A ANTEVISÃO: SOL = YAMAHA
Ninguém está imune a este vírus que assola o planeta. No ‘plantel’ do MotoGP, apenas Jorge Martin tinha falhado uma corrida por causa da COVID-19. Agora, foi a vez de Valentino Rossi. A lenda italiana não está presente em Aragão para o Grande Prémio deste fim de semana e parece que a próxima semana também está fora da equação.
As regras do MotoGP estipulam que os pilotos considerados inaptos devem ser substituídos no prazo de 10 dias. Isto significa que, por enquanto, a Yamaha não precisa de colocar um substituto para este fim de semana. No entanto, a história será diferente no próximo.
A Yamaha também ainda não decidiu quem irá substituir Rossi. Nos seus livros, está o piloto de testes Jorge Lorenzo, que, este ano, iria marcar uma presença como wild-card, mas, devido às restrições consequentes da pandemia, viu negada essa oportunidade. O antigo campeão mundial esteve em Portimão a testar pela Yamaha, curiosamente com uma máquina de 2019. Isto não abona a seu favor, mas, na minha visão, é a única opção do fabricante japonês.
A corrida em Aragão será a primeira desde o Rio 1999, onde nenhum campeão atual ou antigo campeão da categoria rainha estará na grelha.
Quanto ao Grande Prémio de Aragão, o Sol brilhou… e quem mais gosta de Sol são as Yamaha. Na frente, nunca esteve outra marca sem ser a do diapasão. Mas a maior história, até agora, é a de Fabio Quartararo. O piloto que lidera o mundial teve uma queda feia na terceira sessão de treinos livres, o que o obrigou a sair de maca e a ir para o centro médico.
Not even this scary FP3 crash could stop @FabioQ20 from taking pole position! 👊
In just 28 #MotoGP starts, he’s taken 10 poles! 👏#AragonGP 🏁 pic.twitter.com/GNqUIOvbsD
— MotoGP™🏁 (@MotoGP) October 17, 2020
No fim, Quartararo acabou por ser o mais rápido em pista, conquistando a pole position para a corrida de amanhã. Após a qualificação, Quartararo revelou a sua condição à entrada para a sessão. «Eu não conseguia mexer a perna. Conseguia andar, mas doía-me bastante. Quando cheguei ao centro médico, já não me doía tanto. Já sabia que não tinha nada partido», afirmou o piloto, após a qualificação, ao motogp.com.
Atrás dele ficou Maverick Vinales. O espanhol, este fim de semana, está ‘sozinho’ na Monster Yamaha. Mesmo assim, não se deu por batido e esteve bem na qualificação. Melhor do que o piloto da Yamaha esteve o britânico Cal Crutchlow. Sendo o mais rápido no setor 4 da pista de Aragão, o piloto da Honda LCR mostrou a potência do V4 japonês (no setor 4 existe uma reta) e, com isso, garantiu a primeira fila da grelha de partida para amanhã, com a terceira posição.
Nas contas do mundial, Andrea Dovizioso segue na terceira posição, com 18 pontos de diferença. Em Aragão, parece que o ‘caldo entornou’. Ambos na Q1, Danilo Petrucci e Dovizioso tiveram de lutar pela passagem à Q2. Em todas as tentativas, Petrucci utilizou o cone de ar do colega de equipa e, no final, por apenas décimas, Petrucci passou, tal como Jack Miller. Dovizioso, que na luta pelo campeonato tinha previsto ficar filas mais à frente em Aragão, acabou em 13º.
And @AndreaDovizioso is livid!!! 😱😡#AragonGP 🏁 pic.twitter.com/cMzEURbp4w
— MotoGP™🏁 (@MotoGP) October 17, 2020
Na KTM Tech3, Miguel Oliveira debateu-se com problemas de tração. Não se conseguiu qualificar diretamente para a Q2 e, na Q1, não conseguiu fazer melhor do que o 18º lugar. O português parte, assim, da penúltima fila da grelha. Esperemos que chegue rapidamente aos pontos na corrida.
Foto De Capa: Petronas SRT