, quem conhece a Glickenhaus? É uma empresa americana, registada no seu país. Ou seja, deverá ligar-se a um fornecedor de motores, provavelmente.

Também existe os alemães da ByKolles, sendo que estes devem mesmo associar-se a um construtor. Mas ainda não se sabe muito sobre o seu programa.

Ou seja, a cerca de um ano, o que sabemos? Sabemos da Toyota, que já confirmou a participação com dois GR Super Sport, sendo baseado em versão de estrada.

Fonte: Toyota Gazoo Racing

A Aston Martin também já apresentou o seu projeto. Em conjunto com Adrien Newey, da Red Bull Racing, fizera o Valkyrie, que foi construído pela Multimatic, que mais recentemente esteve presente no projeto de GTs da Ford.

Fonte: FIA WEC

A Glickenhaus também quer chegar ao FIA WEC com dois carros, dois SCG 007. Em princípio, rumores circulam de que será um motor Alfa Romeo.

Fonte: Scuderia Cameron Glickenhaus

Como disse em linhas acima, pouco se sabe sobre o projeto da ByKolles Racing, que, em princípio, é uma das equipas que trabalha numa motorização híbrida

Já a Ginetta, que entrou este ano no WEC, tem os atuais G60-LT-P1 disponíveis para a temporada de 2020/21, mas nada mais se sabe.

Fonte: Team LNT Ginetta

A Rebellion Racing associou-se à Peugeot, mas não se sabe se os R13 podem continuar até que arranque o programa hipercarro da Peugeot. A Peugeot entra na época de 2022/23, e talvez participe já em Le Mans 2022. Recorde-se que Le Mans 2023 vai ser o centenário da competição.
A Brabham aponta para a nova classe dos Hipercarros com uma versão revista do BT62, mas não há ainda certezas quanto a programa em full-time.

Fonte: Brabham Automotive

Até agora falamos de carros e de marcas. Deixando essa parte para trás, vamos a algumas regras. Quero destacar que, em termos de regulamentos, existiu um limite da tecnologia e desenvolvimento, incluindo limites de distribuição de peso, tipo Fórmula 1. Assim, os carros LMP1 hibrídos atuais continuam a ser mais rápidos, mas, os custos são completamente diferentes. Algo muito positivo.

Por falar em perda de desempenho, os sistemas de suspensão interligados são proibidos, travões apenas por fio e apenas no eixo dianteiro. O peso aumenta para 1040 kg.

Estas são algumas regras para a nova classe dos Hipercarros que entra em vigor em 2020/2021. Por enquanto, o que vejo aqui é algo muito interessante, com cada vez mais marcas a tentarem chegar ao FIA WEC e animar as corridas de endurance.

Foto de Capa: Peugeot Sport

Artigo revisto por Joana Mendes

Subscreve!

Artigos Populares

Rumo à qualificação atencipada já em outubro | Portugal x Irlanda

O jogo será importante, uma vez que Portugal pode matematicamente se qualificar para o Campeonato do Mundo já em outubro

Atlético Madrid pondera contratar antigo avançado do Barcelona no verão de 2026

Ansu Fati está a chamar a atenção dos dirigentes do Atlético Madrid, depois do bom arranque de temporada no AS Mónaco.

Selecionador da Ucrânia comenta lesão de Georgiy Sudakov e revela: «Percebi que estava com muitas dores»

Serhiy Rebrov comentou a saída de Georgiy Sudakov por lesão, após a vitória da Ucrânia sobre a Islândia por 5-3.

Presidente da Liga Portugal abre porta a bebidas alcoólicas nos estádios: «O que importa é garantir segurança adequada»

Reinaldo Teixeira, presidente da Liga Portugal, abordou temas como o combate à pirataria, os direitos audiovisuais e as bebidas alcoólicas nos estádios.

PUB

Mais Artigos Populares

FC Porto deve contratar mais um defesa-central em janeiro e já está definido o perfil

O FC Porto deve avançar para a contratação de mais um defesa-central em janeiro. O novo jogador será jovem e com margem de progressão.

Fafe recebe e vence confortavelmente o Amarante para a Liga 3

O Fafe venceu o Amarante por 3-0, esta sexta-feira, num jogo a contar para a quinta jornada da série A da Liga 3.

Ucrânia vence Islândia em jogo de 8 golos e Georgiy Sudakov sai lesionado: Eis os resultados dos jogos da Qualificação para o Mundial 2026

A Ucrânia deslocou-se à Islândia e venceu por 5-3, em jogo de Qualificação para o Mundial 2026. Georgiy Sudakov saiu lesionado ainda na primeira parte.