Regresso a casa para mim é quase como regressar à vida no que toca a ver desporto na TV. Acordar e poder ver o GP da Holanda em Moto3 é muito bom para malucos como eu, que nada têm que fazer, e ainda melhor fica quando temos um português em destaque na prova. Miguel Oliveira ficou em terceiro nesta prova do Benelux depois de uma grande recuperação, pois partiu de 13º; o resultado ainda podia ter sido melhor se não tivesse cometido um pequeno erro na entrada para a chicane final, que lhe custou o segundo lugar.
Em entrevista ao nosso site (para ler aqui), o piloto de Almada dizia que pretendia lutar pelos três primeiros da classificação e, se possível lutar, pelo título; quem me quis ouvir depois desta entrevista talvez se lembre de eu considerar que estes eram objetivos um pouco altos para a moto que o português tem – e neste caso é mesmo a moto, porque o piloto tem qualidade mais do que suficiente. Até agora, infelizmente, tenho tido mais razão do que Miguel; este foi o primeiro pódio da temporada e encontra-se na oitava posição da tabela, com 53 pontos (menos 64 pontos do que o líder e menos 57 que o terceiro classificado). Numa altura em que estamos sensivelmente a meio da temporada (este foi o oitavo GP de dezoito), as previsões de poder lutar pelo título não são as melhores, mas com as melhorias evidentes da moto (esta foi a apenas a terceira vez que o português ficou no TOP10, sendo que duas delas foram nos últimos três GP) pode ser que a consistência dos resultados aumentem e o almadense ainda suba mais na classificação até ao final da temporada.

Fonte: motogp.com
Na categoria principal temos tido um total domínio do atual campeão do mundo. Marc Márquez venceu todos os oito GP até agora disputados e está a mostrar que o título da temporada passada não foi um simples acaso. O piloto da Honda está neste momento com 72 pontos de vantagem do segundo classificado, o carismático Valentino Rossi. Márquez, de 21 anos, parece ir lançado para o bicampeonato e assim dar o segundo título seguido à Honda e o terceiro espanhol (Jorge Lorenzo em 2012). Vamos ver se não haverá um domínio como aconteceu com a Red Bull e Sébastien Vettel, até esta temporada, e com Michael Schumacher e a Ferrari. Por falar neste piloto alemão, parece que o pior já passou, e continuamos à espera da recuperação total do piloto.