GP Estíria: A Portuguesa em alto e bom som só para ti, Miguel

- Advertisement -

A CORRIDA: DEIXEM O NOSSO MENINO VOAR!

À semelhança da Fórmula 1, Áustria foi palco de duas corridas e a segunda com a mudança de nome para: GP de Estíria. Depois do acidente assustador entre Morbidelli e Zarco, novamente o Red Bull Ring deu-nos novo acidente que arrepiou qualquer pessoa. Porém, já lá vamos a esse assunto, pois primeiro falemos do arranque e da primeira volta!

Com Pol Espargaró (KTM Factory Racing) na pole, Takaaki Nakagami (LCR Honda) e Joan Mir (Suzuki) na primeira linha do grid, foi a vez de Jack Miller vir disparado do 4.º lugar para 1.º sem pedir licença. A primeira volta foi de trocas e baldrocas nas posições dos pilotos, mas aquele que podia estar chateado com o seu desempenho – e depois de tudo o que já mostrou – era Pol Espargaró.

Mas se achavam que Jack Miller ia disparado para liderar a corrida, enganaram-se. Joan Mir, depois de já ter brilhado no GP de Áustria, apareceu na frente e nunca mais ninguém o viu. Conseguiu mesmo uma vantagem de um segundo sob Miller e Nakagami, que lutavam incessantemente pelo 2.º lugar. Mas quem também estava numa luta interessante era Brad Binder (KTM Factory Racing) e Miguel Oliveira (RedBull Tech3).

O problema é que Maverick Viñales (Monster Energy Yamaha), que já se vinha a queixar de um problema no travões, teve de saltar da sua moto em andamento e acabou por embater com estrondo, começando a arder. Tivemos por isso um red flag e a corrida esteve parada para que fosse substituído a parte onde a Yamaha acabou por embater. Joan Mir ia lançado para uma vitória – para a sua primeira -, mas houve nova partida, tal como já tinha acontecido no round one em Áustria.

A faltar 12 voltas para o final, partiram todos juntos novamente e o que dizer de mais um grande arranque por parte de Jack Miller e também de… Miguel Oliveira! Quando a corrida estava parada, os comentadores diziam que isto era uma oportunidade para aqueles que estavam mais para trás e veio a confirmar-se essa mesma premissa. Porém, também foi um grande revés para alguns pilotos, como Takaaki Nakagami e Joan Mir.

Na frente preparava-se um prato que vinha a ser à boa moda portuguesa. Com o grande arranque, Miguel Oliveira ficava em 4.º lugar e ia acompanhando os três da frente só como ele sabe. Mas, em primeiro lugar, vinha (outra) grande batalha entre Jack Miller e Pol Espargaró, que vinha agora com vontade de remediar aquilo que de mal tinha feito na primeira parte do GP.

Enquanto o australiano e o espanhol iam lutando por um lugar, era Miguel Oliveira que ia aproximando-se dos dois da frente como uma flecha. Quando já se desesperava em várias casas portuguesas para que a corrida terminasse e houvesse o primeiro pódio falado em português no MotoGP… eis que o melhor cenário aconteceu! Jack Miller e Pol Espargaró tornaram-se mais agressivos pela luta pelo primeiro lugar e as últimas duas curvas foram fatais para ambos!

Acho que será impossível descrever quando se viu a Tech3 de Miguel Oliveira a passar por dentro os dois pilotos que iam na frente e a dizer “adeus que esta é minha”. Foi muito “rato” o nosso “Falcão” e vimos PELA PRIMEIRA VEZ o número 88 a passar a linha axadrezada em primeiro lugar. Miguel Oliveira torna-se assim o primeiro português a vencer na categoria rainha e que temporada está a fazer.

É lavado em lágrimas que escrevo este rescaldo, pois, tal como eu, muitos têm acompanhado o percurso de Miguel Oliveira desde o Moto3 até agora ao MotoGP e não há melhor do que esta vitória. Voa, menino! Apenas o céu é o teu limite e creio que nem isso será um limite para ti. Na RedBull Tech3 tens feito um trabalho extraordinário e na próxima época estarás a fazer algo muito melhor. Todos os portugueses estão orgulhosos de ti e prontos para te apoiar sempre! Obrigado, Miguel. 

Miguel Oliveira é agora 9.º no campeonato de MotoGP e subiu cinco lugares na classificação. Na liderança continua Fabio Quartararo, porém, agora apenas com uma distância para Andrea Dovizioso (Ducati Team) de apenas três pontos! Em terceiro está Jack Miller (Pramac Racing), que deu um salto de quatro posições.

João Pedro Barbosa
João Pedro Barbosahttp://www.bolanarede.pt
É aluno de Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social, tem 20 anos e é de Queluz. É um apaixonado pelo desporto. Praticou futebol, futsal e atletismo, mas sem grande sucesso. Prefere apreciar o desporto do lado de fora. O seu sonho é conciliar as duas coisas de que gosta, a escrita e o desporto.

Subscreve!

Artigos Populares

Antigo médico da Noruega aborda lesão de Martin Odegaard: «Arrisca-se a ficar afastado entre seis a oito semanas»

Lars Engebretsen, antigo médico da Noruega, revelou alguns detalhes da lesão e o possível tempo de recuperação de Martin Odegaard.

Bayern Munique interessado na situação de Nico Schlotterbeck

Nico Schlotterbeck continua a atrair interesse do Bayern Munique, numa altura em que ainda não aceitou renovar com o Borussia Dortmund.

Manchester United em negociações com Harry Maguire para renovar até 2028

O Manchester United continua no processo de negociações para a renovação de Harry Maguire, que se poderá estender até 2028.

Wojciech Szczesny empático com a situação de Marc-André ter Stegen: «Deve ser frustrante para Ter Stegen… Eu passei por isso na Juve e reformei-me»

Wojciech Szczesny falou sobre o seu colega de equipa Marc-André ter Stegen, que perdeu a titularidade na baliza do Barcelona.

PUB

Mais Artigos Populares

Sporting goleia Marítimo e Brittany Raphino brilha com hat-trick na Primeira Liga Feminina

O Sporting foi até à Madeira vencer o Marítimo por 4-0, na 4.ª jornada da Primeira Liga Feminina. Brittany Raphino assinou um hat-trick.

Vinicius Júnior rendido a Carlo Ancelotti: «Foi o treinador que mais me deu confiança»

Vinicius Júnior elogiou o trabalho de Carlo Ancelotti na seleção brasileira. O avançado brasileiro já foi liderado pelo técnico italiano no Real Madrid.

Sporting leva a melhor frente ao FC Porto e conquista Supertaça em hóquei em patins

O Sporting derrotou o FC Porto por 4-3 e conquistou a Supertaça António Livramento em hóquei em patins. A primeira desde 2015.