Na estreia de Oliveira, Dovizioso abriu com chave de ouro

    A temporada 2019 do mundial de motociclismo arrancou este fim-de-semana com o grande prémio do Qatar, como é habitual. Este foi um fim-de-semana histórico para o motociclismo português, já que Miguel Oliveira se estreou na categoria rainha do mundial.

    Oliveira arrancou da sexta linha da grelha de partida e o que prometia era apenas dar o seu melhor na tentativa de conseguir fazer uma boa estreia na categoria rainha, o que implicava não cair. E foi o que fez. O falcão de Almada manteve-se consistente, rodou quase sempre na décima terceira posição, à frente das duas KTM oficiais, mas acabou por terminar a corrida no décimo sétimo lugar, tendo sido ultrapassado pela Honda de Jorge Lorenzo e pela Yamaha do francês Fabio Quatararo.

    No que ao grupo da frente diz respeito, este grande prémio brindou-nos, mais uma vez, com um final de corrida emocionante, onde a vitória só ficou conhecida na última curva do circuito do Qatar. O piloto italiano da Ducati, Andrea Dovizioso, começou por liderar a corrida, seguido de Márquez, Crutchlow e Alex Rins, que não deram descanso ao italiano até à bandeirada de xadrez.

    Desenganem-se se acham que esta primeira prova do mundial foi para conhecimento dos adversários… O grupo da frente, liderado quase sempre por Dovizioso, manteve-se compacto e consistente ao longo das 22 voltas.

    A época está oficialmente aberta
    Fonte: Moto GP

    A quinze voltas do final, Alex Rins, da Suzuki, passou para a liderança da corrida e travou uma luta intensa com Dovizioso, mas nenhum dos pilotos conseguiu afastar-se do grupo da frente. E por lá andavam Márquez, Petrucci, Crutchlow, sempre à espreita de um erro do adversário da frente.

    Se em 2018 as últimas corridas foram marcadas por intensas lutas nas últimas voltas, 2019 começou da mesma forma.

    A três voltas do final, era impossível fazer uma aposta segura sobre quem iria cruzar a linha da meta no primeiro lugar e alcançar a primeira vitória da época de 2019. Mas Márquez e Dovizioso reservaram-nos uma luta à moda antiga para a última volta.

    Na frente, o piloto espanhol trocava de lugar com o italiano da Ducati, depois de ter passado a maior parte da corrida a tentar estudar o adversário e a preparar uma estratégia para atacar na última fase da prova. Mas Dovizioso não se deu por vencido e conseguiu recuperar o primeiro lugar à entrada para a última volta.

    Aí, Márquez decide meter-se por dentro para tentar roubar a primeira posição ao piloto da Ducati, mas este responde de igual forma. A vitória era decidida, mais uma vez, na última curva. Márquez alargou a trajetória quando tentava ultrapassar a Ducati e acabou por perder a luta com Dovizioso, que cruzou a linha da meta no primeiro lugar.

    Crutclow, numa recuperação incrível, fechou o primeiro pódio do ano.

    Notas positivas deste primeiro grande prémio:

    – A Suzuki fez uma excelente corrida, sendo que Alex Rins ainda se conseguiu intrometer na luta pela vitória.

    – Oliveira mostrou-se consistente, sem medo de errar, como já seria de esperar. Se continuar assim, a temporada promete ser de sucesso.

    Pontos negativos:

    – A Yamaha continua a não ter capacidade para lutar com as restantes equipas da grelha. Valentino Rossi ainda tentou alcançar o pódio, mas acabou por terminar na quinta posição.

    – Jorge Lorenzo não foi além do décimo terceiro lugar na sua estreia pela Honda Repsol. O espanhol acusou a queda dada no sábado e esteve longe do que era esperado.

    O mundial de motociclismo viaja até à Argentina para o segundo grande prémio da temporada.

    Texto revisto por: Mariana Coelho

    Foto de Capa: Moto GP

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    O desporto está-lhe no sangue, o futebol e o mundo das duas rodas são as suas verdadeiras paixões.                                                                                                                                                 A Carolina escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.