2. QUANDO OS SIMPÁTICOS ACABAM EM PRIMEIRO
Um dos aspetos mais únicos do Rally Dakar é a frequência com que os pilotos colaboram entre si para resolver situações extremas, num contexto em que a natureza tende mais a ser adversária do que rival. Nesta edição do Dakar, observaram-se várias ocorrências desta índole, como foi o caso do auxílio prestado a Cristina Gutierres e a “Chaleco” Gomez”, dois pilotos da vertente T3, por dois candidatos ao título nos camiões. Muitas vezes o humanismo vence a competitividade e aí é que o desporto é verdadeiramente belo.
Mas o caso mais honroso foi, sem dúvida, o de Kevin Benavides na penúltima etapa que, em plena disputa do título em motas e com necessidade de recuperar tempo, viu o seu colega de equipa, o austríaco Matthias Walkner no chão, decidiu ficar ao lado do colega, alertou os médicos e a equipa para o ocorrido e não prosseguiu até ter a certeza que Wallkner estava seguro.
Como recompensa, o tempo que perdeu nessa paragem foi devolvido pela organização. Um gesto de classe para retribuir a classe de um verdadeiro campeão.