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Recuemos a 1970. Vamos viajar até aos Estados Unidos da América e ao USAC Championship Car, ou seja, a atual IndyCar. Para quem não sabe, o campeonato regional de fórmulas corria-se tanto em terra como em asfalto.

Em 1970, cada vez eram menos as corridas de terra e coube à Golden State 100, corrida na Califórnia, no circuito California State Fairgrounds, ser a última corrida de terra.

Mas recuemos um pouco mais. Em 1954, o mapa das corridas da IndyCar mudou quando a pista de Milwaukee Mile foi pavimentada. A cada ano, mais pistas foram pavimentadas e cada vez mais as equipas precisavam de dois carros, para a terra e asfalto. Com a passagem para carros com motor traseiro (mais parecidos aos de Fórmula 1), os proprietários das equipas não queriam gastar mais num carro diferente para a terra.

Assim, 1970 viu a última corrida na terra. Em 1969, Mario Andretti tinha sido o campeão, com todas estas corridas em ovais curtas, circuitos de corrida, circuitos de terra e superspeedway. Em 1970, o americano conquistou a pole position no California State Fairgrounds, mas não conseguiu vencer a corrida, com Al Unser, o campeão de 1970, a sair vencedor.

Uma imagem que já não se repetiu em 1971 na IndyCar, com as corridas de terra a correrem-se numa categoria diferente
Fonte: Al Unser Jr.

E, é aqui que me vou concentrar, em Mario Andretti, o último americano a vencer um campeonato do mundo de pilotos na Fórmula 1. Andretti nasceu em Itália, mas devido à II Guerra Mundial, a família Andretti viu-se forçada a vir para os Estados Unidos da América. Começou a trabalhar ‘estacionando’ carros, mas com 13 anos o jovem Andretti teve a sua primeira experiência a correr, numa Fórmula para jovens em Ancona, Itália. Em 1955, a família move-se para os Estados Unidos da América em definitivo. Com 21 anos, ‘falsifica’ a sua carta de condução para participar numa corrida amadora.

A partir daí foi sempre a subir. Depois de se nacionalizar americano, chegou à USAC Stock Car, na qual mais vitórias em corridas se seguiram, depois competindo na NASCAR/Winston Cup, atual NASCAR Cup Series, onde venceu mais corridas.

Juntamente com isto, Andretti também começou a correr nos fórmulas e acabou por participar na IndyCar de 1964 até 1974. Juntamente com as corridas em território americano, Andretti juntou também algumas participações no campeonato do mundo de Fórmula 1, pois em 1965 conheceu o mítico Colin Chapman (Fundador da Lotus Car e nesta altura proprietário da Lotus Formula One Team). Mas, só dez anos depois é que Andretti correria a tempo inteiro na Fórmula 1. Primeiro pela Parnelli Team, uma equipa americana. Retornando à Lotus, Andretti levantou a equipa e, com a ajuda da tecnologia do Efeito de Solo, em 1978 tornou-se campeão do mundo. A partir daí, as dificuldades foram maiores na Fórmula 1 e Andretti acabou por regressar à IndyCar onde esteve até 1994.

Mario Andretti no histórico Lotus #5 preto e dourado
Fonte: Mario Andretti

Durante este tempo nos fórmulas, Andretti não deixou de correr nos carros desportivos. Em 1966 fez a sua primeira partida nas 24h de Le Mans, num Ford GT40 MkII. Em 2000, depois de se ter retirado de correr a tempo inteiro, Andretti partilhou um Panoz LMP-1 Roadster S com Jan Magnussen e David Brabham (curiosamente em 2000, o representante português nessa corrida foi Ni Amorim, num Chrysler Viper GTS-R).

Mario Andretti correu a tempo inteiro até 1994, quando tinha 54 anos, mas manteve-se ativo até aos dias de hoje. É aqui que o ‘Passado Também Chuta’: Mario Andretti, para mim, é um dos últimos pilotos a correr ‘em todo o lado’ na sua carreira. Circulava pelo mundo a correr em tudo o que eram corridas, correu na terra e no asfalto. Hoje em dia, ‘corre’. Ou seja, para quem nunca viu uma corrida da IndyCar, Andretti é presença assídua, ao volante do IndyCar de dois lugares para levar passageiros VIPs.

Foto de Capa: IndyCar

Artigo revisto por Inês Vieira Brandão

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