GP Indonésia: O Falcão voltou a voar mais alto

    A CORRIDA: CAMPEÃO ACORDOU TARDE E NÃO TEVE RITMO PARA CHEGAR AO PRIMEIRO LUGAR

    O fim-de-semana de 18 a 20 de março marcou o regresso do MotoGP à Indonésia, após 25 anos. Um traçado que prometia causar diversos problemas aos pilotos, muito por culpa das grandes temperaturas e das chuvas intensas que se fazem sentir. Ora nem mais, a chuva intensa fez-se notar logo no início da madrugada o que fez a corrida atrasar cerca de uma hora e um quarto, no circuito de Mandalika.

    Neste espaço de tempo em que existiu a dúvida se iríamos ter corrida ou não, muitas foram as tentativas para que se conseguisse realizar a corrida e de todas as formas possíveis e imaginárias, com a xamã presente no circuito a “meditar” para afastar a chuva.

    Quartararo também mostrou que o seu lote de dotes não se restringe à pista e seguiu os passos da xamã para tentar que a chuva parasse, num momento icónico do atual campeão do mundo e certamente um dos momentos do dia.

    A verdade é que as preces resultaram, a chuva parou e a corrida começou, sensivelmente às 8:15 desta manhã de domingo. Corrida esta que supostamente deveria contar com 27 voltas ao circuito, mas que devido às condições atmosféricas, contou com apenas 20. Fabio Quartararo partia do primeiro lugar depois de uma grande qualificação, seguido de Jorge Martín e Johann Zarco. Marc Márquez após o, feio, acidente que teve no Warm Up não conseguiu recuperar a tempo e por isso não realizou a corrida.

    A verdade é que assim que a corrida começou Miguel Oliveira disparou e com um arranque fantástico passou do sétimo lugar para o segundo lugar, somente atrás do piloto francês Fabio Quartararo. Quem também arrancou muito bem foi Jack Miller, piloto da Ducatti que ascendeu ao terceiro lugar da corrida, após ter arrancado da nona posição. Do lado contrário, Enea Bastianini e Brad Binder tiveram um péssimo início de corrida e caíram diversas posições. Bastianini do quinto para o décimo segundo lugar e Binder do quarto para o décimo terceiro. De salientar o arranque de Joan Mir que subiu de um décimo oitavo lugar para um sexto.

    Rapidamente, Miguel Oliveira mostrou que estava ali para ganhar e ainda na primeira volta assumiu o primeiro lugar, ultrapassando o francês.

    Quem parecia não descolar era Jack Miller que à passagem da quarta volta conseguiu ultrapassar o piloto português da Red Bull KTM. Os dois com um ritmo impressionante pareciam deixar o pelotão para trás pois ninguém estava a conseguir acompanhar o ritmo dos dois pilotos.

    Miguel Oliveira continuou a puxar, a aumentar o ritmo e a quinze voltas do fim realizou uma grande ultrapassagem sobre o piloto australiano da Ducatti para assumir o primeiro lugar da corrida e voar, aumentando cada vez mais a distância para os outros pilotos em pista.

    A maioria dos pilotos demonstrava muita dificuldade em correr num circuito submisso a condições atmosféricas adversas e isso ficou bem notório ao longo de toda a corrida. Jorge Martín que já tinha caído a semana passada depois de uma grande qualificação, voltou a fazê-lo no grande prémio da Indonésia, no final da reta da meta a faltarem cerca de 13 voltas para o final da corrida. Na mesma volta, Dovizioso da WithU Yamaha RNF abandonava a corrida.

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    Duarte Amaro
    Duarte Amarohttp://www.bolanarede.pt
    Duas são as paixões que definem o Duarte: A Comunicação e o Desporto. Desde muito novo aprendeu a amar o desporto, muito por culpa dos intervenientes que o compõem. Cresceu a apreciar a mestria de Guardiola, a valentia de Rossi e a habilidade de Hamilton, poder escrever sobre estes é algo com que sempre sonhou.