Foi anunciado nos últimos dias que o público voltará a estar presente regularmente na WWE. Os primeiros pay-per-views que contarão com o regresso dos fãs serão o Money in the Bank, em julho, e claro, o SummerSlam, principal evento do verão. O Hell in a Cell, que se realizará este ano em junho, não deverá ainda contar com o universo da WWE.
Desde março do ano passado que a WWE tem realizado os seus eventos sem os seus fãs. Inicialmente, a empresa americana optou por mover os seus pay-per-views e os shows semanais RAW, SmackDown e NXT para o Performance Center, na cidade de Orlando, na Flórida. Apenas os lutadores, comentadores e pessoal essencial compunham o público.
Numa fase posterior, alguns lutadores que não estavam a ser utilizados nos shows passaram a fazer o papel de espectadores à volta do ringue, de modo a simular a presença de público. Desde o verão passado que a WWE tem utilizado o ThunderDome, uma “experiência de fãs virtual”, que conta com ecrãs LED que reproduzem imagens ao vivo de fãs de todo o mundo, além da utilização de sons que simulam a presença de público.
Somente na 37.ª edição da WrestleMania é que a WWE abriu uma exceção e cerca de 50 mil fãs no total assistiram às duas noites do evento – à imagem do que já tinha acontecido em outros espetáculos desportivos, como o Super Bowl, precisamente no mesmo estádio.
Naquele fim-de-semana, Bianca Belair derrotou Sasha Banks no evento principal da primeira noite. Na segunda noite, Roman Reigns superou Edge e Daniel Bryan no main event. Porém, o primeiro combate da WWE na presença dos fãs foi entre o campeão da WWE Bobby Lashley e Drew McIntyre – este último recebeu, merecidamente, a primeira ovação da noite.
It has been 1 year, 1 month and 1 day. Welcome back, @WWEUniverse! 👏👏👏#WrestleMania pic.twitter.com/6cED5ndRAp
— WWE (@WWE) April 11, 2021
Será, portanto, interessante ver como novas personagens se adaptarão à reação do público, que é sempre incerta – nomeadamente o campeão universal Roman Reigns, que era um dos lutadores mais odiados há alguns anos. Se antes essa antipatia do público se devia à insatisfação devido ao push excessivo do lutador, neste momento as vaias que receberá serão naturais, já que tem sido, muito provavelmente, a melhor superstar da WWE no último ano. Por outro lado, Edge poderá finalmente lutar na WWE na presença de público, ele que só o fez duas vezes desde o seu regresso: no Royal Rumble de 2020 e na WrestleMania 37, já este ano.
Outros lutadores como Drew McIntyre, Braun Strowman e Bobby Lashley sentirão novamente o calor dos fãs, algo que mereciam sentir aquando das suas conquistas, mas que infelizmente não tiveram oportunidade. No entanto, terão aqui uma segunda oportunidade.
A partir de julho, a WWE irá retomar as tours pelos Estados Unidos e realizar vários live events em 25 cidades do país. No dia 16 de julho, o SmackDown receberá fãs pela primeira vez em 1 ano e 4 meses. Será que podemos assistir ao regresso de grandes estrelas como John Cena, Brock Lesnar ou Goldberg? Irá Edge confrontar Roman Reigns? É esperar para ver, mas sabemos que será muito melhor com a presença de quem ama o Wrestling.
Foto de capa: WWE