O mundial de motociclismo regressou aos asfaltos este fim-de-semana com o grande prémio de Itália, no circuito de Mugello. E pasmem-se, mas esta corrida teve um vencedor pouco habitual e acabou por quebrar a monotonia do mundial.
A corrida começou com um quarteto fantástico na linha da frente: Márquez, Crutchlow, Miller ePetrucci, mas a estrela do início da corrida foi mesmo Andrea Dovizioso (Ducati) que um arranque fulgurante e conseguiu recuperar sete posições logo na primeira volta.
Em Itália, sê italiano e foram os homens da Ducati a dominar toda a corrida, numa perseguição feroz a Marc Márquez e acabaram por atacar os primeiros lugares da prova, incluindo a liderança.
A luta pelos três primeiros lugares da prova era travada entre Márquez, Dovizioso e Petrucci. Já Valentino Rossi acabou por saltar para o último lugar da prova, depois de um incidente com Joan Mir. O italiano tentou recuperar o tempo perdido após este pequeno ‘affair’ com Mir, mas acabou por cair e foi obrigado a abandonar a corrida. Mas a verdade é que o veterano Rossi continua a não ser feliz esta temporada.
Márquez continuava a perder terreno, e eram as Ducati a brilhar no circuito italiano. Arrisco-me a dizer que esta foi a melhor corrida da temporada, já que a treze voltas do fim, era Petrucci que liderava a corrida, seguido de Dovizioso, Rins, Márquez e Miller.
Os cinco pilotos da frente continuavam isolados na luta pela vitória, e à semelhança de tantas outras corridas, tudo ficou decidido, apenas, na última volta.
Márquez atacou a liderança, mas acabou por cometer um erro ao sair ligeiramente largo na curva um e acabou ultrapassado pelos italianos da Ducati. O piloto da Honda queria mais, mas acabou por travar uma batalha com Dovizioso, e quem saiu a ganhar foi Petrucci.
O piloto italiano da Ducati puxou dos galões e fez uma ultrapassagem cheia de coragem e acabou a ultrapassar Márquez e Dovizioso, fechando assim com chave de ouro este grande prémio.
Este domingo acabou por ser de sonho para Danillo Petrucci já que iniciou este fim-de-semana sem saber se a Ducati ia renovar-lhe o contrato e sem saber se continuará a correr em 2020. Mas a verdade é que isso não lhe fez tremer as pernas e conseguiu alcançar a sua primeira vitória na classe Rainha… E se isto não é um marcar de posição por parte do italiano, então não sei o que será.
Já o português Miguel Oliveira arrancou a corrida na 22.ª posição, mas acabou por recuperar alguns lugares logo nas primeiras voltas. O Falcão de Almada tentou correr atrás do prejuízo, acabou por beneficiar de algumas quedas e acabou a corrida no 16.º lugar, à porta dos pontos.
De ressalvar que o português correu com uma lesão num dedo da mão, algo que acabou por condicionar o seu ritmo. No entanto, Oliveira continua o seu caminho de aprendizagem na categoria rainha e não se tem saído nada mal.